terça-feira, junho 04, 2013

Futurologia: os resultados das Copas


Levantamentos recentes dão conta de que o número médio de público em estádios brasileiros é algo em torno de dois mil. Curiosamente, a média do Estado do Pará é de quatro mil. 

O estádio construído para abrigar a final da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul custou cerca de R$ 350 milhões, vultosa soma que causou bastante revolta naquele e em outros países africanos. E que se tornou um elefante branco, sem uso, já que naquele país o rugby e o beisebol são mais populares que o futebol.

O Brasil está construindo vários estádios (consulte o número em qualquer outro lugar) ao custo de mais de R$ 1,2 bilhões de reais cada um, dinheiro esse da iniciativa privada, gentilmente cedido via BNDES, a juros de amigo do rei. O que nos garantirá a vaga de número um mundial em termos de elefantes brancos, verdadeira glória nacional. Não custa lembrar que as acomodações para atletas, construído para os Jogos Panamericanos, realizado no Rio de Janeiro, foram demolidas, logo após o nosso fiasco na competição. O governo garante que há verbas disponíveis para tal feito, dado ao sucesso brasileiro em termos internacionais, servindo a China colonialmente com matérias primas, da maneira como serviu a Portugal. Tal sucesso econômico já nos permitiu inclusive anistiar um bilhão de reais em dívidas de países africanos. Além de ter podido aumentar o bolsa-família em dois reais. Você sabia que você perdoou dívidas de um bi? Ah, vc precisa saber mais do que sai da sua carteira...

A Agremiação que congrega e representa o "movimento escoteiro" no Brasil é sócia emérita e vitalícia do Estádio do Maracanã, desde a sua construção, para a desastrosa Copa do Mundo de 1950. Como retribuição, desde então, os escoteiros realizam trabalhos voluntários no estádio. Com a reconstrução do Maracanã tal contrato foi revogado, unilateralmente. Mas A CBF está contratando vinte mil voluntários para trabalhar durante a Copa.  

Com esses dados genéricos, podemos partir para um salutar exercício de futurologia, facilitado pela previsibilidade da maneira como as coisas ocorrem no país:

1 -  a imediata revolta a esses escritos por parte dos socialistas de fachada,  com a alegação de que esse autor é adepto ferrenho da Teoria da Conspiração, nas mais variadas modalidades. O que justifica realmente que deva haver o controle da imprensa no Brasil.

2 - A Seleção brasileira de futebol não ganhará a Copa das Confederações. É quase certo que o título fique com a Alemanha, único país que está apresentando um futebol que vale a pena ser visto, mesmo que a transmissão seja comandada pelo Galvão Bueno.  Para comprovar isso, ganharam de sete a zero do país que ufanava dessa posição de melhor futebol do mundo. Mas, que na realidade fazem a função de Suíça, quando se fala nos milhões de dólares que meros jogadores passam a valer, quando jogam  na Itália. 

3 - A Argentina não ganhará a Copa do Mundo, pois já foi agraciada com a eleição de um papa daquela nacionalidade. O que corre à boca é que é que Jesus Cristo nunca esteve tão íntimo dos argentinos, desde os idos da Santa Ceia, quando Judas ali os representou. Vários de seus gols serão invalidados, perdendo todas as partidas pois haverá rigidez dos árbitros no conceito de que futebol não é basquete e os gols não não podem ser feitos com a mão. A Argentina perderá até para o Afeganistão, cuja seleção de futebol foi convidada especial, dado ao seu exímio desempenho quando da fase de morte súbita. Uma explosão de eficiência! Com tamanho fracasso, finalmente Maradona retornará ao pó de onde veio e será eleito o melhor atleta de todos os tempos no Reino dos Infernos. 

4  - A Espanha perderá os jogos por WO, pois os atletas estarão trabalhando em hora extra, para tentar salvar o país do colapso. O que já não ocorrerá com os atletas da Grécia, pois a palavra "trabalho" para eles é grego.

