sábado, dezembro 15, 2012

A Censura, em duas ditaduras

Aos auto-proclamados "perseguidos políticos" tem sido uma excelente fonte de renda a rançosa lembrança da "ditadura militar". Não há contraditório no processo e muito menos necessidade de provas: basta criar uma boa estória. Para esses casos, a Justiça é ultra-rápida: os milhões caem na sua conta de imediato. Descontado o dízimo  para o partido, óbviamente, de 30%. Para os legalistas bíblicos, é inútil alegar que dízimo significa 10%. Diz-se que, por serem beatos e religiosos, não fazem nada sem um terço na mão. Para os pobres perseguidos políticos, não há necessidade de qualquer prova. Basta alegar. Isso de provas é um legalismo utilizado apenas como argumento ius esperneandi quando eventualmente alguém deles for julgado pelo STF. Há casos em que a perseguição constou em fazer uma entrega de alimentos, na condição de motorista do caminhão, em local averiguado pela Polícia Federal. 


Agora, encontrararam mais ramo nesse filão milionário: alguém lança uma revista relatando episódios de Censura em propagandas (deixo de fornecer o link da UOL, porque retiraram da pauta, eu acho). Caso eu fosse um repórter ou jornalista, ao me dispor a avaliar um evento pregresso, penso que a primeira e fundamental premissa deveria ser eu me deslocar mentalmente ao período considerado e conhecer seus valores, costumes, o momento histórico e etc.  Para não cometer o erro crasso de valorar aqueles eventos pretéritos segundos normas sociais vigentes no presente. Mas só que não. No curso feito por aqueles jornalista me pareceu não haver essa matéria. Que, antes de ser uma disciplina curricular, deveria constar do bom senso do próprio futuro jornalista. E comentam onde a censura de então atuou, em comerciais de calcinhas, cuecas e absorventes. Entre outros exemplos. Tachando as censuras feitas como sendo o absurdo do "autoritarismo do regime militar", a defesa da moral cristã da família brasileira. Numa delas, a frase: tire a roupa para o seu amor. Inclusive um dos comentários colocados à matéria, alguém perguntou: você sabe o nome do censor?

Estou certo que aquela revista nenhum compromisso tem com a coerência temporal da crítica. Estão mesmo a fim de faturar em cima da imagem das mazelas da famigerada e ditadura militar.
Esqueceram-se de contemporalizar que a hoje vigente liberação sexual e de costumes iniciou-se na decada de 60. Que, antes dela, mesmo o vislumbre de algo referente a sexo era proscrito. E não era proscrito por lei ou pelo tal regime militar. Mas sim pela própria sociedade, o povo mesmo.Não podemos nunca nos esquecer que, antes de tudo, sempre vigorou por aqui a ditadura da igreja católica, com seus valores e dogmas.
Por mim, ouso eu responder à pergunta daquele leitor: pouco importa o nome do censor. Ele era apenas um funcionário público, em cumprimentos a determinações de seus superiores, não lhe cabendo, dentro dos preceitos do estrito cumprimento do dever público, inovar e introduzir critérios pessoais nas tarefas a eles atribuídas. Ele não censurava por si, com seus critérios. Dentro inclusive de uma disciplina militar, como era o caso e tão benigna e bem-vinda aos se tratar do bem público, qualquer que seja. 

Antes que algum eventual leitor possa tachar-me escandalizado por eu pertencer a alguma forma de TFP, moralista ou qualquer outra que o valha, preciso continuar, em minha defesa, comparando aquela, com a atual ditadura.
Fundamentada no politicamente correto, onde o censor não é um só, mas todos os circundantes. Censores esses que não são alguém, servidor público ou algo estatal na função de censurar,  mas pessoas comuns do povo, controlado feito boi no pasto em suas palavras, seu vocabulário aceito, permitido e exigido. O pobre deixou de ser pobre, mas hipossuficiente economicamente. O negro não é negro, é afro-descendente. O débil mental é pessoa com necessidades especiais. Favela é comunidade. E, caso assim não se fale, o emissor será execrado, feito ao Judas na sexta-feira santa. O in, o bonito é declarar-se pobre, miserável. Caso você trabalhe e tenha amealhado algum patrimônio, você passa imediatamente a fazer parte da burguesia fascista e de direita, exploradora dos pobres e etc. Caso você tenha, às duras penas, obtido um mínimo de cultura acima da média, você é um privilegiado, protegido  pelo sistema das elites, exploradoras do proletariado. E falar nóis vai deixou de ser português errado, segundo a língua culta, mas apenas uma variação linguística utilizada pelas classes menos favorecidas. Ao invés de utilizar o Hino Nacional para dar aulas de português às crianças, além da merenda escolar e do bolsa-alguma-coisa, querem mudar a letra do Hino, pois o mesmo está escrito na ordem inversa e contém palavras difíceis. Além da heresia de ter sido escrito no linguajar de uma elite opressora. Alguns exemplos da censura vigente e exigente.

Mais uma vez, a incoerência histórica e geográfica. O politicamente correto foi criado por norte-americanos como um artifício para uma necessidade temporal deles. Já o abandonaram. Mas nós aqui, além de macacos, somos desatualizados. Por aqui ainda vai, infelizmente demorar bons anos pra ser... substituído por alguma outra moda de comportamento importada. Desde que isso sirva aos interesses de alguns, para conduzier a boiada ignorante.

O brasileiro não é racista, o brasileiro não é discriminador, o brasileiro não é nada. Nada mesmo. Além do fato de ser um exímio humorista e gozador, fazendo sempre piada com tudo, inclusive consigo próprio e com a própria desgraça, a de ser brasileiro. O que chamam racismo não é de cor, é social. A discriminação é social e econômica. Você pode ser da cor que for, mas se tiver dinheiro no bolso é o que importa. E isso não há lei que consiga mudar. Fora isso, tudo é piada. Inclusive as leis que criam, tentando impedir isso, por lei. São piada inclusive os fazedores de lei. Sabemos ser piada inclusive todas as Instituições.
 

Enquanto isso, o servidor público, alí colocado e remunerado para realizar tarefas pelo bem público que afinal é quem paga o seu salário, o que anda fazendo? Tornou a sua mesa e o telefone em rentável balcão de negócios, onde leiloa entre os amigos, facilidades à uma eterna e burra burocracia que dificulta - nesse caso, graças a Deus! -, tudo, nos últimos 512 anos. Tudo absolutamente sem provas, sempre. E o produto do leilão, com seu terço sagradamente destinado ao partido, é rateado hierarquicamente entre os componentes da  imensa quadrilha em que se organizou o aparato estatal. Que tratam o Erário público como um espólio de guerra, naturalmente direcionados às suas contas bancárias particulares. E qualquer  voz que contra isso se alevante é prontamente rotulada de Teoria da conspiração da direita reacionária.

Por mim, independente de quão a Censura da ditadura do politicamente correto possa tachar-me, ainda prefiro aquele Censor que proibia a imagem de calcinhas na TV. Tire-as, logo de uma vez! E também ainda prefiro aqueles Presidentes que, ao deixarem o cargo, voltavam para o seu apartamento e seu fusquinha, de antes da posse. Ao contrário da hipócrita democracia presente, cujo filho, um inepto, desqualificado, ignorante e desempregado adquire duas  "chacrinhas", como o dizem os mineiros: uma de 47, outra de 100 milhões de reais. Ainda também prefiro aqueles demais funcionários públicos a realizarem diligentemente sua tarefa de sanear de em meio ao povo aqueles com o  funesto projeto de saquear o Estado. 
Claramente não comprarei aque revista, portanto.   



terça-feira, dezembro 11, 2012

Os XI Tons de Franciscano

Turma CLXXXI - Parabéns a todos os formandos!

 Olhando assim, pode até parecer o que muito se ouve por aí: franciscano é sempre assim: tudo a mesma coisa! Veja bem no fundo dos olhos de cada um deles, no momento mágico e maravilhoso desse daí de cima, e verá passando um filme dos seus 1827 dias de "XI de Agôsto" em velocidade acelerada vertiginosamente. E desses olhos, uma furtiva lágrima que teima em escorrer pela face sorridente, extasiada e de uma suave tristeza alegre. Lágrima essa que tem todos os XI Tons de Franciscano:

I - o estudante
Tem franciscano que leva muito a sério esse negócio de ter entrado em uma Faculdade. Ele só pensa em estudar, tirar boas notas e tudo o mais. Trazendo na herança os bons tempos de colégio, em que era o tal, quer tirar boas notas e fazer uma excelente média ponderada. Mal ele sabe que ela não serve para nada. Quer ser o melhor da sala. Se possível, melhor do que a turma inteira. Vive em biblioteca, em sebos e em livrarias, sempre à cata de um livro excelente. Isso tudo só piora se ele é da turma da manhã, que o pessoal chama de "a turma da lancheira". E sempre ostenta aquela humildade mentirosa, que não engana ninguém: eu nunca estudo!

I I - o dom quixote

Num dia está de bermudas, jogando videogames. No outro, entrou na melhor Faculdade do mundo, a das grandes bandeiras. Logo, já pega a sua. Transforma-se em um ativista. Vai ser comunista e se divertir com esse negócio de defensor dos pobres. Todos os dias entra na net, para pesquisar mais no wikipedia para saber mais sobre esse negócio de "pobre". Sente-se o tal. Lamentavelmente, pega a cartilha do Marx e decora todas aquelas frases-chavão. De um dia para o outro, muda todo o seu discurso. E não fica com mais ninguém, só com a turminha dos defensores dos pobres e oprimidos. Em casa, deve treinar o repertório com o avô, dos tempos da esquerda romântica. Tal o entusiasmo que mal percebe que já estamos na fase Realista, mais propriamente Naturalista: tempo de orgia imoral financiada pelo cidadão que, incrivelmente, apoia tudo. É o Amor! Cega os olhos e a tudo se justifica e perdoa. As meninas, mais do que esquerda, tornam-se feministas. Querem acabar o machismo reinante no país. Querem o direito das mulheres. Querem meter a boca no trombone. Ou similar. Estão um pouquinho fora do tempo, já que as mulheres dominaram tudo, mas o machismo persiste, duro e sempre.

