domingo, setembro 30, 2012

Mensaleiros em São Paulo? Fala sério!

http://www.youtube.com/watch?v=9YrRUGBbUj4 (assista e compartilhe)

Enquanto vamos todos torcendo nas partidas do Big Brother- STF, algumas coisas vão sendo engendradas e maquinadas por trás das diáfanas cortinas da política brasileira.

Costuma-se utilizar o vocábulo "maquiavélico", quando da execução engendrada de segundas intenções na Política. Formada praticamente de segundas, sendo as primeiras intenções um artesanal exercício de dourar a pílula para o povão, que gosta mesmo é de samba, novela e futebol. Porém, isso na Política de mais alto nível, dado que ela se constitui mesmo de um imenso jogo de xadrez, espacial e temporal. Agora, quando a coisa tende e se embarafusta na baixaria, coisa mesmo digna d'A LATRINA, feito a coisa brasileira, prefiro me utilizar do termo "diabólico". É mais exato e ainda preserva a imagem de um cidadão pra lá de genial, o tal de Maquiavel.
E na nossa politicalha brasileira, nada de Maquiavel. Estamos imergidos nas mais satânicas e emporcalhadas jogadas. O Ministro Joaquim Barbosa está fazendo das tripas coração, para conseguir conter os membros da quadrilha do PT infiltrados na própria Corte. Coisas apenas de lulismo brasileiro: julgar os próprios crimes. E até que está conseguindo, com a graça do bom Deus. Nosso homem forte naquele STF. Algum brasileiro mais afoito diria: que bom! Então a quadrilha do PT vai pra cadeia, finalmente? Responderia o Batman: Santa Inocência a sua!

É tragicômico como o brasileiro acredita e põe fé nessa expressão: "vai pra cadeia!". Vai nada. E, se e quando for, ficará uns dois dias e será solto por um oportuno  Habeas Corpus. Ou sairá mesmo pela porta da frente, após cooptar carcereiros e afins. Isso se não for chefe de alguma quadrilha mais organizada. Pois nesse caso é mais conveniente ficar preso, para aplacar a ira do povo, da mídia e do "Estado". Mas, claro, tem celular à vontade pra trabalhar, visita íntima, advogado que faz parte do bando, coisa e tal. Esse, o Brasil real.

Após o divagar, voltemos ao julgamento dos mensaleiros. Onde estranhamente um é condenado por lavagem de dinheiro, mas quando afiliado ao PT é Caixa Dois. Que, estranhamente, não é crime. Ou seja: em cima de uma barbaridade, estão delineando a ação parlamentar futura: criminalizar o Caixa Dois.

Para quê isso, para a felicidade geral da Nação? Claro que não. O segundo e diabólico intento é a defesa do financiamento público de campanha. Que nada mais é do que a institucionalização do Caixa Dois, que, por óbvio, não deixará de existir. Caixa Dois será então café pequeno. Os milhões lavados na privada iniciativa, serão um nada, perto de ter o próprio Erário Público à disposição, via financiamento de campanha. A custa disso, será certo que teremos mais uns cinquenta (sem trema, posto que o culto e erudito Mula mandou tirar) partidos.

Para gerir um Estado, há apenas uma maneira: ele deve atender igualmente aos anseios de cada um dos cidadãos, já que é apenas um representante e não um mandatário. Querendo ser perfeccionista, há uma outra maneira: fazer isso de uma maneira melhor do que a única. Bom, isso dizia lá o Montesquieu. Que os EUA seguiram fielmente e tem lá os seus dois partidos.

Mas no Brasil é diferente, sempre. Aqui, inventaram uma tal de "ideologia", para explicar as facções, travestidas de partidos. Haja ideologia! Na realidade, não há ideologia. Há que se criar um modo de explicar ao TSE que se quer o dinheiro público por sua via. Ser só "conservador" ou "liberal" ficou pouco. Então você diz que o seu partido vai defender as crianças, as mulheres, os idosos e os demais. Já tem? Ah, então você diz que o seu partido vai defender o meio ambiente. Já tem? Você inclui na carta-programa que vai defender o Planeta. Já tem também? Ô dinheirama difícil de descolar, essa, viu! Tá bom: o meu partido vai fazer a defesa universal. Já tem? Como assim? Ah, caramba! Se eu tivesse chegado uns dez minutinhos maiscedo que o russomano poderia ter inscrito o meu partido do reino universal!