5 - A Seleção de Portugal será desclassificada por abandono da competição. As investigações esclarecerão o inbroglio. Como a Delegação de cartolas não recebeu equipamento para a tradução simultânea quando da reunião para distribuição de Alojamentos, foram parar em alguma UPP, certos de que se tratava de uma Unidade Para Portugal. Quanta desorganização da CBF! Com isso, foram sequestrados e expoliados dos seus euros, sendo que as camisas de sua seleção foram rapidamente vendidas por camelôs. Dado ao típico tirocínio dos atletas portugueses, foram rapidamente assimilados pela comunidade local, que lhes proporcionou a abertura de várias padarias, incrementando o comércio local. Dois deles se associaram a duas belíssimas mulatas e formaram um grupo de Fagode, um misto de Fado com Pagode e se apresentarão em breve no Faustão. Os dois cantores portugueses se destacaram pela excepcional memõria: ambos, em conjunto, conseguiram decorar a letra inteira da música "Ai, se eu te pego!". As duas mulatas participarão do próximo Big Brother e darão o tão ansiado e anunciado beijo gay na telinha.

6 - Está quase tudo acertado para que os EUA fiquem entre os quatro primeiros, pois lhes está reservado um título mundial para logo, logo. Faltam apenas detalhes para a decisão final da data mais oportuna.Por isso eles precisam demonstrar que estão melhorando aos poucos, para evitar comentários dos que defendem as Teorias da Conspiração por aí.

7 -  Feita essa necessária acomodação, a continuação. O título de Campeão Mundial de Futebol de 2014 ficará com o Brasil. Não pela qualidade do futebol, mas é que a comoção geral, o estado de felicidade geral da Nação garantirá ao PT a eleição de mais um Presidente da República. Que deverá ser negro, pobre, gay, analfabeto, membro do MST e que implantará definitivamente no Brasil o regime de Socialismo de Fachada.
Contará é claro com o apoio do Mula, já nessa época, devidamente morto. Estão contratando uma mãe-de santo para intermediar com as sessões de psico-audiologia. Não poderá ser psicografia, dado que o dito não dominava a escrita. E a dita mãe não o será de nenhum político, dado que de santo nenhum deles tem coisa alguma.

8 - O sucesso na eleição será garantido pela compra do apoio do empresariado brasileiro, cujo pagamento já está sendo feito antecipado por meio dos empréstimos do BNDES para a construção superfaturada dos referidos estádios. E também pelas urnas do TSE, que não são projetadas para o sistema decimal, mas para outro em que a unidade é o 13. Assim, qualquer número votado, de alguma maneira paranormal representa o 13. Aos empresários, um dinheirinho extra lhes está garantido com as respectivas demolições, depois de uns dois a três anos. Com esses pagamentos feitos, será evitada a denúncia pelo Ministério público e o eventual desgaste causado por condenações à prisão de tal elite. O respectivo processo deverá receber o nome popular de Elefantão ou coisa parecida. Como nesse tempo o Partido já terá indicado dez ministros do STF, serão constantes as votações com o resultado de dez a um. Tal renitente constrangimento  levará o ministro Joaquim Barbosa a pedir antecipação de sua aposentadoria, indo viver em um país onde a lei não seja coisa risível. Outra providência é que já estará também aprovada a vedação de o Ministério Público investigar atuação política, geralmente monetária, prática incompatível com o caráter ilibado dos eleitos pelo polvo, com o polvo e para o polvo, sob a benção beneplácita da lula. Por uma onda de odioso anglicanismo, o Congresso Nacional finalmente adotara o nome de The Mall, o centro de compra e venda de Brasília, balcão de negócios dos desígnios brasileiros. Os xenófobos farão uma manifestação, liderados por Aldo Rabello que proporá vetar o uso de palavras inglesas no Brasil. O nome mudará, mas os negócios permanecem. Por ser um partido muito religioso, o PT sempre exige um terço para o seu caixa.  

9 - Com tudo, certamente a metade da população brasileira que não vota em Dilmas, que esdruxulamente tem a outra metade dos votos, mas 99,99% de aprovação, esses brasileiros desenvolverão suas gastrites, úlceras, depressão e síndrome do pânico. Epidemia nacional para a qual o INSS já eficientemente solucionou, com a importação de seis mil guerrilheiros cubanos (que na realidade são brasileiros ali naturalizados, advindos do MST e outros), que, por estarmos em tempos de paz, com a conquista guerrilheira inclusive do Palácio do Planalto, aqui virão, não com o diploma de guerrilhas e assemelhados, mas como médicos. Estranhamente, há seis mil médicos sobrando em Cuba. Para um país ridiculamente socialista é de se estranhar, pois se gabam de estruturar as profissões de acordo com a real demanda.Como lá estão sobrando 20 mil? Mais estranho ainda é que duas Faculdades de Medicina, com trezentas vagas demoraram vinte anos para formar seis mil médicos. Ah, o povo cubano deveria se rebelar! Eles ficarão sem médicos por lá, cuja saúde não é boa, haja vista a situação do Coma-andante. Aproveitando a deixa, alguém propôs que importemos políticos suecos, dinamarqueses, alemães e etc. A ideia foi prontamente vetada!