I I I - o largado

Entrou naquela Faculdade das Arcadas, do Álvares de Azevedo, Castro Alves e Fagundes Varela. Logo, torna-se imediatamente um largado, bêbado, fazendo ares de vagabundo. Toma aquele ar de mistério e de intelectualidade de um Renato Russo. São da Academia de Letras, mas, se espremer, nunca sai um único verso. São também do teatro.Ou isoladamente por ai, a perambular pelo Pátio, emanando a sua incontida e não-reconhecida genialidade.

I V - O trabalhador

Ele quis entrar na São Francisco por que, sendo a mais conceituada, ele conseguiria então ganhar melhor. Por isso a sua opção foi pelo noturno. É preciso começar a trabalhar, pra ontem! O que ele não sabe é que, para arranjar trabalho escravo, trabalhar pelo salário mínimo mais a condução não é preciso muito esforço. Ele poderia ter feito a UniX que daria no mesmo. Há futuros estudantes de Direito que conseguiram estágio no dia seguinte em que fizeram um desses vestibulares por daí, do tipo "processo Seletivo". Ou seja, o tal de processo seletivo era para saber o telefone do cidadão, para que alguém ligasse, uns XI minutos depois de terminada a  prova, comunicando que ele havia sido aprovado. E, em sendo aprovado, logo seria cooptado por algum dono de escritório, trinta anos de janela como advogado, a lhe convidar para trabalharem juntos. Um trabalho árduo, mas enriquecedor (para o dono do escritório). Por isso, em reconhecimento, ele ficaria apenas um tempinho trabalhando de graça mesmo. Alimentar-se-á do orgulho de ser um estagiário. E ele, na São Francisco nem vai notar que estudou nas Arcadas. E será um estágiário por longo, longo tempo. Ele acabará por descobrir que nesse mundo há os estagiários e os que empregam estagiários.

V - o bom aluno

É um tipo engraçado. Nem bem entrou e já está perguntando quais são os bons professores, quais têm a melhor didática, indicação de livros e tudo o mais. Isso tudo em meio a uma das incontáveis festas. São contaminados pelo conceito de "boa escola" que existem por de lá dos muros das Arcadas. Pensam que, assim como no jardim da infância, quando a mãe passava a sua mão para a mão da "tia", receberia atenção, cuidados e etc. Descobrirá bem cedo que na São Francisco ninguém lhe estenderá a mão. O Franciscano não precisa que lhe deem a mão, em ajuda. Se alguém fizer isso, pode ter certeza que será para preencher a sua mão com algo palpável. O que às vezes pode até ser bom. Saberá um dia que em uma Escola de Liderança em que se resume as Arcadas, não há aula de "como ser um líder", com lições de casa e etc. Inclusive porque um líder jamais perguntaria "o que é que eu devo fazer agora?". Mas ele batalhará por "melhores aulas", chiará  quando o mestre se atrasar. Nada como um dia depois do outro, pro meu coração. Chegará o dia em que assistirá aulas de seus colegas de turma muito melhores, imensamente melhores que a dos professores. Nada de mal há nisso, posto que os professores um dia foram como ele, alí, sentado. A diferença é de algumas décadas apenas. Isso quando ele é um professor Franciscano. Pois quando não é, é um daqueles que entraram pela porta dos fundos: a pós-graduação. Fizeram alguma das 1100 faculdades que existem nesse Brasilzão e cavaram um jeito de fazerem a pós por aqui. Declare-se oficialmente que essas espécimes não se enquadram na definição de Franciscano. E podem acabar, por força até de exigência do currículo, a dar aulas. Certa vez, um desses, encerrou a aula, colocou sua maleta debaixo do braço e, ameaçadoramente exclamou: vocês são muito arrogantes! Impossível dar aulas pra vocês! Impossível mesmo.


V I - O genético

Tem alguns poucos, infelizmente não muitos, que parece que já tem a São Francisco incorporada no DNA da família. Já vi calouros no dia da matrícula sendo orgulhosamente abraçado à avó. Ela, contando alegremente para todos que o marido havia sido franciscano, que os dois filhos também. E agora esse querido e lindo netinho entrava agora para as Arcadas. E muito respeito, dizia ela, pois que meu pai e meu avô foram alunos aqui, saibam vocês. Uma delícia isso!  Nessa historinha quase que chegamos a 1827! E real, maravilhosamente real. Há aqueles que foram feitos, produzidos, gerados nas salinhas do XI, em alguma Peruada passada. Genial, isso! Também, pudera! O recém-nascido, logo ali, aprendendo a falar, balbuciando: a-a-a-a-aa..... o pai complementa a-a-a... Arcadas. Claro! E quando tira o seu primeiro diploma do prezinho, recebe de presente um passeio para conhecer a São Francisco. E tirar fotos com os orgulhosos pais, em frente ao Túmulo, ao Monumento. E enfim, ei-lo aqui! Quer foto mais legal do que a formanda vestida de toga em frente ao Monumento no Pátio, carregada na horizontal pelos pais e na foto adjacente, a mesma foto com ela menina de cinco anos, na mesma pose, junto aos pais, esses agora vestidos de toga de formatura? Há genealogias inteiras só de franciscano. Em uma delas, curiosamente, uma em que constam os dizeres: também advogada. Cometeu o disparate de não ser franciscana, a burra! Pode isso? Só mesmo na Sanfran isso.


V I I - O Alienígena

Há aqueles que estão errados na São Francisco. Há os que queria fazer Medicina, mas a vida disse não. Há os que foram obrigados a fazer a São Francisco, para não serem deserdado pelos pais. Há histórias, as mais mirabolantes. De nomes mais famosos, o nosso querido veterano Álvares de Azevedo odiava a Sanfran. Mais que isso, odiava São Paulo, a São Francisco e tudo o que elas representavam. Dá até para entender: o impúbere teve que abrir mão de viver na corte, com todas as suas cocotes e outros petiscos pra vir pra esse buraco úmido, chamado São Paulo, com os seus XI mil habitantes. E nada pra fazer. Tédio! Não deve ter sido fácil. Essa a razão, entre outras, de ter morrido virgem. Há farta documentação sobre isso.  O Oswald de Andrade odiava a São Francisco. Pudera! O cidadão pensava que viria para a São Francisco para estudar Direito. Acontece que grassava a gripe espanhola por aqui. Então, quando não havia aula, o motivo da falta do professor era algo bem justificável: havia morrido da gripe. No outro dia faltava um aluno. Morto também. No outro dia, o Bedel. No outro, a namorada. Ou seja, no quinto ano ele não era um formando. Era um sobrevivente. E não houve propriamente um curso de Direito, para quem almejava ser advogado. Os que isso pretendiam fizeram-se por si, como todo bom Franciscano. O Décio Pignatari odiava o Direito Queria fazer Medicina. Seu pai democraticamente vaticinou: uma bela escolha. Você vai estudar na São Francisco e depois, faça lá o que você quiser. Ele odiava a São Francisco. Resignou-se a estudar nas Arcadas pois, como bom poeta, não se permitia não ter passado pela Faculdade dos Poetas. Depois iria embora para a Europa, posto que brasileiro é muito atrasado. Um Franciscano, Poeta de arguta visão. Então faziam as provas em rodízio: ele e os irmãos Haroldo e Augusto de Campos. Enfim, o erro não está na São Francisco, mas na vida de cada um dos seus alunos, cada qual com a sua peculiar história.   

V I I I - O Bêbado

Feito ao Cabral, no dia mesmo da matrícula ele descobre o Porão. E passa a achar que a São Francisco é o Porão. Que as Arcadas é o Porão. Que é o mó legal ficar bebendo no Porão. Fica sabendo por informação de terceiros, que existem outras coisas, muitas outras coisas, em que consiste a São Francisco. Com a sua "promoção a universitário" agora já pode beber longe da mãe e do pai. E estamos conversados. Passou-lhe despercebido que mesa de bar existe em qualquer lugar. Inclusive na São Francisco, que é o Porão, com o seu Anexo, uma Faculdade de Direito.  

I X - O universitário

Tem o Franciscano que estuda na "Direito usp". Batalha muito por uma aproximação maior com os demais universitários do campus do butantã. Acha isso de Franciscanidades uma babaquice e que somos todos iguais. Que o povo da São Francisco é umbiguista, que é um alienado. Quer fazer algumas matérias opcionais no Campus para poder viver mais a "vida universitária". Lá, vai conseguir amealhar alguns adeptos, justamente pela sua condição de franciscano, que ele humildemente omite. Omite, mas contando pra todo mundo, claro. Ou vestindo distraidamente uma camiseta com a estampa do Álvares de Azevedo. São os umbiguistas-não-umbiguistas. Que, nas baladas, antes de dizer o próprio nome, identificam-se como alunos da São Francisco. Claro, para tocar no assunto, polidamente perguntam primeiro onde estuda o outro/a outra. E então, assim como quem não quer nada, com ares de simplicidade, declaram ser do "Direito usp". Quando a caça pergunta: São Francisco? Nossa!, ele/ela dá um sorrisinho condescendente do tipo "mas somos todos iguais". E consegue o que queria, como sempre o faz um bom Franciscano. Metade dos alunos vê a São Francisco como Criador, como é de fato. A outra metade quer que a Criatura seja Criador. Ou seja: a vida de um Franciscano é mesmo um eterno dilema...
    