O Estado e a Cidade de São Paulo têm resistido heroicamente às investidas  da imensa quadrilha que se formou para subjugar o Brasil aos seus anseios de poder eterno. Por isso se diz: o paulista e o paulistano não rejeitam ao candidado X, do PT. O que se rejeita é o próprio PT. Logo, o malfadad candidato mensaleiro não terá chances por esses campos de Piratininga. Sabedor disso, o também satânico Doutor Paulo Maluf vai lá e presta o seu apoio a ele, verdadeiro golpe mortal, graças aos Céus, nas funestas intenções lulistas nessa terra que preza o trabalho e a competência.

Dizia soberbamente o Montesquieu: o povo não deve votar, porque é ignorante. Já no Brasilzão, o voto, por isso mesmo, é obrigatório. No Brasil, os poucos realmente letrados se dizem afastados da Política por ser antro de podridão. Constitui-se então a ignorância explicada, assentada na mais pura razão. Mas sempre ignorância, componente essencial da permissividade que se precisa para fazer a politicalha que encontramos. Com essa triste realidade, ficamos sempre com o menos pior. E foi isso o que o satânico Maluf tinha em mente: com o seu rejeitado apoio, jogar as luzes sobre o seu apadrinhado. Um estelionatário que tem por vice o presidente da OAB. Grande Amigo D'Urso! O Maluf é certamente o grande mentor intelectual do PT. Foi com ele que o Mula e sua corja aprenderam como usurpar o Tesouro Público. E aperfeiçoaram o método de tal maneira que, hoje, o Maluf deveria ser inocentado pelo Princípio da Insignificância, entre o que roubou e o que é roubado. Esse é o seu real candidato, que ele intenta vender como o "menos pior".

E é daí que está feito o link, fechado o raciocínio. Com o Caixa Dois do jeito que sempre foi, somamos o caixa dois institucionalizado, o financiamento público de campanha. Colocado o Estado de São Paulo na "linha de produção petista" teremos então a perpetuação da barbárie nesse império colonial chamado Brasil. 

Quando Deus arguiu um profeta: indica-Me ao menos um homem justo que eu não destruirei Sodoma e Gomorra. Como o único era aquele com quem Deus falava, e estava fora da cidade, ele então as destruiu. Se houvesse apenas um motivo, Ele não o teria feito. 

Há a nos salvar, o viés paulistano e paulista em tudo isso: a absoluta rejeição ao petismo. Demostrado que Haddad e Russomano nada mais são do que facetas da mesma moeda, sobra-nos o Serra. Que, aliás, tem um grau de simpatia que passa muito longe do minimamente aceitável. Mas não o queremos como Miss Simpatia e sim como um escudo. Ele  representa essa coisa vital que temos: rejeitar o pt. É o motivo divino bastante, para ter o meu, o nosso voto.

quinta-feira, setembro 20, 2012

Looping

O governo atual cria uma Comissão da Verdade para investigar os já investigados abusos de poder cometidos pelo governo anterior em seu declarado e institucional combate aos que iriam compor o governo atual por saber que eles sempre defenderam  meias verdades.

sábado, setembro 15, 2012

Porque o paulistano rejeita o câncer da esquerda

Para qualquer um, o ibope é como a cabeça do bacalhau: deve existir, mas nunca ninguém viu. Ou, no caso, foi entrevistado.Mas o que importa é que, de alguma maneira, conseguem extrapolar para uma população, aquilo que um cidadão pensa. Posso assim, com toda a autoridade, falar em nome do paulistano. 

Devido ao mau cheiro que grassa por todo esse país, faz-se muito oportuno falar sobre o perfume paulistano. Cuja essência vai inscrita no próprio Brasão que ilustra a bandeira da Cidade. Inscrito não numa paupérrima sublinguagem utilizada nas "comunidades", como se costuma dizer. Mas em bom Latim: non ducor duco.

