sábado, novembro 17, 2007

E o Forum ainda quer sair botando placa ?

O Forum da Esquerda foi escorraçado, banido e esfacelado pelos alunos da Faculdade de Direito. Alunos em massa depuseram o seu Presidente, ainda que moralmente. Quando das eleições 2007 eles tiveram menos da metade dos votos que obtiveram para serem eleitos em 2006. Depois das eleições, o máximo que se vê é um ou dois componentes da Diretoria, zanzando pelas Arcadas. Cabeça baixa, claro. A verdadeira legião de iludidos seguidores evaporou-se.

Agora, para se despedir, a divulgação que colocarão uma placa na Salinha do XI, em alusão à “ignominiosa e autoritária invasão da Tropa de Choque”, no fatídico 21 de agosto. Parece que o fôlego deles para cometer desatinos não tem fim.

Para adequar os fatos ao seu restrito discurso querem comparar duas "invasões" absolutamente diferentes, em essência. Podemos acusar a Polícia por ter mandado mais de mil soldados à Peruada ? São comparações absurdas, porque diferentes. Seria o mesmo que acusar alguém que está tentando salvar alguém de afogamento, fazendo respiração boca-a-boca, de assédio sexual. Mesmo vivendo em ridículos tempos de "politicamente correto". Absurdo sempre será absurdo.

Se, apesar de tudo, eles querem insistir em seu discurso vazio e mentiroso, problema deles. Se querem manter a sua anacrônica e falsa ideologia, um direito deles. Se querem tapar o Sol com a peneira, para fazer parecer que saem de cabeça erguida, é até compreensível. Consideremos que tudo aquilo são águas passadas. Respiramos aliviados, porque já vão tarde. Eles estarão fora do XI por alguns bons anos, segundo os realistas. Segundo os otimistas, aos quais me incluo, estarão fora do XI para sempre. Foi um capítulo negro em nossa bela História. Um ano de trevas.

Se querem declarar ao mundo o quão obtusos são , que o façam. Porém, que não seja em meu, em seu nome. A burrice é deles.
Não aceitaremos que queiram eternizar no XI a sua maléfica estada ali.

Nada demoverá os alunos da Faculdade de Direito da defesa de sua História e tão caras tradições. A pedra fundamental para a construção do prédio que demoveria as Arcadas para o campus do Butantã está exposta no Largo. Lá se lê: “quantas forem colocadas tantas arrancaremos”. Esse, o espírito.

Luiz Gonzaga Arcadas, XI de XI, CLXXX.

sábado, novembro 03, 2007

Com quanta$ fraude$ $e faz uma Exglória ?

Ou locupletamo-nos todos ou restaure-se a moralidade.( Jânio Quadros)


Como um crônico franciscano crônico, sempre cantei as belezas e grandezas das Arcadas. Usei e abusei do animus jocandi, arcando por vezes com o ônus do não-entendimento e da análise apressada e superficial de eventuais leitores. O que jamais fiz foi relatar mazelas nossas, posto esses escritos terem ultrapassado os muros da Faculdade de Direito. Não saberão por meu intermédio de quaisquer sombras sobre o gloriosa História da Academia e de seus alunos. Franciscanidades, enfim. Uns gostam dos olhos, outros da remela.
Dada a premência da situação, contarei a estória do que vem a ser o que hoje é chamado de Exglória. Não tudo, mas apenas o suficiente para que você se faça o imenso favor de afastá-los do XI. Antes que possa pairar a suspeita sobre o desavisado coraçaozinho franciscano, alerto que os relatos que aqui se farão têm e muito a finalidade eleitoral. Também.
Uahauauahauahauahauaieêê !!!!!!!!!!!!! A Exglória agora quer posar de “Partido” ! Acredita nisso ????????