X -  O Ator principal

Há o Franciscano que é um eterno deslumbrado com as Arcadas. Olha o Pátio e se emociona cada vez, como sendo a primeira. E que, finalmente, pode ser chamado Aluno das Arcadas. Orgulho maior que esse não há. E, desavisadamente se senta, esperando desfilar diante dos seus olhos os grandes feitos dos seus veteranos ilustres, a própria História ali presente. Claro, ela não acontecerá. O passado, embora belo, é morto. Irá perceber em alguma epifania ao longo dos seus cinco anos que a beleza toda que aqui existe, é apenas o cenário. Ele, o aluno fará o espetáculo, como ator principal. Que, portanto, seu lugar não é de plateia, aplaudindo, mas no palco, sob as luzes que o tornam brilhante. E assim, encenar a sua parte de uma História maravilhosa. Conta-se que, em certo tempo, no pórtico de entrada havia um espelho, com esses dizeres escritos embaixo: aqui vc vê a História das Arcadas. 
  
X I - Nem de longe esses XI tons de Franciscano foram colocados em qualquer escala, gradação, o que seja. É apenas uma descrição, sem valoração para mais ou para menos. Não há o Franciscano melhor ou o pior. Menos ainda o médio. Impossível fazer esse tipo de média nas Arcadas. Há, em todos, um pouco de cada um dos descritos. Em cada momento, em cada passo do caminho, mostra-se uma dessas facetas descritas com mais proeminência. Apenas isso. Alguém com XI facetas ser esquizofrênico até que é pouco, não é mesmo? Bipolar então, nem se fala. Franciscano é multipolar. Feito a um caramujo a carregar nas costas a casa, ele desfila o seu imenso Ego, maior que o Largo. Como a foto que ilustra o texto, não cabe em si, de tamanha. É apenas nesse memorável momento de todos os formandos que podemos vislumbrar todos os XI Tons de Franciscano: um misto de Amizade e de Alegria.

quinta-feira, novembro 29, 2012

Qual o papel da OAB?

Num exercício de livre-pensar, fico divagando: qual seria mesmo a função e a finalidade da Ordem dos Advogados, a OAB?

Não deveria se insurgir contra a indicação para Ministro do STF de alguém que nada tem de Magistrado, nem de Promotor, nem de Defensor, nada?  Ah, ele passou na prova da OAB! Além do que, advogou para o PT.  Não seria o caso, já que nós, simples cidadãos nada podemos fazer, a OAB que representa os operadores do Direito, lembrar a eles que é preciso um notável saber jurídico (devidamente comprovado, claro), além de ser personagem de passado ilibado? O dito jamais passou em qualquer concurso. E, nesses tempos de agora, ter advogado para os réus, torna-se infame e explicitamente ilegal participar do julgamento dos mesmo, na condição de juiz do STF? E que, já são necessárias provas, consta isso expressamente no Código de Processo? Que, mais do prova, é um estamento. Que deve ser cumprido. Ou deveria.

Não seria o caso de a OAB, incompetente juridicamente para mudar o Brasil, ao menos mudar a própria OAB? Sim, porque uma entidade que proclama desbragadamente defensora de um Estado Democrático e de Direito não deveria auto-aplicar essa bandeira, tornando o voto não-obrigatório para si mesma?

Dentre tantos outros assuntos em que essa Entidade deveria em nome do Direito, em nome dos seus associados e também de todo cidadão, deveria se expressar, num arremedo de contra-peso às medidas tomadas e contra as quais o mero cidadão nada pode fazer? Dizem, o voto serve para isso: para tirar os maus elementos da política. Não, não serve. O voto não serve para nada. Ou melhor, serve para colocar alguém, que terá que ser subserviente a um sistema que é corruptor em si, corrompendo de início o próprio eleito. Não há maus elementos na Política. Há, sim uma Política que torna mau qualquer que dela se aproxime. Não porque não seja um bom negócio. É ótimo negócio! Mas é imoral. Sim, porque qualquer deus da Honestidade do Olimpo, para não citar outros deuses conhecidos e tornar-me politicamente incorreto, se ele assumir  o cargo para o qual foi eleito e não aceitar, por antecipação que concorda com todas as maracutaias que vai ver, presenciar e votar, lícitas ou ilícitas, morais ou imorais, ele já estará assinando o seu próprio suicídio político. Esse, apenas um exemplo, contra o qual a OAB deveria se insurgir, em nome de todos os seus associados e por extensão, em nome de todos os cidadãos, cansados que estamos disso tudo e contra nada se pode fazer, pois "é a lei".

Para ser um País independente e inserido no séulo XXI o Brasil precisa se desprender de um modelo de Estado que foi voga e excelente para Portugal... em 1350. Para que não continuemos a ser eterna colônia fornecedora de matéria prima para as nações desenvolvidas. No caso de hoje, minério de ferro para a China. Que até outro dia era um País que só tinha como capital o chinês. Muitos chineses. E hoje se torna império mundial à custas desses 200 milhões de Gersons, dos quais alguns poucos milhares habitam o Ilha da Fantasia do Planalto Central e se locupletam com o Tesouro Nacional em suas contas bancárias particulares. Essa seria, deveria ser, uma pauta razoável de luta da OAB.

Seria bom se a OAB representasse o povo contra o secretariado do próximo prefeito de São Paulo, que tem para a Saúde um Secretário que é engenheiro, o Netinho de PauNela, notório espancador de mulheres  também como Secretário. Ou ainda se manifestasse contra a coligação que o PT fez com o PCC para desestabilizar o Estado de São Paulo com a morte de policiais, unicamente visando ganhar também o governo do Estado nas próximas Eleições. Enquanto tudo iso ocorre, a Presidente anda ocupada, ajudando a escolher o ténico para a Seleção brasileira de futebol.
Tantos assuntos a se manifestar.O povo? Que coma brioches...
Mas, não.
Parece que a finalidade e a função da OAB é enviar um jornalzinho anual, com mais propagandas que a revista VEJA, emitindo a opinião de dois associados e   um Editorial ufanando-se de ter conseguido um descontozinho para os Associados. E, em seguida, logo bem em seguida, enviar um boleto de R$ 700,00 referente à Anuidade. Parece esse ser um bom negócio. E, para complementar a arrecadação,  três exames anuais de ingresso aos quadros da OAB, uma fonte inesgotável incautos e iludidos alunos de mais de mil escolas ditas de Direito, com seus cem mil inscritos à cada exame. Parece ser esse um excelente negócio. 

E é mesmo, haja a vista a guerra trienal para ocupar a distinta Diretoria da OAB. Que, como uma Entidade demonstradamente com o dinheiro saindo pelo ladrão (ops!), faz a sua bendita eleição 2012... com cédulas de papel! Ah, então é esse o papel da OAB? Papelão, melhor!

E a gente aqui, seus compulsórios contribuintes, fica mesmo pensando por onde fica o discurso de modernidade, de defender direitos de associados e de todos os cidadãos, de vender certificação eletrônica e tantas outras coisas, se temos que apôr um X em uma cédula para votar em alguém. Para ficar compatível no tempo, só faltou mesmo a publicação do Edital ser declamada em praça pública, o Édito do Rei.  Fazendo-nos parecer que aqueles tempos de Dom Diniz ainda persistem por aqui. Caso contrário, uma multa de 20% sobre a anuidade. E, aqui, como lá, de nada adianta você votar em branco. De nada adianta você anular o seu voto. Esse surdo "clamor" das urnas, aqui, como lá, não mexe uma palha. E a gente vota apenas para não contribuir com mais 200$ para esse cofre milionário. 

     






quinta-feira, novembro 15, 2012

Palmeiras: a saga de um genoíno campeão! - Por Dias Toffoli

O  Palmeiras deve entrar com recurso no IBAMA, com a fundamentação na Lei contra o Desmatamento. Um absurdo, nos dias de hoje, na busca de um Planeta sustentável, quererem derrubar Palmeiras! O advogado de defesa será o palmeirense Dias Toffoli*, com a sua nova e convincente argumentação: o Palmeiras perdeu 30 jogos para cair. Como o resultado final é cair, pouco importa que sejam 3, 30 ou trezentos jogos. Como o objetivo era apenas cair, a perda foi uma só. Perder todos os jogos foi apenas uma eventualidade, que não ser considerada. Logo, o time apenas perdeu um jogo, o campeonato, o que significa três pontos. Ora, com apenas três pontos perdidos, o Palmeiras não só não deve ser rebaixado, como deve ser declarado o Campeão. O  Lewandowski vota com Dias Toffoli. O que facilitará a defesa de Dias Toffoli na condição de advogado é que o o responsável pelo departamento jurídico do IBAMA é o... Dias Toffoli. Assim fica fácil, não é mesmo?


O que corrobora essa decisão é a longa História de vitórias e conquistas do time. Como um time que teve tantas vitórias no passado ser rebaixado, só porque perdeu aí uns trinta jogos, que na realidade representam apenas um? Toda uma História não pode ser ignorada! Isso só pode ser uma sórdida campanha de corintianos reacionários que odeiam e invejam a bela História do Palmeiras. Muito embora o Lula, corintiano nota 9, não tenha conhecimento de nada dessas intrigas todas. A mídia reacionária, direita fascista e tendenciosa, sempre deu muita visibilidade para as derrotas. Ignorou todas as vitórias, muito embora elas não tenham ocorrido. Caso a CBF insista nessa descabida decisão de rebaixar o glorioso Palmeiras, ele vai recorrer aos Tribunais Internacionais. E deve pedir inclusive o Parecer  do notável e eminente doutor em futebol, o Galvão Bullshit Bueno, que nega a Teoria do Domínio dos Fatos: o Palmeiras, em todas as derrotas, não teve o mínimo domínio dos fatos, tanto que perdia todas. Logo, a teoria não se aplica. E que não há provas, já que um jogo não é um curso de futebol, portanto não tem provas.  

* Dias Toffoli, declara a sua imparcialidade no caso, muito embora tenha jogado pelo Palmeiras por várias vezes, a título de teste. Não foi aprovado, mesmo sendo parente do presidente do clube. O seu notório conhecimento de futebol só não é pior do que a sua reputação, que deveria ser ilibada. Mas isso são só burocracias. 