10 - Logo, a vergonha que era apenas nacional será agora internacional. Os menores infratores brasileiros já estão sendo treinados para cometer as suas barbáries em várias línguas. Farão arrastões uniformizados com a camisa da seleção do Brasil-sil-sil e ao som das caxirolas. Os assaltos contarão com com a tecnologia de terminais para débito em conta ou cartão de crédito. Não haverá homicídios, posto que onde não um corpo não há crime. Os latrocínios serão feitos com a tecnologia da cremação da vítima in vivo e ao vivo, on ainda vivo. Os restos mortais serão oferecidos aos cães, tecnologia que dará ao goleiro Bruno uma fortuna em royalties, aparecendo na Revista Forbes ao lado do Lula, Dotô Honoris Causa.  A mula fará uma bombástica declaração: nunca nesse Planeta se fez uma Copa como a nossa! E até o ano de 2200 está garantido ao Brasil um lugar como país emergente. Ou melhor, sobrenadante, já que merda bóia.

XI - Aos incrédulos, homens-bule, ou homens de pouca fé, em verdade vos digo: quem viver, verá. John Lennon assim bem canta: nobody told me there'd be days like these. Strange days indeed, mamma!  Para aqueles que pensam ser o Brasil um país sem saída, divirjo. O Aeroporto de Cumbica é a saída. Com lágrima de vergonha e/ou de raiva, se você é daqueles que amam o Brasil, façam como Neymar: deixe-o. 

Luiz Gonzaga, um vidente míope.

   



terça-feira, abril 16, 2013

A Responsabilidade Penal e outras igualdades



Se existe um artifício de retórica utilizado quando de qualquer debate é a desqualificação da argumentação contrária, sem, em seguida apresentar alguma argumentação que é a regra válida de um jogo chamado debate de idéias. Argumenta-se sobre o argumentador e não sobre a idéia apresentada por ele. E muito menos se apresenta uma outra ideia alternativa. Equivalente ou melhor. Feito desse modo é algo estéril, pois nada cria e o assunto se descaminha, geralmente para o nada.
Essa artimanha é usada por políticos de má-fé, perdoem a redundância, que nada querem responder e fogem do assunto.

Para certa parcela do povo que se diz politizada, há que se realmente utilizar dos recursos da Política, mas apenas aqueles de boa-fé, já que nada se ganha com esse debate. E a sociedade precisa de um debate sincero e franco, para a apresentação de ideias, pois há problemas de sobra, que esperam ações e soluções e não apenas debates por debater, para "ganhar" o debate. A sociedade nada ganha com isso.

Dito sem rodeios: 


A ação de colocar o aviso na entrada do Estado certamente resultou de um debate de idéias. E resultou em uma sensível diminuição da criminalidade e em algumas cidades, tornando-a puntual, eventual. Suportável. E era isso o que se buscava, a solução para um problema.

Certamente que os debatedores citados terão “n” argumentos desqualificadores da medida e argumentarão à exaustão. A pergunta que fica é: afinal, como é que você propõe que se resolva a situação? Apresente outra solução e então vamos debatê-la.Apresente outra ideia e queira apenas desqualificar a apresentada.

E é isso que se vê aos montes por esse Brasil afora. O povão está se tornando politizado, o que é excelente. Só que, tomaram como péssimo exemplo a política praticada pela “classe política profissional”, que não fazem a Política, mas apenas se constituem em uma quadrilha organizada para expoliar o Erário público em benefício próprio. A tal “direita” fez isso por  470 anos. A dita “esquerda”, como finalmente conseguiu o seu quinhão,  faz isso há 30 anos. Apenas como uma inovação: um terço do expropriado é destinado ao Partido, com o fim de torná-lo um Estado, em futuro próximo. E então o Brasil será um seu lacaio.
Tudo isso apenas para enfatizar que ó debate entre cidadão não comporta o artifício da desqualificação.