Arrogância? Não, apenas orgulho. De uma terra toda feita de oportunidades. Boas oportunidades nunca são dadas de graça. Elas se imiscuem e se camuflam. Por vezes, até nas adversidades. E quando a caçamos, feito a um Bandeirante atrás de esmeraldas, temos a chance, jamais a certeza, de encontrá-la. Por fim, quando, e se, a encontramos, ela vem feito a pedra bruta. Nunca se nos mostra como a um brilhante, polido e embalado em uma caixa, com correntinha, coisa e tal. Encontramos o diamante em sua forma bruta. Será com o trabalho que conseguiremos lapidá-lo e encontrar a riqueza e a beleza da oportunidade conquistada. E tudo o mais que decorre disso. Por exemplo, dirigir a própria vida, sem ser dirigido. O que resume, simboliza e vai expresso na bandeira.   

Ante que possa ser tachado de nefelibata, explico: pretendia embasar a razão da ojeriza que o bom paulistano nutre pelo pt, petismo, lulismo, socialismo e outros ismos que o valha. Muito embora o malfadad partido, liderado estranhamente por quem nunca trabalhou, tenha aqui florescido e nascido, justamente por ser uma terra de oportunidades, a sua ação no poder nega peremptoriamente o seu berço. São Paulo conhece o pt dos seus românticos tempos, onde militantes vendiam brochinhos para angariar dinheiro e "crescer". Isso, quando ainda apenas  ferrenha oposição, visionários vendiam o sonho de um Brasil maravilhoso.    

O Poder corrompe mesmo. Ao conquistar a chave do cofre, tudo se transforma. Aos visionários, o aviso: o sonho acabou! E o seu Brasil mostra então a cara: uma cara até retocada por meio de cirurgia plástica. Como uma genuína estória de brasileiro, o grande mentor de toda a tramóia é um Zé. O Mula, apenas uma sua marionete, que fala bem e vende até geladeira pra esquimó. E compra, em suaves prestações, qualquer oposição. E escorraça do partido aqueles ainda possíveis sonhadores, pois já não lhes sobra lugar no verdadeiro plano. E, como em 1984 (o livro), cria o ministério da verdade, com o fim de apagar e modificar o passado. Sendo que tudo não passa de mais uma forma de encher os cofres do partido: a indústria do perseguido político. E toda a sorte de maracutaias: onde houver dinheiro público, lá estará um tentáculo do monstro que avassala o país inteiro. Mas, o pior de tudo: não aterroriza. Apenas pinta, com notas do tesouro público, o monstro, feito a uma cirurgia plástica, com cara de bom menino. 

E o paulistano continua trabalhando... Eventualmente, em algum feriado, encarando horas de engarrafamento para curtir um merecido descanso. Um escudo o protege dessa dantesca, diabólica e maquiavélica novela engendrada,  em cartaz no Cine Brasil, há doze longos anos. A novela não passa em São Paulo. Apenas a bancamos, com o nosso suor, o perfume paulistano. Eis a razão da ojeriza que o paulistano nutre pelo petismo e o seu Zé, que fez cirurgia plástica no rosto e na pretensa ideologia. 

Aquele ibope não consegue explicar a rejeição ao malfadad atual do pt. A rejeição não é a ele, mas a quem ele simboliza. Se o próprio deus fosse candidato pelo pt, teria rejeição de 100% em São Paulo. Ou melhor: não cem, mas menos uma porcentagem comprada  em mensalidades, para o apoio. Em meio a eles, alguns poucos e iludidos ainda sonhadores, anacronicos, por certo. 