A todos, um bom feriado e fim de semana. Aos palmeirenses, até segunda.

sábado, outubro 27, 2012

Os indecisos

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons."  Martin Luther King


Como descendente de incontáveis gerais de brasileiros de todas nacionalidades e etnias, eu sou um cidadão brasileiríssimo. E como tal posso e devo falar sobre o meu País.

Como um cidadão brasileiro típico, sou também advindo da miséria: econômica, social e cultural. Se nasci e cresci em meio à miséria e cercado de bandidos de toda espécie, permaneci semi-alfabetizado até os meus vinte anos. Mas também posso dizer que o meu primeiro trabalho remunerado aconteceu quando tinha oito anos de existência. 

Para contrabalançar toda essa hipossuficiência, sou de coração e mente, de São Paulo, em cujo brasão vai escrito na bandeira: non dvcor duco. Frase essa colocada não depois de a cidade ser o coração, o músculo e o bolso de um país inteiro, mas quando ela tinha apenas 12.500 habitantes aventureiros com um sotaque esquisito. Apesar da pompa de um lema dito em latim, retrata a alma e o espírito do paulistano, haja vista que a frase vai em primeira pessoa: eu não sou conduzido, eu conduzo.

Assim é que São Paulo fez e faz a sua vida: uma cidade que é em si um país inteiro. E foi também assim que fiz e faço a minha vida: sou inteiro.

Como um bom brasileiro, envergonho-me das nossas origens de subserviência e exploração por trezentos anos de História, com uma cultura fincada na máxima "quem rouba de ladrão tem cem anos de perdão". O culto do aproveitador e do esperto. Esperteza essa que conduziu uma Nação a viver a Idade Média, em pleno século XXI: uma eterna colônia a ser explorada e espoliada.  

Sou um eleitor que anula o voto desde sempre, para cargos parlamentares. Por desacreditar completamente que exista um Poder Legislativo que esteja interessado em legislar em prol de um país. Há um sistema absolutamente estruturado no "toma lá, dá cá", que corrompe o mais santo dos homens que alí adentram e para o qual são atraídos. Não são corruptos os que alí estão. Tornam-se corruptos por condição sine qua non do sistema. Que, em caso de discordância, expulsam e caçam essa espécime nociva, o honesto

Sou um cidadão desacreditado de um Poder Judiciário que prende o assassino, quando prende, e o solta do no dia das mães, para que ele possa ir matar a mãe. E que paga salário para a família do delinquente, mas ignora por completo a tragédia da família da vítima. Tudo em nome de um tosco  e hipócrita direitos humanos, que já não foi respeitado pelo criminoso quando do crime.     

Sou assim, como outros quinze milhões, um paulistano. Exposto a ser tachado pelo que quer que seja, exceto a uma única coisa: eu não sou indeciso.

Eu sou paulistano que vota decididamente naquele que tem a alma e o espírito do non ducor duco, que sabe que toda riqueza só pode ser proveniente do trabalho; que tem dignidade para não aceitar esmolas; que nunca viveu às expensas de favores federais; que trabalha inclusive para bancar aquela esmola dada com chapéu alheio, o de São Paulo. Frase de um bandeirante: acharei o que procuro ou morrerei na busca.

Assim, sem ser filiado a nenhum partido, sem defender os interesses particulares ou partidários de quaisquer, afirmo com todas as letras: o paulistano rejeita o Partido dos Trabalhadores. Não o candidato da vez, qualquer que seja. O paulistano rejeita a essência de um partido dito de trabalhadores, que é liderado por alguém que pouco trabalhou e que fraudou a previdência para logo se aposentar. Um grupo que pegou em armas para tomar o poder. Não o tendo assim conseguido, apelou para o discurso romântico de "luta pela democracia" quando o que mais queria e quer é um autoritarismo despótico absoluto. E com essa cantilena ilude toda uma juventude, que repete bonitas palavras-de-ordem decoradas, sem ao menos saber o que está dizendo, mas que acha tudo muito bonito. Sente-se com isso um ativista, quando na verdade é mais um conduzido na boiada. Que causa pena com o seu discurso, pois como cidadão está sendo tão vilipendiado e roubado como aqueles a quem faz o contra-ponto. Um grupo que pretendeu se eternizar no poder, sem oposição. Para tanto, montou um imenso aparato criminoso para cooptar e comprar oponentes, à custa do Erário Público,  para o seu projeto de tomada nacional. Verdadeira quadrilha, encabeçada pelo então Presidente da República, que se manteve protegido e ausente, mas que a História vai com certeza desmascarar.   

Com tudo isso, São Paulo trilha o seu caminho paralelo, fazendo a própria riqueza a custa do trabalho. Beneficiando-se de uma conjuntura globalizante que enriquece o país por ser fonte inesgotável de recursos naturais, mão-de-obra e mercado consumidorAqui não vigora o bolsa-família, mecanismo absurdo de compra de votos em prestações mensais. Dispensamos verbas federais, pois elas consistem em esmolas dadas por um governo federal que recolhe o dinheiro de São Paulo para distribuir para cidades que nem ao menos tem receita. E que apenas tornaram-se cidades para lá  ser implantado todo o dispensioso sistema burocrático e político, em troca de apoio incondicional, obviamente. Um regime de capitanias hereditárias, nada inédito em nossa lamentável História. Dispensamos favores, pois somos historicamente conduzidos pela competência como referência. Aprendemos de berço a conduzir, para não ser conduzido. 

Por essa razão, conquistar a cidade de São Paulo passou a ser o grande desafio do PT.  Para a tomada definitiva do País, é preciso colocar a sua maior maior cidade e principalmente  toda a sua riqueza  na rota dos seus descalabros para financiar o ansiado Projeto Nacional. Para tanto, colocaram mais um poste do Lula para concorrer à Prefeitura. Ele, que nunca desceu do palanque, faz a campanha pelo seu pau-mandado de agora, Fernando Haddad, assim como fez com a Estela Roussef. E, sabemos todos quem iria mandar: as mesmas eminências pardas que passaram a descoberto, com o julgamento do bendito Mensalão.

Disse e repito: iria. Pois que não há indecisos aqui. Há os votos-minerva, que decidirão os destinos de São Paulo. Dentre eles, os ainda não totalmente desesperançados, querendo considerar conveniência de nomes, quando não é questão de nomes, mas de soberania de uma cidade-país: prevalecer o non ducor duco e o orgulho paulistano. E há aqueles como eu, imensidão de paulistanos, que não aparecem em pesquisas, mas que, juntos, colocarão na urna, não só o seu voto, mas a sua convicção: não queremos o PT aqui. 


PS: converso de bom grado com todos, exceto a anônimos e fakes. 

sábado, outubro 20, 2012

A invenção de um Direito para os amigos: Lewandowski inocenta Hitler

A tortura do Direito


O voto, na íntegra. 
 
Senhor Presidente, para elaborar o meu voto, contei com a sabedoria de um eminente jurisconsulto, do qual não me lembra o nome, da conceituadíssima Faculdade de Direito da GV, que já conta com quase um mês de existência.  Fundamentando-me nessa fonte do saber jurídico, já de pronto enuncio o meu voto: Hitler é inocente, pois não se pode imputar-lhe nenhuma das acusações, conforme veremos: 



Senhores, 
1 - não existem filmes, fotos, nem testemunhas de Hitler abrindo registro de gás em campos de concentração (talvez até porque morreram todos). É apenas uma ilação, sem provas. O Direito Penal pátrio, que eu tenho tentado estudar, prevê que o fato precisa ser típico;

2 - Não foi acostado aos autos uma cópia do brevê de piloto do acusado. Portanto, ele não pode ter voado sobre Londres e lançado ali uma Bomba V2; 

3 - Também não há documentos comprovando que dirigia Tanques Panzer;

4 - O réu em tela não poderia dirigir submarinos U-Boat, inclusive porque existiam dezenas. Como alguém pode dirigir tantos? Só pode mesmo ser argumentação do Ministério Público!

5 - O mesmo se diga sobre o porte de metralhadoras MP40 ou pistolas Walther P-38;

6 - Nunca se viu o acusado acompanhando Von Rommel pelo norte da África. Por isto, resta claro que nada a incriminá-lo. Com certeza, ele não participou de nada. Não viu nada. Não sabe de nada. 


7 - O Ministério Público alega que foram queimados documentos incriminatórios importantes, mas nada, absolutamente nada foi comprovado, apenas evidenciou-se a existência de cinzas e destroços. Cinzas e destroços podem ser de qualquer coisa. É apenas indício de que houve fogo, mas nem fumaça há. Dizer que eram de peças incriminatórias é apenas mais uma visão fantasiosa do eminente senhor Procurador;


8 - O Acusado era apenas e tão-somente um Chanceler e também reles Presidente do Partido Nazista. Nada mais. Ou seja, não passava de um mequetrefe. Não há provas de que carregava vultosas somas de dinheiro na cueca. Nem que sua fortuna pessoal seja de dois bilhões de dólares. Que mal há em um trabalhador ter a sua poupança pessoal? 


9 - Relatos que citavam seu nome eram simples registros de co-réus, como alguns membros da Gestapo. Por ser apenas a Polícia do Sistema, carece de credibilidade;


10 - Outros relatos são de seus inimigos, chamados Países Aliados, não tendo qualquer relevância e que, portanto, jamais deveriam fazer parte da peça acusatória;


XI - A acusação de ter invadido Paris não procede. O que na realidade ocorreu foi uma visita sua ao amigo General De Gaule. Como este havia viajado, ele permaneceu ali, aproveitando para conhecer a Cidade Luz, aguardando o retorno do amigo. Qualquer outra conclusão é mera ilação ou meras conjecturas que atentam contra  qualquer inteligência mediana, em nada contribuindo para a veracidade das acusações.