Posto que já desqualifiquei os desqualificadores, vou seguir a minha própria receita e apresentar aqui as minhas idéias e as quase nenhuma argumentações, afora o puro óbvio. Para que não fique apenas um texto do roto falando do rasgado.

Diante da banalidade da violência, criada pelo próprio Estado, quando editou um “Estatuto para permitir que o menor mate à vontade e ainda caçoem da polícia dizendo “não encosta em mim que eu sou di menor e você vai se f....!”; para que os ‘maiores’ sempre indiquem que sempre o menor é o culpado; que foi sempre o menor quem matou; que ele é que é o chefe; e tantos etceteras”, a sociedade como um todo está debatendo a questão. Principalmente com  o advento do Facebook, um forum de eternos debates que nunca dão em nada.

Incomodados por toda essa violência e mortes por puro pelo puro prazer de matar, sem motivo algum, só porque se pode matar à vontade, certa parte da população começa a defender a redução da menoridade penal, outros a pena de morte e outras idéias para solucionar o problema.
Pois bem, que comecem o debate. Apenas com o lembrete que os comuns do povo não são como os deputados e senadores, que ganham 200 mil reais por mês, fora os mensalões e etc, para debater. Por isso eles debatem desconversando. Afinal, precisa ter debates amanhã, depois e sempre. Para mantê-los lá, com seus nababescos ganhos (que é uma afronta chamar de salários).
Diante do problema “violência e impunidade” alguém propôs a redução da menoridade penal como PARTE da solução. Além de outras providências, claro. Aqueles debatedores do início do texto, ao invés de apresentar uma OUTRA solução, não. Apenas argumentam que reduzir a idade da responsabilidade penal não basta, que querem encher presídios com menores, que presídios são escolas do crime, que é preciso construir mais presídios, por mais guarda nas ruas, que o diabo a quatro. Ou seja, não tem idéias. Apenas acreditam que debater é desdqualificar a idéia alheia.
Fica a  pergunta (você acabou de desqualificá-la): qual é a SUA IDEIA  como solução? 
Regra para esse jogo: não adianta argumentar que o Estado precisa ter “políticas públicas”, que é preciso “humanizar as prisões”, que é preciso respeitar os direitos humanos. Essas tais “políticas públicas” estão há 500 anos para serem implementadas. E nunca serão, posto que não existem.E ninguém disse que é preciso apenas reduzir a maioridade penal. E mais: a finadalidade da redução é reprimir a ação e não mandar todos os menores para a cadeia. Pena se aplica apenas para quem cometeu crimes.

 Eu sempre defendo que se há de tomar uma atitude. Ou várias. Amanhã se avalia e, se não forem suficientes, que se tomem outras. Tudo o que não soluciona nada é ficar debatendo eternamente.
Enquanto, nesse momento, há um menor matando alguém ou cometendo outras barbaridades. Simplesmente porque a sua pena será ouvir de um indignado juiz que vai lhe passar um “pito”, que o papai-do-céu fica triste com ele e, depois dessa tremenda descompustura,  libera-o para que vá cometer outras atrocidades.

Wisconsin colocou uma placa na entrada do Estado: “meu amigo, caso você esteja pensando entrar em nossas casas e apontar uma arma para as nossas cabeças para roubar um tênis velho, saiba que já estamos com as nossas armas apontadas para a sua cabeça”. Pronto!
Com isso, eles não encheram presídios, para ficarem alimentando os matadores de suas famílias, respeitando os seus direitos humanos, humanizar presídios e etc. Não. Ficaram lives dos crimes, não dos criminosos. 

Simplesmente, ao chegar na fronteira e ler o recado, se o cidadão tinha em mente aqueles propósitos, pensou duas vezes, deu meia volta e foi para qualquer outro estado, onde as leis são boazinhas; que vai receber pena de 100 anos de prisão, que serão reduzidos a seis meses, mas que, de tão pouco, vai cumprir a pena em casa; que tem um bando de desocupados para defender os seus direitos; que vão querer “ressocializá-lo”; que ficam debatendo uma porção de outras filosofias baratas, mas que não resolvem nada. Apenas acolhem mais bandidos.E dizimam as suas famílias.
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Enfim, as idéias para por desqualificadores refestelarem-se à vontade. E para os homens de boa-vontade refletirem um pouco::