Saindo da esfera filosófica e falando de realidades. Após os costumeiros acertos e malas endolaradas encaminhadas a alguma ilha do pacífico, a Dona Martaxa leva o seu ministério e passa a mostrar um deslumbramento repentino pelo candidato que lhe tomou o lugar. Em seu discurso oportunista, critica o Serra por abandonar o cargo no meio do caminho. Justo ela, que foi eleita há seis meses como senadora e abandonou o cargo, por um lucrativo ministério. Ele, que nada tem de santo, mas apenas mais um guerreiro,  o fez por uma boa causa: tentar barrar o petismo do Zé nas fronteiras de São Paulo. Guerra Santa, poder-se-ia dizer. Ela, abandona o cargo por uma lucrativa proposta. Ela, jocosamente apelidada pelo paulistano de Martaxa. Um (des)governo tenebroso nessa São Paulo que ela, não fosse vendida/comprada, deveriam bem governar. Mas os tentáculos daquele monstro, em seu tempo, chegaram por essas terras de Piratininga. O império da incompetência, mesclado com a ganância por verbas públicas. Quem não se lembra do seu lema de governar no melhor estilo "relaxa e goza"? Finalmente, coroando as suas asneira como prefeita, o troféu "Galinha Preta" oferecido quando de sua visita à Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Eis a sua experiência que empresta ao agora malfadad candidato do pt. 

São Paulo simplesmente rejeita a esquerda porque ele é pautada pelos favores, apropriação indébita, falsidade ideológica e casuísmos, quando aqui  se fala a linguagem da competência. O "perfume paulistano" contrasta com o cheiro de podridão que assola o País inteiro. Rejeita, mesmo que fosse uma esquerda genuína, defensora dos fracos e oprimidos. Que somos todos nós, cidadãos à mercê de um Estado dominado e inerte, quando convém. No caso do petismo, além da rejeição ao que possa ser esquerda, a ojeriza ficar por conta da consciência de que se trata tudo de um grande engodo. Uma mentira. Estelionato. O uso da "defesa dos fracos" apenas para justificar um discurso bonito, mas mentiroso. Não se trata de um grupo com uma canhestra ideologia rejeitada, mas de uma corja formando uma imensa quadrilha. Não é caso de rejeição eleitoral, é caso mesmo de Polícia. A ser julgado pela justiça "dos comuns", não em foro privilegiado.

terça-feira, setembro 11, 2012

Ohio, São Paulo entre Boston e Chicago!



Com esse negócio de eleições, para um bom paulistano como eu, a coisa tá cheirando muito mal! Sei que a imagem fala mais do que mil palavras, mas não posso me furtar a fazer algumas considerações. Que, acho, não chegam a mil palavras.

São Paulo é uma cidade que é um País dentro do Brasil. Isso, sem qualquer ufanismo. Aqui a população tem o estranho hábito de trabalhar. Hábito tão estranho que chega a ser motivo de chacota por parte dos vizinhos:"paulistano só sabe trabalhar!". Um conceito emitido como crítica jocosa, mas que apenas relata uma verdade. E que, com o fito de equivaler-se de alguma maneira, ufanam-se de que em sua terra o Sol brilha mais, com a média de dois graus acima da média de São Paulo. Realmente. Em Ji-Paraná a média anual é de 40ºC. Consequentemente, na ensolarada lógica deles, então uma da cidades mais progressistas, se não a mais, desse nosso Brasil.

Com essas e com outras, pelo trabalho, é uma cidade rica. Como uma terra prometida de oportunidades, seu povo em geral é bastante avesso à enxurrada de benesses criadas em nossa História recente. Um povo que tem nas entranhas o saber que é apenas o trabalho que traz riquezas. Esmolas apenas perpetuam a miséria. Dessa maneira, políticas públicas populistas de trocar votos por bolsa-alguma-coisa não pegam em São Paulo, que tem aversão a isso. Isso explica a imensa rejeição que temos, não pelas pessoas de tal malfadad candidato, mas pelo que ele ostenta na lapela. Sua estrela não brilha aqui.  Dessa maneira, o último foco de resistência em um país inteiro que se rendeu a esse modus operandi. Querem São Paulo a todo custo, o último link a fechar a imensa rede que faz do país uma republiqueta de terceira categoria.