12 - A alegação de o acusado ter sido o mentor intelectual bate de frente com nosso Direito Penal, pois, como já dito, ele exige formas muito bem tipificadas. Não um artigo sequer em nosso Código Penal assim: "ser mentor intelectual de extermínio em massa". Acusam-no do extermínio de mais de 6 milhões de pessoas. Oras, senhor Presidente "mais de" enuncia um dado vazio de tipicidade. Há que se especificar exatamente, para então submeter-se ao enquadramento típificador, o que não é o caso. Portanto, caso tenha ocorrido, conforme assim o quer o eminente Procurador, é fato atípico.

13 - Tanto ele como Goebels, Himller, Rudolf Hess e outros serem acusados de formação de quadrilha raia as beiras do absurdo. Segundo aquele eminente jurista da famosa GV lol, para caracterizarmos quadrilha é preciso provas de que os mesmos se reuniam com habitualidade para o comentimento de vários crimes. E que vivam a custa do produto de tais crimes. Ora, senhor Presidente, o acusado o é por apenas uma guerra, uma única, ainda assim, sem provas. Todos sabemos que os mesmos não cometeram várias guerras, cometendo o mesmo genocídio. Inclusive porque é de conhecimento de todos que se pode morrer apenas uma vez. Portanto, não há que se falar em quadrilha. 

14 - O réu é também acusado de ter promovido o Holocausto. Anexo aos autos desse processo a brilhante tese defendida pelo filósofo muçulmano Ahmadnejah comprovando a inexistência de tal desgraça. Pode ter sido, quando muito, e se é que existiu, um suicídio coletivo. Como muito bem dito pelo nosso Código Penal, não se pode usar a Analogia. E o fato de compararmos milhões de homens-bomba atuando em conjunto com algo como o Holocausto é apenas mais uma das ilações e devaneio do eminente Procurador;  

15 - Apresentam fotos de campos de concentração. Ora, senhor Presidente, todos sabemos do que é capaz um Photoshop! Não pode haver credibilidade jurídicas nas fotos acostadas ao processo. Nunca antes naquele País houve tantos spa, ou clínicas de emagrecimento,  a serviço da comunidade, comprovando o seu profundo interesse com a saúde da população! E dizer que faltava saúde àquelas pessoas é mera divagação. A opção deles de não comer chucrutes, pelo fato de serem recheados com carne de porco foi apenas uma opção dietética e histórica! Todos sabemos o quanto é abrangente a definição de saudável, que varia de povo para povo, de tempos em tempos;



16 - De toda a peça acusatória, só podemos supor, e eu disse supor, que o réu e todos os demais acusados tenham sido apenas usados, trapaceados por algum estapafúrdio tesoureiro, mancomunado com um banco que controlava financeiramente a tudo e a todos,  especialmente os projetos políticos e as doação corruptivas. Quem não sabe a autonomia que tem um Contador? Em qualquer empresa, mesmo as privadas, o Contador é quem decide tudo, assina cheques, decide a quem pagar e etc. Mas, mesmo assim, não há provas. As figuras de diretor, de presidente são meramente figurativas. As suas assinaturas em documentos bancários não tem qualquer valor probatório, com dignidade de prova penal, sendo apostas aos contratos apenas para dar mais valor moral à transação. Dizer que uma campanha publicitária tenha custado a bagatela de 10 milhões e que, apenas por que foi paga em paraísos fiscais é evasão de divisas, senhor Presidente, é uma alegação por demais fantasiosa;   

17 - Dizer que tudo foi e é feito em em nome da realização de um plano maquiavélico e diabólico individual de domínio total que alguém concebeu e monitorava do seu pequenino apartamento em São Bernardo do Campos é uma fantasiosa Teoria da Conspiração. Como acusar alguém que sequer faz parte deste processo? Como acusar alguém que trabalha em casa, sob a guarda divina de um crucifixo furtado diretamente da sala da Presidência da República? 

18 - E apenas para corroborar como assim penso, relato fato ocorrido com a minha pessoa: ao chegar à minha residência, deparei com minha esposa na cama, totalmente nua e gemente. Dentro do armário, um cidadão tambem totalmente nu. Por suposição, de caráter argumentativo, caso os mesmos estivessem em plena conjunção carnal, alí, na maior, mesmo assim haveria que se considerar a habitualidade do fato, não apenas um único episódio e eu deveria, em nome do bom Direito, aguardar que consumassem o ato, para então aventar alguma hipótese. Como não era o caso e o suposto réu estava longe do possível local do crime, a cama, dei-lhe alguma roupa para se vestir e pedi gentilmente que se retirasse. Ele também gentilmente me presenteou em retribuição com um preservativo devidamente preenchido. Qual o ilícito de se estar dentro de um armário, numa crise transitória de priapismo? E ainda totalmente nu, completamente indefeso? Quanto à minha esposa, embora ainda gemente, inocentei-a completamente de qualquer ato ilícito, pois o cidadão não estava na cama, mas sim curiosamente dentro do armário. 

19 - Enfim, depois de exaustivas e minuciosas vistas dos autos realizadas pelos meus assistentes, que certamente não são egressos da famossíssima Faculdade de Direito da GV lol, visto que a mesma iniciou seu ministério há alguns meses, declaro a improcedência da ação, inocentando por completo o réu por falta de provas. 

(Parte desse texto, de autoria desconhecida, foi recebido por mensagem. O texto foi ampliado, por compartilharmos a mesma indignação, diante da criação de um novo Direito, destinado a proteger amigos)
 

quinta-feira, outubro 11, 2012

É Peruada, oba!

Finalmente a gente pode dizer: é Peruada, Oba!

A única coisa que tem de ruim da Peruada é que ela demora sempre um longo ano pra acontecer de novo.
Mas até isso tem uma semente de coisa boa: faz com que a lascívia acumulada se acumule mais. E agora até tem gente que, com ares de modernidade, anda dizendo que deveríamos curtir cada dia como se fosse o dia  da Peruada. Seu lindo, obrigado por tentar coisas novas! Mas isso de novo não tem nada. O maior clichê que existe nisso de "dias especiais" é: o dia das mães não deveria ser um só, mas o ano todo. O dia do Natal... idem. O dia disso... idem. Portanto, nada de novo debaixo do Sol. Isso já há milênios.
Estão querendo introduzir, coisa que deveria ser tarefa do Peru, a ideia da Periquita na Peruada.Pois, bem. Tá aceito, de imediato! Acho a ideia por deveras excitante: a Periquitada (Ahhhh!). E nem precisa isso de "substituir". Devemos não excluir, mas somar. Penso que as duas coisas devem ficar juntas. Juntinhas. Mais ainda, uma dentro da outra. Feito o Yin e o Yang. 

Nessa de "modernidades" querem diminuir o valor do Peru. De que o fálico que contém o Peru deve vir abaixo. Nada disso. O Peru não pode ficar de fora. A função e a graça do Peru é sempre ficar lá no alto, o mais possível. Pois é assim que ele pode se realizar Peru. Não se pode dizer que o culto ao Peru seja uma opressão. Isso é um erro conceitual. O Peru pressiona. Isso sim. E nem é por todo o tempo, mas de maneira cíclica e intermitente. Que até permite um neologismo inevitável, intermetente. O seu modus operandi. Nada contra as modernidades. Só acrescentando que nada tem de modernidades. E que vale muito a intenção, essa de buscar a reaproximação entre o Peru e a Periquitada. Ainda mais nesses tempos de isolacionismo e do culto ao mesmo, ao igual. O bom é o diferente. Viva a diferença!

Como uma divagação pertinente, podemos dizer que a Humanidade costuma distorcer, desvirtuar e por isso, mal-entender conceitos. A fábula do Midas, de transformar em ouro tudo o que toca não é uma vantagem, mas um castigo. Ele morre de fome, pois transforma em ouro aquilo que vai comer. Diz-se que o guepardo é o animal mais veloz, que corre acho que cerca de 100 km/h. Corre muito o felino, mas corre menos do que a sua presa, que, ao fugir, corre portanto mais que ele. E ainda com a vantagem: além de mais veloz, ainda é mais esperta. 

Por isso, o culto ao Peru, ao fálico, nada tem de "domínio", de machismo ou qualquer coisa que o valha. O culto ao fálico nada mais é do que um culto indireto ao antro feminino, que o faz ter sentido de existir.  Razão suficiente para aderirmos de pronto à ideia da Periquitada. Se a proposta é um culto direto, e não mais indireto, que assim seja. Vamos entrar com tudo na Periquita então! Sem nunca se esquecer do Peru, jamais! Se há Periquitada, o Peru deve estar dentro. Não por uma questão de tradição, mas por coerência.

Sem mais delongas: que venha então a Periquitada, ahhhh! E, dentro dela, como deve acontecer, a Peruada, oba!