O Brasil já tem, e se gaba disso, uma Constituição que prevê até a hora em que se deve ir ao banheiro. “Uma das mais avançadas do mundo”. Sabemos no está dando tudo isso. Mas, fazendo uma limonada com esse limão:

1 – Todos são iguais perante a Lei.
2 – Todos os que nascem com vida são cidadãos.
Pronto! É só aplicar essas duas leis, conjuntamente.
Não apenas certa parte dos cidadãos tem responsabilidade penal. Diz a tal Constituição que TODOS são iguais e então vamos segui-la: todos os cidadãos têm responsabilidade penal.
Porque o assunto não é idade, mas o cometimento de um ilícito, um crime. Não importa a idade, o sexo, o lugar, o modo, as as trezentas opções sexuais que querem fazer existir, a previsão do tempo ou o buraco de ozônio. Apenas o que vale é a intenção. E que cometeu um crime
E também já diz o Código Penal: matar alguém. Pena: de 08 a 20 anos.
O Código, que dizem tão ultrapassado, já diz isso. Aliás, a Bíblia já diz isso: não mataras.
E não pergunta como,  quando, qual a sua idade, se você é corintiano ou palmeirense, se você isso ou aquilo. Diz apenas não matarás. Pronto.

Portanto, debatem porque querem debater.
Mas é só e tão somente aplicar a lei que já existe: todo cidadão tem responsabilidade penal.

Aí vem os desqualificadores: ah, então vc está dizendo que, se um bebê assassinar alguém, deve ir pra cadeia? Nossa, como o seu argumento é ridículo! Não teremos presídios para todo mundo então!

Para ficar engraçado, vou continuar no seu raciocínio: sim!
Caso um feto, ainda no útero materno, enrolar o cordão umbilical no seu irmão gêmeo com a intenção de matá-lo, e matá-lo, quando nascer, deve pagar pelo assassinato.

 E você me diz, seu desqualificadorzinho de latrina: não teremos prisões suficientes.
Não, indigesto!
A finalidade das leis penais é coibir o crime. Sabendo ter responsabilidade penal qualquer um jamais terá a intenção de matar alguém. Se tiver a intenção e matar, sabe que pagará por isso. Mas pagará caro, não com um monte de atenuantes que praticamente o isentam de pena.
Logo, para apaziguar seu coração, adianto: um feto não tem intenção.Logo ele não cometerá o crime. Por isso, ele não será apenado. 

Penso que enfatizei o suficiente a intenção. Cometer crimes quaisquer merecem pena pesada, sem pena e sem atenuantes. Pouco importa a vida pregressa do cidadão. Ele pode ter sido um santo, até o dia de hoje. Se hoje ele cometer um crime com intenção, deve pagar por isso, caro. E todos os crimes são intencionais. Lá está escrito que todos somos iguais perante a lei. Ter bons antecedentes não o privilegia em  nada, é apenas uma obrigação.

O único crime que pode ser sem intenção é o homicídio. E, deixando bastante claro isso, o homicídio culposo está fora do raciocínio exposto aqui. É um caso à parte.

Todo crime contra a pessoa ou a sociedade é passível de ressarcimento ao estado anterior a ele e de responsabilidade penal do autor. E essa deve ser a pena, nunca a prisão. Se alguém cometeu roubo, deve ressarcir. Se provocou lesão corporal, deve arcar com o tratamento para voltar ao estado anterior. Se é irreversível, deve arcar com os prejuízos que a vítima teve com ele. Se estuprou e deixou marcas psicológicas, dever arcar com tratamento até que se cure ou até que... E tudo dessa maneira.

O único crime intencional que não há possibilidade de ressarcimento é o homicídio.
Também já está prevista em nossa lei e há muitos séculos por toda a Humanidade que a legítima defesa é lícita.
E o Estado, já que se auto-proclamou monopolista da Justiça, deve executar a pena de morte para o autor, em legítima defesa da vítima.
Está lá escrito: todos tem direitos iguais. Todos temos direito à vida. Todos temos direito à legitima defesa. “Se você tirou a minha vida eu não posso fazer isso com a sua, mas o meu representante pode”. E o “representante” do cidadão é o Estado. Não de fazer vingança, mas de fazer justiça, com a legítima defesa. Portanto, a pena de morte nada mais é do que legítima defesa. 