Depois das preliminares, o que interessa: o processo eleitoral. Conforme bem acusa o mapa, São Paulo está sitiada entre Boston e Chicago. Ohio! Chicago, uma quadrilha de gangsters, chefiados por Alka Poney. Afeitos a extorquir com as promessas de proteção e algum dinheirinho, pra não passar fome. Se funcionar, bem. Se não, a metralhadora funciona. Sempre funcionando a omertá devidamente abrasileirada. A Lei do Silêncio nessas terras tupiniquins tomou a forma de eu não sei de nada. A quadrilha tomou de assalto todo o país, restando apenas São Paulo a compor o extenso meandro de tráfico de influência, desvios institucionalizados para a perpetuação do poder. A corrupção solta como bem conhecemos. Resta São Paulo como o último foco de resistência ao império da incompetência, onde basta ser amigo do rei, para galgar degraus na imensa pirâmide da felicidade que criaram. E esse é o grande nó: São Paulo prima e se orienta pela competência. Aqui se enxerga a roupa do rei. Ou a falta dela. 

De outro lado, Boston. Travestido de bom moço, verdadeiro salvador da pátria, àqueles que tem pouca memória. Sabemos todos como são os salvadores da Pátria. Já amargamos um protetor dos descamisados, cujo grande mote era explorar a então aversão brasileira , hoje exclusividade do Estado de São Paulo. Venceu por oposição e jogou o País nuim buraco. Esse cidadão de hoje veste a capa de oposição ao que ocorre por todo esse Brasil, sabendo que esse discurso soa muito bem em São Paulo. Mas, também como mostra o mapa, Ontário passa longe daqui, para o outro lado dos lagos. E associa-se a quem puder, para engrandecer seus pares. Para cativar mais fiéis, teve ate o seu encontro com Jesus. Omitindo de todos que, em tal encontro, ficou sem a carteira. Coisa pouca, para quem é afilhado de um dos maiores aproveitadores da História. O grande mago que o idealizou é o mesmo que serve também de modelo, à roubalheira descarada que se pratica agora. Tá ruço mesmo! Em ele vencendo, não teremos uma enxurrada de incompetentes pseudo-socialistas a invadir São Paulo. Veremos uma outra enxurrada de antigos extremamente competentes em expropriação do Erário Público. Pobre São Paulo sitiada!

Ambas as populações citadas estão no mesmo nível do mar. Um mar de indizível e abismal podridão, cada qual a sua maneira. Analisando o mapa, constatamos que Paulo fica em um planalto, bem protegida daqueles mares por uma serra.  A serra que nos protege, nada tem de elogiosa, sendo apenas um acidente natural. Com a qual sabemos bem conviver. A serra em si não tem valor intrínseco, mas se constitui no valor agregado pelo povo paulistano. Simbolicamente, pode ser considerada como o elemento, o fator trabalho que nos vacina contra o deslumbramento das esmolas. Trabalho esse que quando se quer ir vai mais longe, visitar mares despoluídos já que sob o mesmo Sol.

Sempre desconfiei muito das "lutas" politicamente corretas em favor de igualdades em geral. "Luta" pressupõe opostos. Não lhe parece estranho eu estar em "luta", defendendo os "direitos" dos meus opostos?  Mas sempre o discurso soa tão bem que encoberta essa incongruência paradoxal. Na mais antiga dessa imbecilidade, a luta entre pobres e ricos. Não lhe parece estranho que a liderança dos pobres na "luta" entre ricos e pobres seja a de um rico? Ou na "luta" entre homens e mulheres, a liderança feminina seja de homens? Para quem quer enxergar, a "luta" em si é forjada. Serve apenas para distrair intelectuais desocupados, que recebem lá as suas bolsas-alguma-coisa. Ou tem uma ONG. Ou é assessor para assuntos diversos de algum apaniguado eleito com votos de oportunismo. Porque pessoas e grupos por afeição são sempre diversas, diferentes, desiguais. E sempre o serão. Cidadãos sim, são todos iguais. Ou ao menos deveriam ser, caso a nossa constituição de brincadeira valesse alguma coisa. E que foi escrita por um seleto grupos que se auto-elegeu mais igual que os iguais. E estabeleceu a luta, para que todos sejam iguais. Liderados pelos mais iguais. E quem quiser enxergar que enxergue.

