sexta-feira, maio 30, 2008

Torcida Nota XI: Convocação Urgente

Final do Jurídicos – Tênis de Mesa

Dia 31 de maio (sábado)
Ginásio Esportivo BABY BARIONI
Rua Dona Germaine Buchard, 451 – PERDIZES (Travessa da Turiassu)
OITO horas da madrugada. (mas não reclama não! Você teve uma semana inteirinha de férias. E eu não vi você no congresso da cumpanherada. Ta certo que também não fui).

Outras referências: Tem o Minhocão, o Shopping, o campo do Parmêra. Ah, tem uma barraca de importados paraguaios também. Nada mais que preste em Perdizes. Não, não. Puteiro não vou citar. Não é politicamente correto. Agora a coisa é séria. Nada de barangar. A hora é de ganhar !

I - Já foram também intimados a comparecer: homens-bomba talibãs, xiitas fundamentalistas, kamikazes, pilotos da Gol, bandidos cariocas (metade estará fardada), o MST(falamos que é invasão), anencéfalos argentinos, tudo.

O Nardoni já declarou: se a Sanfran não ganhar, joga os outros dois filhos pela janela. A mulher dele disse: já tô lá! A Gaviões vai confirmar pessoalmente porque não conseguiu redigir uma mensagem de resposta (Era: sim). As células-tronco, agora com HC do STF, vão. O Mário também vai.

Como o nosso grito maior será: “VAI PERDER A BOLSA”, muitos políticos se interessaram. Quem sabe não têm uns dólares ali? Paulinho da Força, Garotinho, Zé Dirceu, a terrorista Dilma, o breaco Lula e tantos outros. Enfim, toda a quadrilha-maravilha-de-Brasilha.... Só o tosco do Tosto não aceitou o convite: vai estar do outro lado, o ORELHUDO. Um alerta: cuidado com a carteira!

I I - E, claro, ao som da BAISF, empurrando a Torcida nota XI. Vamos fazer MUITO barulho, porque a orelha deles é grande. E vamos ganhar. No grito ou de qualquer outra maneira. Mesmo que seja honestamente.

Você, franciscano, precisa estar lá. Esqueça provisoriamente suas facções, criminosas ou não.

I I I - Se você é comunista, pense que eles são todos uns pequenos burgueses, exploradores e fascistas. E que pagar boleto é concentração de renda. Um horror! Lembra que vocês estão “na Luta” pelo Direito ao Grito? Então, vá lá e grite muito. Só não coloque a sua maldita camiseta vermelha, please. Ah, não precisa chamar dce, fofolete, nada. A Sanfran é auto-suficiente. Assuma a sua ideologia e pense como o Marx: franciscano unido jamais será vencido !

I V - Se por acaso você é do Resgate, faça como sempre: copie o que todos vão fazer. Nós vamos torcer pela Sanfran. Copie isso também. Se quiser, pode até ir com o uniforme do Chacrinha, mentor intelectual do Movimento "Nada se cria, tudo se copia". Depois, podem até tirar uma foto e colar na Salinha da Gestão, como “mais um grande feito da Diretoria 106ª”.

V - Se, por incrível que possa parecer, você ainda insiste em dizer que é da Exglória, não se preocupe. Tênis de mesa é fácil de aprender: é só mexer os olhos, prá direita e prá esquerda. E gritar. Não tem dificuldade não. Pra você se motivar ainda mais, posso adiantar: todas aquelas escolinhas são uma droga. E depois, sempre tem a possibilidade de explorar essa sua torcida, quando outubro chegar. Só não vale dizer que todo mundo estava lá, gritando por vocês. Gritaremos pela Sanfran. Nada pessoal.

V I - Se você é estagiário e já está brincando de advogado, vá torcer e faça de conta que está na frente do seu chefinho: grite adoidado. No mínimo vai funcionar como terapia para você. Com uma imensa diferença: você, gritando pela Sanfran, estará incentivando os nossos atletas. No escritório, gritar não valerá de nada. Exceto a demissão.