Para os que se descabelam só de se falar em pena de morte, saiba que ela já existe. Apenas que está nas mãos dos criminosos. Ele, aquele pobre menor indefeso decreta a sua pena de morte, só porque não foi com a sua cara.  

Pronto. Um prato cheio para os desqualificadores de plantão. E que não caiba a apelação de “erro judiciário”. Para que isso não ocorra devem se tomar providências cabíveis e apenas isso, algo resolvido burocraticamente.


Algumas outras aplicações do "somos todos iguais":

Conforme aquela Constituição, por sermos todos iguais, não precisa e nem deve existir, um Estatuto do Menor, porque o Estado deve cuidar de todos, já que somos todos iguais.
Assim, com o Estatuto da Mulher, o Estatuto do Idoso, O Estatuto do Torcedor, o Código Defesa do Consumidor e Todos os demais Estatutos.
Apenas isso: a responsabilização penal e civil também. Diante de um crime, o Estado responde igualmente, não importando as condições de “minorias” como é moda dizer. Para o Estado o único fator a se considerar é a “intenção”.
Se você comprar algo estragado ou que não funcione, isso é crime. Você deve ter, automaticamente, o algo novo. Afinal, você comprou um novo, não estragado e não consertado. A garantia deve ser a de cumprir o que foi acordado, não remediar a coisa. Se não querem cumprir isso por meio da sua reclamação, o Estado deve intervir para que isso ocorra. Por meio de um processo judicial, daqui a 20 anos? Não. Por meio de uma viatura policial, com o reclamante dentro. Pode ter certeza que a concorrência vai achar maravilhoso ver o gerente da loja ao lado indo resolver a pendência na delegacia. E resolver na hora, entregando o bem novo, adquirido.

"Somos todos iguais, perante a Lei e o Estado"

A nossa Constituição defende a Vida.
Somos cerca 200 milhões de habitantes, com cinquenta por cento de homens e de mulheres. Se cada um cismar de casar com o outro do mesmo sexo, dentro de 50 anos não teremos mais população. Pode deixar que os chineses vão gostar muito disso. O Brasil será o China-branch.

 “Casamento” significa acasalamento. Procriar, entende? Se inventaram todo um aparato em torno dele, não cabe aqui. A Mãe-Natureza diz que é preciso perpetuar a espécie. Para isso o homem criou um modo, para que não se procrie ao leo. Criou um vínculo. Tanto que já existem até as leis, vinculando, mesmo que se procrie ao leo.

Agora, se você gosta de um membro masculino massageando a sua próstata, se você gosta de ficar eternamente nas preliminares, esse já é um problema seu, não da sociedade. Só que você não precisa casar pra fazer isso. Basta fazer. 
Mas nada de casamento gay!
Para se realizar alguma das duas alternativas citadas, um barbudo de smoking com um outro ridículo barbudo vestido de noiva darem um beijo apaixonado e “ela” jogar o buquê de noiva para toda a bicharada contente.
E nem precisa também de uma certidão para que ele tenha direito à metade dos bens que você tem. Já existem as leis para isso. Doe metade do que você tem e vá lá fazer a sua massagem prostática sossegado. Ninguém tem nada com a sua vida. Nem eu.  
Aquilo que você pretende fazer como sexo por prazer que faça. Nem precisa dividir em “opções”. Senão, logo mais teremos o grupo que faz sexo em cima do guarda-roupas, no lustre, na lavanderia , no estacionamento do shopping, cada qual exigindo “os direitos de sua opção”. Você já os têm. Refestele-se neles. Agora, se você apenas quer aparecer, gosta de fazer passeata, aparecer na TV, já é outro assunto. Isso não está em debate.


Todos somos iguais perante a Lei.
O bem maior do indivíduo é a sua vida.
Você abriu mão de fazer a sua segurança para que o Estado a fizesse. Você paga muito caro por isso.
O Bem maior do Estado é ele próprio. Ele não tem vida, pois é apenas uma caixa forte, onde guarda o dinheiro arrecadado ou arrancado dos cidadãos. Logo, a sua riqueza é a sua "vida".
Quando se rouba o Estado está matando-o.
Então, vamos dar pena de morte para o corrupto, o ladrão? Vamos matá-los? Claro que não. A munição anda muito cara hoje em dia.