Enquanto isso, o povo paulistano apenas trabalha, que é mais simples. E em tempos de compra de votos fica sempre com o menos pior. Inacreditavelmente, no momento presente, entre Boston e Chicago. Que merda!

sábado, setembro 08, 2012

A Ilma. Equivocada

Brasil, o País do Futuro


Equivoca-se a dona Dilma, ao se utilizar de cadeia nacional de rádio e televisão, sob o pretexto de fazer um pronunciamento sobre a nossa ainda não-conquistada Independência. E, ao invés disso, utilizar-se dessa especial condição, para fazer palanque aos seus candidatos pelo Brasil afora. Palanque não é o seu metier: quando subiu nele, tropeçou nos degraus e nas palavras. Tente parecer inteligente e não afugente os eleitores dos seus apaniguados. Aceite a sugestão dada ao Galvão Bueno, a fim de panfletar o seu malfadad candidato. 

Equivoca-se a dona Dilma, ao afirmar que o Mula é um estadista. Ela, juntamente com tantas outras coisas, parece desconhecer o significado do vocábulo. Um aparvalhado que, em seu último ato, ao deixar a Sala da Presidência (e não Sala “do Presidente”), apropria-se indebitamente de um crucifixo que, por obvio, não lhe pertencia, não pode receber tal denominação. E, some-se a isso uma interminável relação de feitos semelhantes quando naquela função. Em linguagem popular, são atos de “gatuno”, "ladrão pé-de-chinelo”, "ladrão-de-galinhas (no caso, crucifixo)". Mesmo sob uma famigerada nova ortografia,  assinada por quem não sabe assinar, jamais se aproxima o vocábulo “gatuno”, de “estadista”.

Equivoca-se a dona Dilma ao se utilizar de tal aparato para dar resposta a um único cidadão, Fernando Henrique Cardoso, em um pronunciamento feito a supostos 200 milhões de outros cidadãos. Muito embora estivessem todos em filas quilométricas para curtir o feriado dentro do carro, mereciam uma palavrinha, equivocada que fosse. A Democracia, sua tão louvável desconhecida, pressupõe críticas. Não aja em seu posto como se presidisse uma reunião do PT, onde sabe-se ser conduzido com mãos de ferro autoritárias, que expulsa qualquer mínima oposição ao projeto de poder. Mas que,  em público, o líder-mor alegue desconhecer os meandros das maracutaias.

Equivoca-se a Dona Dilma ao querer atribuir ao seu governo, e claro, ao de seu criador, antecessor, padrinho, benfeitor e comparsa, aos avanços econômicos conseguidos pelo País. Eles decorrem de um momento histórico de globalização, cuja segunda abertura dos portos ocorreu por obra de outros, que não o seu indigesto conluio de estelionatários. Um país rico em recursos naturais, com um imenso mercado consumidor, mas que não sabe produzir por si um parafuso de qualidade, além de ser quintal de produção do dito primeiro mundo. Simplesmente as indústrias deles zeram o balanço com os lucros daqui, atenuando o prejuízo de lá. E isso, feito a uma esmola, tem sido bom para os brasileiros, acostumados já com espelhos, ao longo da História. Isso não é obra do PT e nunca nesse país se ouviu tamanha pataquada.

Equivoca-se a dona Dilma ao atribuir a si e a sua gangue a tão propalada estabilidade econômica. A estabilidade foi conseguida em gesto ousado e até heróico, mas foi duramente combatida e rejeitada pelo PT quando esse era, bons tempos de outrora, apenas oposição burra. E cuja estabilidade atual vem sendo conseguida à custa do Erário Público, maldisfarçando e bancando a inflação e tudo o mais.Muito mal comparando, os nossos "bons números" têm sido conseguidos como aquele cidadão que, atualmente desempregado, procura desesperadamente manter o alto padrão de vida, à custa de seu cartão de crédito. A conta acaba chegando. E com juros escorchantes. Sabemos todos que números de pesquisas e estatísticas são facilmente distorcidos, ao bel-prazer de que paga isso regiamente. Com lucros da Petrobrás, claro.  