I – comecemos logo pela última: publicam uma foto, onde apareço com o grupo. Subrepticiamente querem sugerir que apóio o grupo e também querem lembrar que um dia fiz parte do grupo. Talvez renda alguns votinhos, né ? Não preciso que contem por mim. Eu conto. Fiz parte, desde o meu primeiro dia de Arcadas de todo e qualquer grupo que desejasse banir comunistas daqui. À época eram eles. Juntei-me a eles. Fiz o debate de calouros por eles. Vencemos os comunas. Quanto às fotos, tenho também, além daquela com eles, com o povo da Atlética, do DJ, do JEC, da RD, do NEI, da Casa do Estudante, com os faxineiros, seguranças, professores, diretor, da última festa, da penúltima festa, da antepenúltima festa, da anterior. De todas as festas e eventos. É provável que tenha uma foto com você também. O meu grupo se chama São Francisco. A minha panela tem 2300 alunos. Orgulho-me tanto dos que compõem a Sanfran que faço questão de ser o melhor cliente do Xaxá. E desafio a qualquer um exibir conjunto de fotos semelhante. Por isso, se alguém, um único que seja, iria lhes entregar o seu voto por conta daquela foto e daquele apoio, não o faça. É indução ao erro. É FRAUDE.

I I – Quando os infelizes comunistas do Fórum entregaram as Arcadas, como Judas traiu e entregou o Cristo, não houve um, ao menos um, franciscano que preze um mínimo essas Arcadas que não tenha se sentido traído e indignado com toda aquela palhaçada. Pois bem. Houve a idéia coletiva de se chamar uma Assembléia Geral. Todos ansiavam por isso, para mostrar a sua aversão aos fatos de então. Dada a proximidade das eleições, a Exglória tomou a iniciativa de iniciar a lista que todos queriam. Eu mesmo escrevi, mandei os meus SPAM, pedindo que assinassem a tal lista. Eu assinei a lista. E então eles assumiram toda aquele movimento, que foi uma verdadeira comoção geral, como se fosse apoio a uma iniciativa da Exglória. Não foi. Alunos estavam demonstrando apenas e tão-somente a sua indignação e ojeriza ao grupo que deveria ter nos representado no XI e não o fizeram. Alunos daquele grupo também, como alunos, sem partidarizações. Não houve, naquelas mais de 900 presenças no Salão Nobre alguém que ali estivesse por apoio à Exglória. Estávamos ali sim, exorcizando o Fórum da Esquerda. Mas eles, por conveniência quiseram passar a imagem de que era uma iniciativa sua. FRAUDE. Aproveitadores de plantão.

I I I - Depois de toda essa palhaçada, querem os da Exglória passar a idéia de que são um “Partido”. Isso porque parece que franciscano gosta de votar em um “partido”. Sempre se pautaram em desqualificar o Fórum e seus ancestrais por serem um grupo aparelhado e que aparelhavam calouros, já que os demais se afastavam deles, sempre. Sempre criticaram as “Cartas-Programas” dos comunas, em seu “ctrlC+ctrlV”, ano após ano, com suas promessas escalafobéticas. Sempre acusaram determinada gestão comunista de desvio de verbas do XI. E sempre procuraram se caricaturizar como sendo energúmenos imbecis, cuja ânsia única era a “balada, bebida e putaria”. Pois muito bem. O roto falando do rasgado. A Gagázieta nada mais é, tal e qual aquelas exdrúxulas Cartas-Programa, um copiar-colar, engraçado prá calouro. E só. Já que a seguinte será igual a primeira e assim por diante. Copiam inclusive, erros gramaticais crassos, tal e qual o Canhoto, o Pátio, etc. Enfim, a Gagázieta nada mais é do que o Chátio da Exglória. Isso mesmo precisando de dez dementes para compor uma única frase. FRAUDE.

I V – Para antagonizar o Ruptura e seu clã, adotaram inicialmente o animus jocandi , que, quando bem usado, é altamente salutar. Às propostas utópicas daqueles passaram a ridicularizá-los, com propostas jocosas. Até aqui tudo bem, pois ainda tinham consciência de que não tinham possibilidades eleitorais. Naquele ano de 2004, seu Presidente-vice-diretor-secretário-tesoureiro-suplente Ceará encontrava-se por aquelas plagas, cuidando de sua rede hoteleira. Tudo bem. Quando retornou, os calouros-2004 haviam ganhado a eleição para a Exglória, uma rejeição maciça aos rupturas da vida. Ou seja, a pose de “fodão” do pequeno líder é falsa, posto que não ganhou nada. Ausente ele, assume a Presidência um grande boçal, com suas declarações à mídia fazendo vexame aos franciscanos, dado às imbecilidades declaradas, em nome da Gestão do XI.