A analogia com  a vida do cidadão é que a "vida" do Estado é a vida social.
Portanto, a pena de morte deve ser social.
Certamente, em futuro próximo cada um dos cidadãos, os todos iguais, teremos um código de barras, para as mais diversas situações de vida social. E todos nós iguais, temos um Registro de Identidade verde.
O que se deve fazer: que esses assassinos do Estado, os corruptos, os ladrões, todos os servidores públicos, do gari ao presidente da república que de alguma maneira malversaram dinheiro que é nosso e guardado pelo Estado, que que roubam o dinheiro que é seu e meu e coloca no bolso dele, tenham um Registro de Identidade de outra cor. Todos eles, em igualdade. Pode ser qualquer cor. A minha sugestão é que cor escolhida seja a vermelha. Para enfatizar, uma estrelinha, com os dizeres "ladrão". Primeira providência, antes do registro: a devolução integral e com rendimentos como o do melhor investimento financeiro naquele momento. Afinal, se o meu dinheiro estivesse alí e não fosse furtado, eu poderia investi-lo, certo?
Essa a pena de morte social. Quando houver o código de barra para todos nós, iguais, ladõres ou não, mas todos cidadãos iguais, deve constar um campo com letras e números, identificando o ladrão. Você, eu e todos os cidadãos de bem, obviamente, naquele campo constará 0000. Já para os ladrões, letras e números. Por exemplo, PT13. Pronto! Todos saberiam de antemão, qual o motivo do registro dele ser vermelhinho.
E a vida correria assim:
Quer comprar a vista? Ok, passe no caixa.
Quer  financiar? Pois não. Por favor o seu Registro de Identidade verde. Ah, registro vermelho é só a vista mesmo. Nós gostamos de receber pelo que vendemos
Quer votar? Pois não, mostre o seu registro verde.
Quer ser candidato? Mostre o seu registro verde.
Quer se reeleger? Mostre o registro verde.
Quer alguma coisa da sociedade, com direitos iguais? mostre o seu registro verde.

 Somos todos iguais em sociedade. Os registros vermelhos foram banidos dessa mesma sociedade por crime contra o Estado. Se não estiver bom assim para os de registro vermelho, há muitos países onde ele possa buscar refúgio.

Em tempo: essa minha ideia já existe e é posta em prtática, aqui mesmo no Brasil. Dependendo do tipo de erro cometido pelo médico, é-lhe cassado o seu registro. Isso não é pena de morte profissional? Sim, é.

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Somos todos iguais perante a lei.
E também perante a matemática, saibam.

Em uma prova, uma questão: quanto é a soma de 50 mais 50?
Resposta certa: 100
O que se mede aqui é se sabe fazer contas. Só isso. Apenas isso. Só mesmo! Nada mais do que isso!

Todas as variações em torno disso são apenas hipocrisias e absurdos.
Do branco, a exigência é que a resposta seja única e certa: 100 

Se eu sou preto, posso responder que são 80 e acerto a questão. Ou melhor, 80, 81, 82, 83, na dependência da quantidade de melanina que tem na minha pele.
Não é absurdo isso? Estão querendo saber o candidato sabe somar ou quanto ele tem de melanina na pele?
Somos todos iguais perante a Matemática!

Se eu sou índio também. Posso ter os meus vinte por cento de “aproximação” que tudo bem, tá certo!
Quero ver o dia que esse cidadão estiver calculando quanto de cimento é preciso para fazer um viaduto. “Ah, põe um tanto aí que ta bom!”
E o preto índio pode responder que 50 + 50 = 60. Qualquer valor entre 100 e 60 é considerado certo. Claro!

Agora, se eu for mulher, tão perseguida, tão coitadinha, também tenho os meus vinte por cento de desvio. Taí o Gauss pra me ajudar. Não, não fala em Gauss, não! Estamos aqui falando de soma.
Por essa brilhante solução, uma mulher poderá responder que 50 + 50 = 40 e estará absolutamente certa!

E o pobre? Ah, o pobre é um pobre coitado! Como é que ele também não tem direito de fazer os seus pequenos deslizes? Logo, ele também merece os seus vinte por cento! E pode dar a sua resposta, certíssima: vinte

Pô, velho, você não merece uma chance? Afinal, está na melhor idade, aquela de dar adeus a toda essa palhaçada aqui. Então, tanto faz quanto é que é cinquenta mais cinquenta! Portanto, quero lá os meus vinte por cento também! Resultado: o resultado é zero, para a soma de 50 + 50.

