O Ministro |
O ministro Joaquim Barbosa deve ter sido indicado ao STF por meio de Cotas. Cota para Dignidade, Decência, Moralidade, Intelectualidade, Competência, Honradez e outros quesitos semelhantes, tão fora de moda nesse nosso Brasil de Liberdades falsamentes Democráticas e do Direito dos Mais Iguais. Esse tipo de cota todo brasileiro apoia. E que deveria ser de 100%. Talvez até como já está escrito: pessoa ilibada e de notável saber jurídico. O quesito: "ser da trupe do presidente" passou a vigorar depois e não está, por óbvio, escrito em lugar nenhum. Por isso não há provas.
A mera existência de negro tão admirável corrobora a tese de que cor da pele não deve servir para justificar coisa nenhuma, muito menos para obter benesses supletivas, a fim de preencher lacuna na competência. Cota nada mais é do que "pecha", de alguém que precisa de favores. Nenhum cidadão precisa de favor; precisa de oportunidades iguais. "Só" isso, nada mais.
A cor da pele também não pode servir de "fachada" para que um grupo de aproveitadores saia em sua "defesa", com o fim único de se locupletar, política, econômica e financeiramente. Inclusive, utilizando-se de um "mote" de seres inferiores. Os "defensores da igualdade racial" demonstram ser os maiores interessados em perpetuar a diferença econômica-social que, essa sim, existe.
Para quem precisa de esmola declarada de 20% está implícito nisso que o máximo que ele vai obter é os 20%. Quem foi que disse a esses cidadãos que ser negro é ser inferior? O nosso admirável Ministro deu prova cabal de que, se houvesse a tal "cota" para o STF, assumida ironicamente, a título de argumentação, 20% é muito pouco. Tenha certeza que hoje, cada um dos brasileiros(excetuando-se a imensa quadrilha que se formou para fazer um arrastão, dominar e dilapidar o Brasil) estaria muito feliz se a inusitada cota para negros no STF fosse de 100%, uma obrigação. Candidatos ao STF: pessoa ilibada, de notável saber jurídico e negro. Desde que o quesito "negro" se reportasse à notável envergadura moral do Ministro Joaquim Barbosa e não à quantidade de melanina que ele possui na pele.
E, no mesmo momento em que o Ministro Joaquim Barbosa dava ao Brasil essa mostra de civilidade, no Palácio do Planalto, uma branca assinava uma Lei, determinando que, de agora em diante, negros têm, no máximo, direito a 50% das vagas. E tenha certeza que tem muita gente que vai comemorar. São os interessados em perpetuar e institucionalizar a alegada inferioridade.
Por
isso que o título dessas palavras, "coisa de preto" tem sido dado como
uma expressão racista. Mas, afirmo aqui: precisamos que no Brasil tenha
mais "coisa de preto). Pretos como o admirável Ministro, que deu mostras
do que significa ser um cidadão decente. Pretos como o Pelé, a quem o
Itamaraty deveria, em sua entrada, erigir uma estátua, como o nosso
melhor Embaixador. Pretos como Machado de Assis, momento único em nossa
Literatura quando o mundo "civilizado" reconhece que, nele, o Brasil não tem complexo
de vira-latas ou de quinto mundo. E de tantos outros pretos também que, caso você não
conheça, deveria conhecer. Do Brasil e do Mundo. Para poder usar a expressão com autoridade.
Realmente, precisamos
urgentemente de muitas coisas de preto nesse nosso lamentável país.
E precisamos também muito de menos coisas de brancos, como as que estão sendo julgadas naquele mesmo STF. Onde pelo menos um dos julgadores advogava até ontem pela quadrilha que alí está sentada na condição de réu. Ou seja, era parte da quadrilha que ora julga... inocente. Isso é coisa de branco. E outras tantas que ainda persistem acobertadas. Sempre sem provas escritas. Claro, nunca as há. Em um leilão também não. Basta um sinal qualquer para concluir um contrato. Um país inteiro não pode tornar-se refém de uma quadrilha, mesmo que ela tenha se institucionalizado.E o Ministro Joaquim Barbosa deu provas que essa libertação é possível, porque Decência não faz parte da cor da pele, mas molda o caráter.
Pessoa ilibada e de notável saber jurídico? Não. Ex advogado do PT. Amigo do rei. |
E precisamos também muito de menos coisas de brancos, como as que estão sendo julgadas naquele mesmo STF. Onde pelo menos um dos julgadores advogava até ontem pela quadrilha que alí está sentada na condição de réu. Ou seja, era parte da quadrilha que ora julga... inocente. Isso é coisa de branco. E outras tantas que ainda persistem acobertadas. Sempre sem provas escritas. Claro, nunca as há. Em um leilão também não. Basta um sinal qualquer para concluir um contrato. Um país inteiro não pode tornar-se refém de uma quadrilha, mesmo que ela tenha se institucionalizado.E o Ministro Joaquim Barbosa deu provas que essa libertação é possível, porque Decência não faz parte da cor da pele, mas molda o caráter.