V I I - Se você está pensando nas provas, continue assim. Pensando. E vá torcer. Você jamais iria estudar em um sábado pela manhã que eu sei. E nem à tarde também. Muito menos à noite. Eu sei que todos estudamos na véspera. E sábado é véspera de domingo. Que, comunico oficialmente, não haverá provas. Como não recebi email do Hideo, significa que não morreu ninguém. Então, nem velório haverá.

V I I I - Para aqueles que só pensam em balada, adianto: não haverá balada. Mas ao final, faremos uma carreata pelo Bairro, para cantar a nossa vitória. Há algo mais salutar que um monte, alegre, cantando?
I X - Um último apelo, aos quintanistas da gloriosa Turma CLXXVII, eleita por unanimidade das turmas, como a melhor de todas: nem vem com essa de Tese de Láurea. Se não fez em um ano, desencana e vá torcer pela Sanfran. Que seja a última coisa, né? Claro, depois têm Pindura, Peruada, etc, etc e etc. Vá lá, comemorar o DECA. Que seria XI, se não tivessem fugido...
X - Ou seja: estamos por uma ORELHA. Isso porque elas estão levantadas, contentinhas. Vamos colocá-los em seu devido lugar. Ou seja, em último.
X I - E se, depois disso, você vai, eu também vou.

Luiz Gonzaga ______________________________Arcadas, XXX de maio, CLXXXI

segunda-feira, maio 12, 2008

A INVASÃO ANUAL DAS ARCADAS

A INVASÃO – 2008

Não percam!

Finalmente, é chegada a hora da já tradicional, anual e famigerada

INVASÃO ANUAL DAS ARCADAS!

Nós, alunos, que somos seus reais CONQUISTADORES, por mérito e direito, devemos estar lá, para acompanhar todos os acontecimentos. Compareçam!

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Um breve relato da “A INVASÃO 2007”

Em 21.08.2007, a invasão se iniciou por volta das 17 horas, quando foi “tomada” a passarela para o Prédio Anexo, que foi integralmente obstruída. Verdadeira barricada. Em seguida, quase no horário do início das aulas, as entradas, Principal e Riachuelo, foram dominadas pelos manifestantes, que passaram a controlar a entrada e saída de ALUNOS.

Aos poucos, os assustados alunos foram indo embora, sem nem ao menos assistirem aulas. Alguns estavam achando tudo aquilo engraçado e permaneceram. De uma coisa era certa: ninguém estava entendendo nada. Mas também acabaram indo embora. Eu estava assistindo aula de Civil, na Sala Dino Bueno (20:45h), quando entraram “alguns” manifestantes e gentilmente solicitaram à professora que encerrasse a aula. Eles portavam bandeiras e escreveram essa frase na lousa: QUEREMU COSTAS! (não há erro de digitação).

Após 00:15h os ALUNOS que permaneceram foram o então Presidente da Atlética, na digna posição de eventual preservação de patrimônio e um Diretor de Modalidade. Todos os demais, por um motivo ou outro, foram embora. Excetuo, é claro, os membros da Gestão FORUM DA ESQUERDA que lá estavam todos, com alguns simpatizantes, alegremente confraternizando com a “cumpanherada”, na palavra do então Presidente do XI, o sucesso da invasão.

É importante ressaltar que, durante todo o tempo, por parte dos manifestantes, não houve qualquer espécie de violência ou lesão de patrimônio.

O que houve foram “n” manifestações de hostilidade, sofridas e presenciadas, apenas verbalmente. Desnecessário lembrar, mas, dada o ineditismo das mesmas, podem-se citar algumas: “capitalistas”, “burgueses exploradores”, “filhinhos-de-papai” etc, etc e tal. Tendo saído para ir ao Porão, no meu retorno foi–me impedida a entrada. Ou a tentativa de. Solicitaram a minha “carteirinha de aluno”. Retruquei, pedindo a deles e também querendo saber do seu direito de pedi-la. E entrei.