Equivoca-se a dona Dilma quando afirma que ela e sua trupe “aprendem com os erros do passado”. Haja vista que ela própria armou-se até os aos dentes, literalmente, para defender um regime e sistema francamente falido, o socialismo de fachada. Tomando de assalto, também literalmente, o poder, retrocederam duzentos anos na História. Que somados aos já quinhentos amargados no feudalismo, lança o Brasil do XXI nos erros do passado, como um mero fornecedor de pau-brasil aos portugueses, digo, minério de ferro para que a China se construa como a mais nova potência mundial.  País esse que decidiu-se pela Educação exagerada, elevando o nível a qualquer custo para realizar a façanha. Enquanto aqui, falamos em cotas, para rebaixar ainda mais o quase nada existente de qualidade cultural. Fala-se aqui em mudar a letra do Hino Nacional, porque é “muito difícil”, quando o óbvio correto seria ensinar o que é “difícil” nas escolas e não a ideologia barata do partido no poder. Fato que fica claramente demonstrado em levantamento da ONU, que coloca o Brasil em 39º lugar em educação. Entre 39. Ou que coloca o Brasil em 144º em confiança em políticos. Entre 144. Uma política esdrúxula de se deixar engabelar pelas Bolívias da vida, colocando o País honrosamente em segundo lugar... no consumo de drogas. Algo até coerente, pois a nossa juventude consome a sua droga de discurso, obnubilando-lhes a inteligência e tornando-os meros repetidores de palavras de ordem anacrônicas, perdendo a própria dignidade junto ao senso crítico.   

Equivoca-se a dona Dilma quando afirma entusiasmadamente que os investimentos não afetarão as verbas destinadas aos programas sociais. É antigo, mas ainda não aprendido, o adágio "não é tirando dos ricos para dar aos pobres” que estes enriquecem. São apenas esmolas que se reverterão em votos de perpetuação no poder, aniquilando de vez o pouco de dignidade que sobrou dos que nada têm. O que precisam é de dignidade, emprego e oportunidade. Tudo o mais de riqueza advém desses elementos, utilizados com competência, vocábulo também desconhecido dos baba-ovos do poder. 

Equivoca-se a dona Dilma quando cita, também entusiasticamente, as verbas destinadas ao desenvolvimento. Sabemos todos que elas se afastarão dos seus destinos, indo compor os diversos “valeriodutos” criados, indo inusitadamente cair nas maletas, meias e cuecas dos apadrinhados, ressalvado o sagrado quinhão, pertencente ao partido, conforme notícia veiculada imediatamente antes do seu equivocado pronunciamento. O voto vencido declarou que tudo está corretíssimo, que não houve qualquer crime ou ilegalidade. Voto de um juiz que nem ao menos deveria votar, já que há pouco advogava na defesa daqueles que ora está julgando. Excrescência jurídica digna dos tristes tempos de agora, que a História julgará corretamente.

Equivoca-se a dona Dilma ao aparecer sozinha, quando deveria aparecer toda quadrilha. Sendo em Cadeia Nacional, deveria ser de segurança máxima. Seria só trancar e jogar a chave fora.  E aí sim, poderíamos comemorar a Independência.

Ao todo, um único acerto: o Brasil não é mais o "país do futuro", mas o País do Presente. Presentes que são distribuídos para comprar a oposição, para fraudar licitações, para superfaturar obras inexistentes, para assessorar incompetentes e analfabetos, para propaganda de feitos não-feitos. Presentes para tudo e para todos. Em troca de votos, empregos e cargos, trocados por modesta contribuição dizimista aos cofres do partido, cofre esse que não fica obviamente aqui, mas em alguma ilha perdida. Eis o Presente. O Futuro está bem representado na foto que ilustra o amargo desse relato.

Equivoca-se o autor destas palavras, ao se utilizar do verbo “equivocar-se”. Este possui a conotação de erro cometido com boa-fé. Quando a intenção de iludir existe, quando se declara a verdade distorcida pela má-fé, o verbo correto para "erro intencional" é “mentir”, pura e simplesmente. Portanto, resta apenas um equívoco, este declarado.