V - A gestão no XI que fizeram em muito lembrou a dos comunistas, com invasão das Arcadas inclusive. Com direito ao XI de ser alvo da mídia e do Ministério Público e alienígenas darem-se o direito de invadir essas sacrossantas Arcadas. Se os comunistas pecaram ao apenas permitir uma invasão, eles, muito pior, causaram a invasão com a sua Tese Oito. Ah, trouxeram o Serginho ! Legal, legal mesmo ! Depois, no melhor do copiar-colar que fizeram ? Trouxeram o Serginho ! E depois ? Claro, trouxeram o Serginho !

Copiarão o meu estilo agora, trazendo o Serginho XI vezes ?

Fizeram também um contrato absurdo com o Palhinha que eu continuo insistindo que deve ser anulado. Imagine uma gestão, um ano, renovar um contrato por 8 anos ? Ah, mas foi rentável sim. Não para o XI, como jamais demonstrado. Talvez tenha sido lucrativo em outros aspectos, no melhor estilo ruptura. Ai, que saudades daquela Festa dos Calouros no porão do Shopping Light, a preço de salão nobre ! Mas não é que a diferença do aluguel de tal engano, ao invés de retornar ao XI perdeu-se por ai, nos meandros da burocracia bancária ? Quem sabe algum hacker muito vibe, especializado em avermelhar as contas do XI.
Ou seja, uma gestão tão ruim que nem se candidatou à re-eleição. Esgotaram-se em si mesmos, na ruindade. Mais uma vez se equipararam aos rupturas da vida e sua descendência. Agora mudam a camiseta e sua cor. Como os rupturas comunistas. Tudo por um voto, pelo amor de São Francisco !


V I - Tendo perdido o trono de os “donos da graça e das piadas” deveriam reconhecer a aposentadoria. Mas não. Em ato de puro despeito, inveja e apelação, editaram um vídeo, procurando ridicularizar a mim, em cujo vídeo que fiz eles ao menos foram citados. Foram ignorados, dada a sua insignificância. Ali foi falado apenas da Gestão “nothing done” do Dezgayte e dos comunistas, como sempre. E, na eleição de 2006 foram sepultados, com os seus insignificantes 90 votos. Ultrapassaram a tênue linha do animus jocandi para o mau-gosto, a falta de graça, a imbecilidade pura. Passam então a viver de um suposto passado de glórias. Exglória, enfim. A tão atualmente propalada democracia, com livre atuação dos alunos no XI é falácia. Quem acompanhou aquela gestão de perto sabe do autoritarismo aplicado. Quem não é do núcleo duro do grupelho não apita. É ignorado. Um dos dementes, hoje ocupando o alto posto de suplente na chapa, à época foi elevado à função de atender ao telefone. Dada a insuficiência cerebral, não lhe foi exigido atender ao telefone e dizer “XI de Agosto!”. Muito complicado isso. Melhor, pra não dar merda, dizer apenas “XI!” e, rapidamente passar para o Santo Toninho. Esse esteve e está sempre lá, prá nos salvar de gestões funestas feito a Exglória no XI. Portanto, alunos em geral sempre foram avacalhados e depreciados, além de ignorados, como será dito. Hoje lhes é prometido a Canaã da liberdade, democracia , balada, bebida e putaria. Em troca do voto, além da cerveja ou da sugerida rosquinha, claro. Indução ao erro. Falácias. FRAUDE.