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Pra quem nunca participou de uma Peruada, calouro ou veterano requenguela, vou dar algumas dicas, do que eu me lembro:

A Peruada é uma festa muito semelhante ao que é a Esquerda Brasileira, mas conhecida pelos íntimos, como A Esquerdalha. Se não, vejamos:
É um típico aglomerado de pagãos adoradores do Álcool. Lembra alguém? Então. De tanto consumir essa oferenda, o cidadão anda prá cá, andá prá lá, tropegamente. Com isso, acaba ficando com a impressão de que a direita não existe. Que só existe a esquerda. E fica falando palavras desconexas, sem sentido. Um monte de merda mesmo. Quer prova mais cabal dessa teoria, que a Peruada é uma fábrica de esquerda?  O que ele afirma, peremptoriamente: existem duas esquerdas. A direita é pura invenção sua! Enquanto São Paulo continua como sempre, trabalhando pra sustentar o resto, aquele mar de gente, toda zoada, entorpecida, totalmente fora da realidade. Esse negócio de querer tornar toda São Paulo parte da putaria tem o singelo nome de Projeto Adad. Mas todos sabem que é uma ideia fadad ao fracasso, pois não. Para aqueles aparvalhados, com certa dificuldade em cooptar toda aquela exuberante Periquitada, sempre aparece uma, tentanto garantir mais um peruzinho na urna das eleições para o XI que ocorrem logo na semana seguinte. Com isso, ele compromete a dignidade, mas não zera. Uma boa troca, essa. Um dos males das diretorias do XI muito certamente é isso: não é "O dia Seguinte", como aquele filme, mas  "A Semana seguinte.. da Peruada". Essa overdose de ressaca moral compromete a seriedade de qualquer coisa. Esse fenômeno de cooptação de apoiador é conhecida como capovis. Bastante comum, principalmente com a Peruada. Na Peruada, ninguém é de ninguém, moto perpétuo do pessoal que vai pelos sítios do interior, receber aulas para decorar a Cartilha. Depois de quarenta anos, ele  vai alegar que era uma reunião de estudantes. Só não completa a frase "estudantes da Cartilha, pra tomar o poder". Por essas e por outras, se não for a sua praia, faz-se aqui a sugestão: se vc encontrar um Negão pelo caminho, cuidado! Ele Só Te Fode! É realmente, por essas e por outras, uma festa com muita verossimilhança com a esquerda tupiniquim. Todo mundo socializando geral. Ninguém nunca tem prova de nada. Quando tema, alegamos que é prova ilícita. Sendo lícita, alegamos que não a aceitamos e pronto. Alguns alegam que fraquejaram porque era a dita dura. Ao final, vale a jurisprudência da Martaxa: é só relaxar e gozar. E tudo isso se torna possível porque, para fechar a festa, vale a Máxima do Máximo, que não tem o mínimo... nem de decência: não me lembro de nada. Nadinha mesmo!


Enfim, uma excelente Periquitada pra todos, recheadas de Peru!


domingo, setembro 30, 2012

Mensaleiros em São Paulo? Fala sério!

http://www.youtube.com/watch?v=9YrRUGBbUj4 (assista e compartilhe)

Enquanto vamos todos torcendo nas partidas do Big Brother- STF, algumas coisas vão sendo engendradas e maquinadas por trás das diáfanas cortinas da política brasileira.

Costuma-se utilizar o vocábulo "maquiavélico", quando da execução engendrada de segundas intenções na Política. Formada praticamente de segundas, sendo as primeiras intenções um artesanal exercício de dourar a pílula para o povão, que gosta mesmo é de samba, novela e futebol. Porém, isso na Política de mais alto nível, dado que ela se constitui mesmo de um imenso jogo de xadrez, espacial e temporal. Agora, quando a coisa tende e se embarafusta na baixaria, coisa mesmo digna d'A LATRINA, feito a coisa brasileira, prefiro me utilizar do termo "diabólico". É mais exato e ainda preserva a imagem de um cidadão pra lá de genial, o tal de Maquiavel.
E na nossa politicalha brasileira, nada de Maquiavel. Estamos imergidos nas mais satânicas e emporcalhadas jogadas. O Ministro Joaquim Barbosa está fazendo das tripas coração, para conseguir conter os membros da quadrilha do PT infiltrados na própria Corte. Coisas apenas de lulismo brasileiro: julgar os próprios crimes. E até que está conseguindo, com a graça do bom Deus. Nosso homem forte naquele STF. Algum brasileiro mais afoito diria: que bom! Então a quadrilha do PT vai pra cadeia, finalmente? Responderia o Batman: Santa Inocência a sua!

É tragicômico como o brasileiro acredita e põe fé nessa expressão: "vai pra cadeia!". Vai nada. E, se e quando for, ficará uns dois dias e será solto por um oportuno  Habeas Corpus. Ou sairá mesmo pela porta da frente, após cooptar carcereiros e afins. Isso se não for chefe de alguma quadrilha mais organizada. Pois nesse caso é mais conveniente ficar preso, para aplacar a ira do povo, da mídia e do "Estado". Mas, claro, tem celular à vontade pra trabalhar, visita íntima, advogado que faz parte do bando, coisa e tal. Esse, o Brasil real.

Após o divagar, voltemos ao julgamento dos mensaleiros. Onde estranhamente um é condenado por lavagem de dinheiro, mas quando afiliado ao PT é Caixa Dois. Que, estranhamente, não é crime. Ou seja: em cima de uma barbaridade, estão delineando a ação parlamentar futura: criminalizar o Caixa Dois.

Para quê isso, para a felicidade geral da Nação? Claro que não. O segundo e diabólico intento é a defesa do financiamento público de campanha. Que nada mais é do que a institucionalização do Caixa Dois, que, por óbvio, não deixará de existir. Caixa Dois será então café pequeno. Os milhões lavados na privada iniciativa, serão um nada, perto de ter o próprio Erário Público à disposição, via financiamento de campanha. A custa disso, será certo que teremos mais uns cinquenta (sem trema, posto que o culto e erudito Mula mandou tirar) partidos.

Para gerir um Estado, há apenas uma maneira: ele deve atender igualmente aos anseios de cada um dos cidadãos, já que é apenas um representante e não um mandatário. Querendo ser perfeccionista, há uma outra maneira: fazer isso de uma maneira melhor do que a única. Bom, isso dizia lá o Montesquieu. Que os EUA seguiram fielmente e tem lá os seus dois partidos.

Mas no Brasil é diferente, sempre. Aqui, inventaram uma tal de "ideologia", para explicar as facções, travestidas de partidos. Haja ideologia! Na realidade, não há ideologia. Há que se criar um modo de explicar ao TSE que se quer o dinheiro público por sua via. Ser só "conservador" ou "liberal" ficou pouco. Então você diz que o seu partido vai defender as crianças, as mulheres, os idosos e os demais. Já tem? Ah, então você diz que o seu partido vai defender o meio ambiente. Já tem? Você inclui na carta-programa que vai defender o Planeta. Já tem também? Ô dinheirama difícil de descolar, essa, viu! Tá bom: o meu partido vai fazer a defesa universal. Já tem? Como assim? Ah, caramba! Se eu tivesse chegado uns dez minutinhos maiscedo que o russomano poderia ter inscrito o meu partido do reino universal!

O Estado e a Cidade de São Paulo têm resistido heroicamente às investidas  da imensa quadrilha que se formou para subjugar o Brasil aos seus anseios de poder eterno. Por isso se diz: o paulista e o paulistano não rejeitam ao candidado X, do PT. O que se rejeita é o próprio PT. Logo, o malfadad candidato mensaleiro não terá chances por esses campos de Piratininga. Sabedor disso, o também satânico Doutor Paulo Maluf vai lá e presta o seu apoio a ele, verdadeiro golpe mortal, graças aos Céus, nas funestas intenções lulistas nessa terra que preza o trabalho e a competência.

Dizia soberbamente o Montesquieu: o povo não deve votar, porque é ignorante. Já no Brasilzão, o voto, por isso mesmo, é obrigatório. No Brasil, os poucos realmente letrados se dizem afastados da Política por ser antro de podridão. Constitui-se então a ignorância explicada, assentada na mais pura razão. Mas sempre ignorância, componente essencial da permissividade que se precisa para fazer a politicalha que encontramos. Com essa triste realidade, ficamos sempre com o menos pior. E foi isso o que o satânico Maluf tinha em mente: com o seu rejeitado apoio, jogar as luzes sobre o seu apadrinhado. Um estelionatário que tem por vice o presidente da OAB. Grande Amigo D'Urso! O Maluf é certamente o grande mentor intelectual do PT. Foi com ele que o Mula e sua corja aprenderam como usurpar o Tesouro Público. E aperfeiçoaram o método de tal maneira que, hoje, o Maluf deveria ser inocentado pelo Princípio da Insignificância, entre o que roubou e o que é roubado. Esse é o seu real candidato, que ele intenta vender como o "menos pior".

E é daí que está feito o link, fechado o raciocínio. Com o Caixa Dois do jeito que sempre foi, somamos o caixa dois institucionalizado, o financiamento público de campanha. Colocado o Estado de São Paulo na "linha de produção petista" teremos então a perpetuação da barbárie nesse império colonial chamado Brasil. 

Quando Deus arguiu um profeta: indica-Me ao menos um homem justo que eu não destruirei Sodoma e Gomorra. Como o único era aquele com quem Deus falava, e estava fora da cidade, ele então as destruiu. Se houvesse apenas um motivo, Ele não o teria feito. 

Há a nos salvar, o viés paulistano e paulista em tudo isso: a absoluta rejeição ao petismo. Demostrado que Haddad e Russomano nada mais são do que facetas da mesma moeda, sobra-nos o Serra. Que, aliás, tem um grau de simpatia que passa muito longe do minimamente aceitável. Mas não o queremos como Miss Simpatia e sim como um escudo. Ele  representa essa coisa vital que temos: rejeitar o pt. É o motivo divino bastante, para ter o meu, o nosso voto.

quinta-feira, setembro 20, 2012

Looping

O governo atual cria uma Comissão da Verdade para investigar os já investigados abusos de poder cometidos pelo governo anterior em seu declarado e institucional combate aos que iriam compor o governo atual por saber que eles sempre defenderam  meias verdades.

sábado, setembro 15, 2012

Porque o paulistano rejeita o câncer da esquerda

Para qualquer um, o ibope é como a cabeça do bacalhau: deve existir, mas nunca ninguém viu. Ou, no caso, foi entrevistado.Mas o que importa é que, de alguma maneira, conseguem extrapolar para uma população, aquilo que um cidadão pensa. Posso assim, com toda a autoridade, falar em nome do paulistano. 

Devido ao mau cheiro que grassa por todo esse país, faz-se muito oportuno falar sobre o perfume paulistano. Cuja essência vai inscrita no próprio Brasão que ilustra a bandeira da Cidade. Inscrito não numa paupérrima sublinguagem utilizada nas "comunidades", como se costuma dizer. Mas em bom Latim: non ducor duco.