Cite-se também a tentativa dos organizadores do movimento, incluindo membros do Forum da Esquerda, de retirarem alguns alunos que permanecíamos pacificamente na Sala dos Estudantes. Recusamo-nos a sair. Como alegaram que os assuntos eram confidenciais, eles próprios se retiraram da Sala. Que é chamada “dos Estudantes”. Continuamos lá.

Por volta da 1h foi dado o “Toque de Recolher”. Os manifestantes obedeciam ao silêncio proposto. O representante do dce da USP anunciou que havia chegado o lanche: um pãozinho e um copo de suco. Prometia que, para o dia seguinte, eles já estavam lutando pra conseguir a mortandela. Palavras dele, “universitário”. O lanche não me foi oferecido. Apesar de ser capitalista, fascista, reacionário, elitista, burguês, explorador, também estava com fome. Nada de lanche para mim. Após o lanche, dirigiam-se às suas “camas de campanha”, organizadas nos corredores que ladeiam as Arcadas.

Como teria que acordar cedo, pois teria aulas às 7:25h, até às 13h e depois teria que trabalhar para o meu sustento, pois não recebo qualquer verba ou ajuda governamental, não poderia ficar ali, dormir ali, para apoiar o movimento. E como tudo parecia transcorrer em paz e em ordem nas Arcadas resolvi ir embora. Permaneci no Pátio das Arcadas até às 2:00h. A Tropa de Choque chegou vinte minutos depois.

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Esse foi um relato do que vi e vivi. Sem qualquer juízo de valor acerca da validade da manifestação. Esse juízo é pessoal e é muito provável que você não tenha o mínimo interesse em conhecê-lo. Portanto, não vou penalizar você com mais isso. Basta o relato.

Luiz Gonzaga _____________________________________Arcadas, XI de maio, CLXXXI

domingo, maio 04, 2008

BAISF x BASQUETE – Uma vitória espetacular







DECA? Ainda não conquistamos. Ainda...

Mas aconteceu sim uma vitória espetacular, nesses JJEs de Franca. Essa que vai ai, no título, para os mais apressadinhos. Conto para quem não esteve lá. E também para os que lá estavam, mas alguns vapores etílicos os impediam dessa percepção, além de outras tantas...

Era o sábado maldito. Com um sorriso mais amarelo que a bata dos pucânus assistimos a Gloriosa Sanfran vencer UM jogo. Ufa ! E foi ainda, nada mais nada menos, do que contra a poderosa FAAP ! Pensa o quê ! Nóis num é mole não ! Num handebol feminino que, chegou a estar 12x0, finalmente a Torcida Nota XI pode cantar:
Ô Ô ÔÔ, Toda-poderosa Sanfran ! Tudo isso ao som mais-do-que-maravilhoso da BAISF. Até ai, tudo bem. Esse sempre foi a nossa rotina nos Jurídicos: vencer, vencer e vencer. Pelo menos até então.

Jogo seguinte: Basquete masculino. Um time com o coração na ponta dos dedos contra os bolsistas. A nosso favor, o fato de serem eles orelhudos. Razão até do porque andam com a cabeça baixa: o peso das ditas. BAISF? Não. “Eles” não tocam em jogos de basquete.

Lógico que não! Você não sabia que, no século passado, em um ano qualquer, lá, perdido no tempo, alguns atletas do basquete brigaram com alguns componentes da Bateria? Sim, algo gravíssimo ! Uma briga seríssima. Tão antiga que, dizem as nossas estórias que foi o Barão do Rio Branco e o Ruy Barbosa que brigaram. Um foi até a Etiópia prá se preparar para o duelo, enquanto o Ruy ficava aqui, decorando o dicionário para ofender mesmo o desafeto. Chegado o dia, brigaram xingaram , puxaram os cabelos. Resultados: ficaram ambos carecas, deixando o bigodão prá disfarçar. Outro resultado: cada qual encontrou sua verdadeira vocação. Isso é viagem minha. Sorry...