Voltando:
Bom, segundo esse raciocínio aí eu, que sou mulher, velha, índia, filha de cafusos (que são a miscigenação de índio com negro) e pobre então nem preciso responder que já estou certa e aprovada? Basta eu me inscrever que já estou aprovada?
Eba! Então passa o bisturi aqui que eu vou já operar o câncer que é o Mula e sua gente!

O animus jocandi adotado não tira a seriedade das ideias. Quando estiverem dispostos a resolver coisas, ao invés de ficarem eternamente debatendo e desqualificando, apliquem essas ideias. Ou outras melhores, se as tiverem. Porque não há nome para um estado de coisas para o além da bárbarie em que se vive nesse Brasil.

segunda-feira, janeiro 28, 2013

Santa Maria!

Em 1995 foi expandida uma lei, já anteriormente criada e que "não pegou", sobre Segurança e Medicina do Trabalho. Tendo especialização em Medicina do Trabalho, em função da "nova" lei, criei uma empresa, a LEGALMED.  Um trocadilho interessante e visionário. Uma Medicina Legal, porque segundo o Direito. E legal, posto que visava a prevenir e impedir acidentes, no mínimo, e tragédias. Utópico, como você poderá constatar. 

Segundo essa Lei, todas as empresas devem ter um Médico e um Engenheiro de Segurança, mesmo que à distância, segundo o número de empregados. Foi realmente uma febre: apenas na cidade de São Paulo, criaram-se cerca de quinhentas delas. Havia uma fiscalização ativa, o que favorecia a que as empresas procurassem aquelas empresas especializadas, dentre elas a LEGALMED. 

Com o passar do tempo, pouco tempo, com a edição de novas outras leis, aquela sobre Segurança foi caindo no esquecimento. E, pior, "enquadrando-se" ao que acontece com as cerca de duas mil leis a que uma empresa deve seguir: a fiscalização passou a se resumir a uma visita anual, quando então alguém passava para buscar o seu peru para o Natal. 

Com isso, apenas para que se tenha uma ideia, quando inicialmente eram cobrados cem reais por empregado, para a real e efetiva prestação do serviço de Prevenção e Medicina,  foi paulatinamente baixando, até que chegou aos incríveis menos do que um real. Empresas seguradoras passaram então a oferecer tais serviços DE GRAÇA, pela contratação de outros serviços de seguros. Com isso, a LEGALMED, assim como as demais, passou a ser inviável. 

Quando não se imaginava que não poderia ser pior, piorou. Telefonemas solicitando um orçamento. Ao ser recebido pelo solicitante, a contra-proposta: e se a empresa apenas enviar a "papelada", sem a efetiva realização, em quando ficaria? Quanto à fiscalização, laudos de bombeiros e tudo o mais "já estava tudo resolvido". A "papelada" seria apenas para cumprir a lei e não serviria mais para nada. Era então o caso de alguém, com um mínimo de decência, providenciar outro modo de ganhar a vida, não é mesmo?

Sei perfeitamente da responsabilidade do que estou escrevendo aqui. Como hoje a LEGALMED é apenas uma empresa que presta outros serviços, efetivamente, e esses fatos ocorreram em um passado, e diante de algo pavoroso ter acontecido naquela distante Santa Maria, é que os exponho aqui, dado que brasileiros tem o péssimo hábito de acreditar em cegonhas, papai  noel, na lei, no voto, na justiça e em tantas outra estórias da carochinha, escrevo essas palavras, na forma quase que de um depoimento real. O Estado brasileiro se fundamenta na Norma Fundamental da Corrupção e suborno. Nada mudará, a não ser mudando o Estado, não as pessoas. O voto não muda nada, infelizmente. Como bem diz a sabedoria popular, mudam-se as moscas, mas a merda continua a mesma. Apesar das lágrimas presidenciais, de todo o alvoroço e parafernália dos envolvidos e responsáveis por essa e outras, nada acontecerá de efetivo, até a próxima tragédia. Que virão, com triste certeza. Acontecia assim mesmo como relatei, acreditem. Como escrevo isso em um domingo, não sei se até os dias de hoje. Mas, pelo menos até sexta feira, era assim que acontecia.