Arrogância? Não, apenas orgulho. De uma terra toda feita de oportunidades. Boas oportunidades nunca são dadas de graça. Elas se imiscuem e se camuflam. Por vezes, até nas adversidades. E quando a caçamos, feito a um Bandeirante atrás de esmeraldas, temos a chance, jamais a certeza, de encontrá-la. Por fim, quando, e se, a encontramos, ela vem feito a pedra bruta. Nunca se nos mostra como a um brilhante, polido e embalado em uma caixa, com correntinha, coisa e tal. Encontramos o diamante em sua forma bruta. Será com o trabalho que conseguiremos lapidá-lo e encontrar a riqueza e a beleza da oportunidade conquistada. E tudo o mais que decorre disso. Por exemplo, dirigir a própria vida, sem ser dirigido. O que resume, simboliza e vai expresso na bandeira.   

Ante que possa ser tachado de nefelibata, explico: pretendia embasar a razão da ojeriza que o bom paulistano nutre pelo pt, petismo, lulismo, socialismo e outros ismos que o valha. Muito embora o malfadad partido, liderado estranhamente por quem nunca trabalhou, tenha aqui florescido e nascido, justamente por ser uma terra de oportunidades, a sua ação no poder nega peremptoriamente o seu berço. São Paulo conhece o pt dos seus românticos tempos, onde militantes vendiam brochinhos para angariar dinheiro e "crescer". Isso, quando ainda apenas  ferrenha oposição, visionários vendiam o sonho de um Brasil maravilhoso.    

O Poder corrompe mesmo. Ao conquistar a chave do cofre, tudo se transforma. Aos visionários, o aviso: o sonho acabou! E o seu Brasil mostra então a cara: uma cara até retocada por meio de cirurgia plástica. Como uma genuína estória de brasileiro, o grande mentor de toda a tramóia é um Zé. O Mula, apenas uma sua marionete, que fala bem e vende até geladeira pra esquimó. E compra, em suaves prestações, qualquer oposição. E escorraça do partido aqueles ainda possíveis sonhadores, pois já não lhes sobra lugar no verdadeiro plano. E, como em 1984 (o livro), cria o ministério da verdade, com o fim de apagar e modificar o passado. Sendo que tudo não passa de mais uma forma de encher os cofres do partido: a indústria do perseguido político. E toda a sorte de maracutaias: onde houver dinheiro público, lá estará um tentáculo do monstro que avassala o país inteiro. Mas, o pior de tudo: não aterroriza. Apenas pinta, com notas do tesouro público, o monstro, feito a uma cirurgia plástica, com cara de bom menino. 

E o paulistano continua trabalhando... Eventualmente, em algum feriado, encarando horas de engarrafamento para curtir um merecido descanso. Um escudo o protege dessa dantesca, diabólica e maquiavélica novela engendrada,  em cartaz no Cine Brasil, há doze longos anos. A novela não passa em São Paulo. Apenas a bancamos, com o nosso suor, o perfume paulistano. Eis a razão da ojeriza que o paulistano nutre pelo petismo e o seu Zé, que fez cirurgia plástica no rosto e na pretensa ideologia. 

Aquele ibope não consegue explicar a rejeição ao malfadad atual do pt. A rejeição não é a ele, mas a quem ele simboliza. Se o próprio deus fosse candidato pelo pt, teria rejeição de 100% em São Paulo. Ou melhor: não cem, mas menos uma porcentagem comprada  em mensalidades, para o apoio. Em meio a eles, alguns poucos e iludidos ainda sonhadores, anacronicos, por certo. 

Saindo da esfera filosófica e falando de realidades. Após os costumeiros acertos e malas endolaradas encaminhadas a alguma ilha do pacífico, a Dona Martaxa leva o seu ministério e passa a mostrar um deslumbramento repentino pelo candidato que lhe tomou o lugar. Em seu discurso oportunista, critica o Serra por abandonar o cargo no meio do caminho. Justo ela, que foi eleita há seis meses como senadora e abandonou o cargo, por um lucrativo ministério. Ele, que nada tem de santo, mas apenas mais um guerreiro,  o fez por uma boa causa: tentar barrar o petismo do Zé nas fronteiras de São Paulo. Guerra Santa, poder-se-ia dizer. Ela, abandona o cargo por uma lucrativa proposta. Ela, jocosamente apelidada pelo paulistano de Martaxa. Um (des)governo tenebroso nessa São Paulo que ela, não fosse vendida/comprada, deveriam bem governar. Mas os tentáculos daquele monstro, em seu tempo, chegaram por essas terras de Piratininga. O império da incompetência, mesclado com a ganância por verbas públicas. Quem não se lembra do seu lema de governar no melhor estilo "relaxa e goza"? Finalmente, coroando as suas asneira como prefeita, o troféu "Galinha Preta" oferecido quando de sua visita à Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Eis a sua experiência que empresta ao agora malfadad candidato do pt. 

São Paulo simplesmente rejeita a esquerda porque ele é pautada pelos favores, apropriação indébita, falsidade ideológica e casuísmos, quando aqui  se fala a linguagem da competência. O "perfume paulistano" contrasta com o cheiro de podridão que assola o País inteiro. Rejeita, mesmo que fosse uma esquerda genuína, defensora dos fracos e oprimidos. Que somos todos nós, cidadãos à mercê de um Estado dominado e inerte, quando convém. No caso do petismo, além da rejeição ao que possa ser esquerda, a ojeriza ficar por conta da consciência de que se trata tudo de um grande engodo. Uma mentira. Estelionato. O uso da "defesa dos fracos" apenas para justificar um discurso bonito, mas mentiroso. Não se trata de um grupo com uma canhestra ideologia rejeitada, mas de uma corja formando uma imensa quadrilha. Não é caso de rejeição eleitoral, é caso mesmo de Polícia. A ser julgado pela justiça "dos comuns", não em foro privilegiado.

terça-feira, setembro 11, 2012

Ohio, São Paulo entre Boston e Chicago!



Com esse negócio de eleições, para um bom paulistano como eu, a coisa tá cheirando muito mal! Sei que a imagem fala mais do que mil palavras, mas não posso me furtar a fazer algumas considerações. Que, acho, não chegam a mil palavras.

São Paulo é uma cidade que é um País dentro do Brasil. Isso, sem qualquer ufanismo. Aqui a população tem o estranho hábito de trabalhar. Hábito tão estranho que chega a ser motivo de chacota por parte dos vizinhos:"paulistano só sabe trabalhar!". Um conceito emitido como crítica jocosa, mas que apenas relata uma verdade. E que, com o fito de equivaler-se de alguma maneira, ufanam-se de que em sua terra o Sol brilha mais, com a média de dois graus acima da média de São Paulo. Realmente. Em Ji-Paraná a média anual é de 40ºC. Consequentemente, na ensolarada lógica deles, então uma da cidades mais progressistas, se não a mais, desse nosso Brasil.

Com essas e com outras, pelo trabalho, é uma cidade rica. Como uma terra prometida de oportunidades, seu povo em geral é bastante avesso à enxurrada de benesses criadas em nossa História recente. Um povo que tem nas entranhas o saber que é apenas o trabalho que traz riquezas. Esmolas apenas perpetuam a miséria. Dessa maneira, políticas públicas populistas de trocar votos por bolsa-alguma-coisa não pegam em São Paulo, que tem aversão a isso. Isso explica a imensa rejeição que temos, não pelas pessoas de tal malfadad candidato, mas pelo que ele ostenta na lapela. Sua estrela não brilha aqui.  Dessa maneira, o último foco de resistência em um país inteiro que se rendeu a esse modus operandi. Querem São Paulo a todo custo, o último link a fechar a imensa rede que faz do país uma republiqueta de terceira categoria.

Depois das preliminares, o que interessa: o processo eleitoral. Conforme bem acusa o mapa, São Paulo está sitiada entre Boston e Chicago. Ohio! Chicago, uma quadrilha de gangsters, chefiados por Alka Poney. Afeitos a extorquir com as promessas de proteção e algum dinheirinho, pra não passar fome. Se funcionar, bem. Se não, a metralhadora funciona. Sempre funcionando a omertá devidamente abrasileirada. A Lei do Silêncio nessas terras tupiniquins tomou a forma de eu não sei de nada. A quadrilha tomou de assalto todo o país, restando apenas São Paulo a compor o extenso meandro de tráfico de influência, desvios institucionalizados para a perpetuação do poder. A corrupção solta como bem conhecemos. Resta São Paulo como o último foco de resistência ao império da incompetência, onde basta ser amigo do rei, para galgar degraus na imensa pirâmide da felicidade que criaram. E esse é o grande nó: São Paulo prima e se orienta pela competência. Aqui se enxerga a roupa do rei. Ou a falta dela. 

De outro lado, Boston. Travestido de bom moço, verdadeiro salvador da pátria, àqueles que tem pouca memória. Sabemos todos como são os salvadores da Pátria. Já amargamos um protetor dos descamisados, cujo grande mote era explorar a então aversão brasileira , hoje exclusividade do Estado de São Paulo. Venceu por oposição e jogou o País nuim buraco. Esse cidadão de hoje veste a capa de oposição ao que ocorre por todo esse Brasil, sabendo que esse discurso soa muito bem em São Paulo. Mas, também como mostra o mapa, Ontário passa longe daqui, para o outro lado dos lagos. E associa-se a quem puder, para engrandecer seus pares. Para cativar mais fiéis, teve ate o seu encontro com Jesus. Omitindo de todos que, em tal encontro, ficou sem a carteira. Coisa pouca, para quem é afilhado de um dos maiores aproveitadores da História. O grande mago que o idealizou é o mesmo que serve também de modelo, à roubalheira descarada que se pratica agora. Tá ruço mesmo! Em ele vencendo, não teremos uma enxurrada de incompetentes pseudo-socialistas a invadir São Paulo. Veremos uma outra enxurrada de antigos extremamente competentes em expropriação do Erário Público. Pobre São Paulo sitiada!