Mas foi algo do tipo:
- Seu feio !
- Feio é você, viu, seu bobo!

Depois disso, diante de tão fenomenal embate, nunca mais a BAISF tocou em jogos do basquete masculino. Nesse jogo de B's... tas perdia a São Francisco. O engraçado é que hoje, tais digladiadores originários são amigos e se riem dessa horrorosa briga. Cresceram.

Mas o que importa é isso: a BAISF não toca em jogo do basquete ! Por quê? Porque não, ora essa ! Uma tradição imbecil, idiota e nefasta. As Arcadas são a própria tradição. Mas não desse tipo. Confundiram Tradição com teimosia burra.

Esse triste episódio até o mais alienado franciscano conhece, por isso sabemos estar chovendo no molhado. Mas isso é uma homenagem ao frio e à chuva. Francamente ! Depois de dito isso podemos voltar ao presente.

Em seguida ao jogo contra a FAAP, o basquete masculino. Contra o Mackenzie. Devemos enfatizar que era imediatamente após e no mesmo ginásio. Por isso, impossível arranjar qualquer desculpa. Os componentes da BAISF deixam seus instrumentos de lado e sentam-se, meio desenxabidos, para assistir o jogo e torcer. Somos todos franciscanos, afinal. Tocá nóis num toca, mais torcê nóis torce ! E na quadra, um time de desenxabidos. Do outro lado, uma torcida toda de orelhas em pé e uma bateria toda contente por estar tocando sozinha, empurrando muito bem o time deles. Cadê que a bola não entra ? Sabe-se lá o que é ver um jogo de basquete masculino, de ótimos jogadores, chegar ao tempo de 10 minutos, com um placar irritantemente absurdo, de 0x0?

Num determinado momento, algo mágico e emocionante começa a acontecer. Aqueles franciscanos, torcendo ao lado do seu instrumento aposentado, muito timidamente começam a produzir algum som. Sim, algum som. Afinal, do outro lado temos uma bateria a nos desafiar: ai que bom seria, se a Sanfran tivesse bateria! Sabe-se que franciscano tem um ego altamente inflado...

Nesse estranho clímax, digno do mais puro contexto machadiano, num conflito mental entre o histórico “não podemos tocar” e o que o coração manda fazer, cada componente começa a brincar com o seu próprio instrumento. E então, a grande decisão ! Sob a batuta do Grande Líder Fausto, cada qual pega então seu instrumento e a BAISF começa a fazer o deveria ter sido feito desde sempre: tocar, empurrando a Torcida Nota XI e também o time de basquete. Daí que os encantados pontos começam a surgir. Ao final, o agradecimento emocionado do Vini, líder do basquete ao líder da BAISF. Ambos quintanistas, que jamais presenciaram aquela briga idiota, assim como qualquer componente da BAISF ou do time. Ou ainda, da Torcida Nota XI. Isso já não é clima de Machado, mas de Edgar Alan Poe, um surrealismo fantástico... e idiota. Venceu o bom-senso.

A Sanfran venceu esse jogo. Mas a maior vitória, a mais emocionante e espetacular vitória foi do espírito franciscano. Ao final de tudo, prevaleceu tudo aquilo que sentimos pela São Francisco, acima de quaisquer outras coisas. O fato de também termos perdido o xadrez talvez denuncie a burrice e a torpeza de um espírito-de-porco que andava rondando e imperando nas nossas Arcadas, onde picuinhas mil e egos feridos davam o tom. Um tom que não condiz com nada do que somos. Hoje e sempre. Principalmente as esdrúxulas, feito a essa rixa milenar. Espera-se que, daqui por diante, isso tudo seja algo superado. Nos próximos jogos, teremos a BAISF tocando também em jogos do basquete. Ouso até dizer: com apenas essa vitória, mesmo na impensável possibilidade de não sermos DECA, já somos muito mais do que vitoriosos. Pensando melhor, não...




Luiz Gonzaga ____________________________________ Arcadas, IV de maio, CLXXXI