Ambas as populações citadas estão no mesmo nível do mar. Um mar de indizível e abismal podridão, cada qual a sua maneira. Analisando o mapa, constatamos que Paulo fica em um planalto, bem protegida daqueles mares por uma serra.  A serra que nos protege, nada tem de elogiosa, sendo apenas um acidente natural. Com a qual sabemos bem conviver. A serra em si não tem valor intrínseco, mas se constitui no valor agregado pelo povo paulistano. Simbolicamente, pode ser considerada como o elemento, o fator trabalho que nos vacina contra o deslumbramento das esmolas. Trabalho esse que quando se quer ir vai mais longe, visitar mares despoluídos já que sob o mesmo Sol.

Sempre desconfiei muito das "lutas" politicamente corretas em favor de igualdades em geral. "Luta" pressupõe opostos. Não lhe parece estranho eu estar em "luta", defendendo os "direitos" dos meus opostos?  Mas sempre o discurso soa tão bem que encoberta essa incongruência paradoxal. Na mais antiga dessa imbecilidade, a luta entre pobres e ricos. Não lhe parece estranho que a liderança dos pobres na "luta" entre ricos e pobres seja a de um rico? Ou na "luta" entre homens e mulheres, a liderança feminina seja de homens? Para quem quer enxergar, a "luta" em si é forjada. Serve apenas para distrair intelectuais desocupados, que recebem lá as suas bolsas-alguma-coisa. Ou tem uma ONG. Ou é assessor para assuntos diversos de algum apaniguado eleito com votos de oportunismo. Porque pessoas e grupos por afeição são sempre diversas, diferentes, desiguais. E sempre o serão. Cidadãos sim, são todos iguais. Ou ao menos deveriam ser, caso a nossa constituição de brincadeira valesse alguma coisa. E que foi escrita por um seleto grupos que se auto-elegeu mais igual que os iguais. E estabeleceu a luta, para que todos sejam iguais. Liderados pelos mais iguais. E quem quiser enxergar que enxergue.

Enquanto isso, o povo paulistano apenas trabalha, que é mais simples. E em tempos de compra de votos fica sempre com o menos pior. Inacreditavelmente, no momento presente, entre Boston e Chicago. Que merda!

sábado, setembro 08, 2012

A Ilma. Equivocada

Brasil, o País do Futuro


Equivoca-se a dona Dilma, ao se utilizar de cadeia nacional de rádio e televisão, sob o pretexto de fazer um pronunciamento sobre a nossa ainda não-conquistada Independência. E, ao invés disso, utilizar-se dessa especial condição, para fazer palanque aos seus candidatos pelo Brasil afora. Palanque não é o seu metier: quando subiu nele, tropeçou nos degraus e nas palavras. Tente parecer inteligente e não afugente os eleitores dos seus apaniguados. Aceite a sugestão dada ao Galvão Bueno, a fim de panfletar o seu malfadad candidato. 

Equivoca-se a dona Dilma, ao afirmar que o Mula é um estadista. Ela, juntamente com tantas outras coisas, parece desconhecer o significado do vocábulo. Um aparvalhado que, em seu último ato, ao deixar a Sala da Presidência (e não Sala “do Presidente”), apropria-se indebitamente de um crucifixo que, por obvio, não lhe pertencia, não pode receber tal denominação. E, some-se a isso uma interminável relação de feitos semelhantes quando naquela função. Em linguagem popular, são atos de “gatuno”, "ladrão pé-de-chinelo”, "ladrão-de-galinhas (no caso, crucifixo)". Mesmo sob uma famigerada nova ortografia,  assinada por quem não sabe assinar, jamais se aproxima o vocábulo “gatuno”, de “estadista”.

Equivoca-se a dona Dilma ao se utilizar de tal aparato para dar resposta a um único cidadão, Fernando Henrique Cardoso, em um pronunciamento feito a supostos 200 milhões de outros cidadãos. Muito embora estivessem todos em filas quilométricas para curtir o feriado dentro do carro, mereciam uma palavrinha, equivocada que fosse. A Democracia, sua tão louvável desconhecida, pressupõe críticas. Não aja em seu posto como se presidisse uma reunião do PT, onde sabe-se ser conduzido com mãos de ferro autoritárias, que expulsa qualquer mínima oposição ao projeto de poder. Mas que,  em público, o líder-mor alegue desconhecer os meandros das maracutaias.

Equivoca-se a Dona Dilma ao querer atribuir ao seu governo, e claro, ao de seu criador, antecessor, padrinho, benfeitor e comparsa, aos avanços econômicos conseguidos pelo País. Eles decorrem de um momento histórico de globalização, cuja segunda abertura dos portos ocorreu por obra de outros, que não o seu indigesto conluio de estelionatários. Um país rico em recursos naturais, com um imenso mercado consumidor, mas que não sabe produzir por si um parafuso de qualidade, além de ser quintal de produção do dito primeiro mundo. Simplesmente as indústrias deles zeram o balanço com os lucros daqui, atenuando o prejuízo de lá. E isso, feito a uma esmola, tem sido bom para os brasileiros, acostumados já com espelhos, ao longo da História. Isso não é obra do PT e nunca nesse país se ouviu tamanha pataquada.

Equivoca-se a dona Dilma ao atribuir a si e a sua gangue a tão propalada estabilidade econômica. A estabilidade foi conseguida em gesto ousado e até heróico, mas foi duramente combatida e rejeitada pelo PT quando esse era, bons tempos de outrora, apenas oposição burra. E cuja estabilidade atual vem sendo conseguida à custa do Erário Público, maldisfarçando e bancando a inflação e tudo o mais.Muito mal comparando, os nossos "bons números" têm sido conseguidos como aquele cidadão que, atualmente desempregado, procura desesperadamente manter o alto padrão de vida, à custa de seu cartão de crédito. A conta acaba chegando. E com juros escorchantes. Sabemos todos que números de pesquisas e estatísticas são facilmente distorcidos, ao bel-prazer de que paga isso regiamente. Com lucros da Petrobrás, claro.  

Equivoca-se a dona Dilma quando afirma que ela e sua trupe “aprendem com os erros do passado”. Haja vista que ela própria armou-se até os aos dentes, literalmente, para defender um regime e sistema francamente falido, o socialismo de fachada. Tomando de assalto, também literalmente, o poder, retrocederam duzentos anos na História. Que somados aos já quinhentos amargados no feudalismo, lança o Brasil do XXI nos erros do passado, como um mero fornecedor de pau-brasil aos portugueses, digo, minério de ferro para que a China se construa como a mais nova potência mundial.  País esse que decidiu-se pela Educação exagerada, elevando o nível a qualquer custo para realizar a façanha. Enquanto aqui, falamos em cotas, para rebaixar ainda mais o quase nada existente de qualidade cultural. Fala-se aqui em mudar a letra do Hino Nacional, porque é “muito difícil”, quando o óbvio correto seria ensinar o que é “difícil” nas escolas e não a ideologia barata do partido no poder. Fato que fica claramente demonstrado em levantamento da ONU, que coloca o Brasil em 39º lugar em educação. Entre 39. Ou que coloca o Brasil em 144º em confiança em políticos. Entre 144. Uma política esdrúxula de se deixar engabelar pelas Bolívias da vida, colocando o País honrosamente em segundo lugar... no consumo de drogas. Algo até coerente, pois a nossa juventude consome a sua droga de discurso, obnubilando-lhes a inteligência e tornando-os meros repetidores de palavras de ordem anacrônicas, perdendo a própria dignidade junto ao senso crítico.   

Equivoca-se a dona Dilma quando afirma entusiasmadamente que os investimentos não afetarão as verbas destinadas aos programas sociais. É antigo, mas ainda não aprendido, o adágio "não é tirando dos ricos para dar aos pobres” que estes enriquecem. São apenas esmolas que se reverterão em votos de perpetuação no poder, aniquilando de vez o pouco de dignidade que sobrou dos que nada têm. O que precisam é de dignidade, emprego e oportunidade. Tudo o mais de riqueza advém desses elementos, utilizados com competência, vocábulo também desconhecido dos baba-ovos do poder. 

Equivoca-se a dona Dilma quando cita, também entusiasticamente, as verbas destinadas ao desenvolvimento. Sabemos todos que elas se afastarão dos seus destinos, indo compor os diversos “valeriodutos” criados, indo inusitadamente cair nas maletas, meias e cuecas dos apadrinhados, ressalvado o sagrado quinhão, pertencente ao partido, conforme notícia veiculada imediatamente antes do seu equivocado pronunciamento. O voto vencido declarou que tudo está corretíssimo, que não houve qualquer crime ou ilegalidade. Voto de um juiz que nem ao menos deveria votar, já que há pouco advogava na defesa daqueles que ora está julgando. Excrescência jurídica digna dos tristes tempos de agora, que a História julgará corretamente.

Equivoca-se a dona Dilma ao aparecer sozinha, quando deveria aparecer toda quadrilha. Sendo em Cadeia Nacional, deveria ser de segurança máxima. Seria só trancar e jogar a chave fora.  E aí sim, poderíamos comemorar a Independência.

Ao todo, um único acerto: o Brasil não é mais o "país do futuro", mas o País do Presente. Presentes que são distribuídos para comprar a oposição, para fraudar licitações, para superfaturar obras inexistentes, para assessorar incompetentes e analfabetos, para propaganda de feitos não-feitos. Presentes para tudo e para todos. Em troca de votos, empregos e cargos, trocados por modesta contribuição dizimista aos cofres do partido, cofre esse que não fica obviamente aqui, mas em alguma ilha perdida. Eis o Presente. O Futuro está bem representado na foto que ilustra o amargo desse relato.

Equivoca-se o autor destas palavras, ao se utilizar do verbo “equivocar-se”. Este possui a conotação de erro cometido com boa-fé. Quando a intenção de iludir existe, quando se declara a verdade distorcida pela má-fé, o verbo correto para "erro intencional" é “mentir”, pura e simplesmente. Portanto, resta apenas um equívoco, este declarado.