V I I – Respeitando a “área de influência eleitoral” dos comunistas, consistente de calouros basicamente, dirigiram a sua fraude da Assembléia aos alunos dos atuais segundo e terceiro anos, turmas que não viram a sua Gestão no XI. O terceiro era calouro e calouro não sabe de nada. Não conseguem enganar os do quarto e quinto anos, claro. E vendem a utopia da “balada, bebida e putaria”, como os comunistas vendem a utopia “de um mundo melhor”, às custas de infernizar a vida de franciscanos despertos. Balada por balada, alunos iriam em tantas “n” outras que rolam por essa São Paulo afora. E é o que a maioria dos alunos faz mesmo. Os poucos que freqüentam as festas, freqüentam-nas pela amizade que têm com os demais alunos. A putaria, que por sinal não acontece, fica por conta da imaginação daqueles, já que ela só acontece mesmo em suas parcas imaginações. Porém funcionam bem como mote eleitoreiro, e, como tudo o mais, falso. E, para beber, não se precisa ser franciscano. Resumidamente, até o episódio da Assembléia, o grupo Exglória consistia em uma mesa no Porão, com seis alunos, na maioria já-formados, como os criticados rupturas, cuja pauta principal sempre consistiu em xingar e ridicularizar todos os franciscanos. Afinal, quem não é da Exglória é um perfeito demente. Paradoxalmente, pode-se dizer. Ser da Atlética é ser imbecil, ser da RD é ser idiota, ser da Academia de Letraz é ser babaca, ser do NEI é ser trouxa, ser da Casa do Autistas, como eles sempre se referiram aos moradores da Casa do Estudante, é ser boçal. Todos os franciscanos são zebucetas. Apenas eles, aqueles seis, são vibe. Mas, depois a coisa muda. Hoje, ao cooptar tantos desconhecedores daquela real realidade, agora querem se travestir em Partido. Enganando principalmente alunos do segundo e terceiro anos. Acordem, calouros! FRAUDE.

V I I I – No melhor estilo jornalístico “conheça o candidato”, com a ajuda da opinião da minha panela franciscana, traço aqui o perfil do candidato à Presidente, pela chapa Exglória. Trata-se de um assíduo freqüentador da mesa da Exglória no Porão. Ponto. Nada mais ? Nada. Nada ? Nada. Não freqüenta a Faculdade, não vai às Festas, aos Jogos, não convive com franciscanos (todos uns babacas, já se sabe), não participa de nada, enfim. Mas agora lhes pede votos, na ilusão da desgastada e falsa “balada, bebida e putaria”. A única coisa, altamente peculiar a ele é alardear aos quatro ventos a sua opção sexual. Pergunta: o que nos interessa a opção sexual de um candidato à Presidência do XI ? Cada um que dê o que tem pra dar que não é problema meu. O que eu gostaria muito de saber é sobre a São Francisco. Esse o meu, o nosso interesse. Ah, tem mais uma outra coisa em seu vasto currículo: outro dia, depois do primeiro turno, ele nos concedeu a honra de visitar as Arcadas, em plena luz do dia ! É lindo o Pátio à luz do Sol ! Só fica estranho vir desfrutar dele pela primeira vez apenas quando se chega ao terceiro ano e apenas por que é candidato. Esse proceder pode conquistar alguns votinhos do diurno, né ? E mais: nada de passinhos esvoaçantes, olhares maliciosos, frases ambíguas, coisa e tal. Vestido decentemente, olhar compenetrado, pisando duro, estilo militar, postura impoluta. Por que querer esconder agora, como que por vergonha, algo tão alardeado ? Pena que ali não tivesse uma criancinha pobre, com o nariz escorrendo para que ele pudesse beijar e ser fotografado, para a campanha eleitoral. Esse, o candidato ! FRAUDE, claro.

I X - Eles, nesse insano intento de conquistar o XI, perderam-se na noção do animus jocandi. Contadores de piadas em velórios. Pois bem, como usuário contumaz do animus jocandi, posso colaborar com eles, com sugestões. Dada a atual conjuntura, não deveriam mais oferecer cervejas para conquistar alguns votinhos de indecisos. Poderiam mudar o cardápio. Poderiam por exemplo, distribuir biscoitos. Seu Presidente, à porta da Sala dos Estudantes distribuindo rosquinhas pra todos que passassem. Acho que seria mais engraçado. E pertinente. E também seria interessante, pois lembraria a todos que não devemos tê-lo à frente do XI, pois, assim como os comunas, não nos representam. Porém, não devemos apenas rechaçá-los nessa disputa eleitoral pelo XI. Justiça seja feita, são alunos também, apesar de que da banda esquerda da curva de Gauss, mas alunos. Proponho que lhes seja reservada uma mesa exclusiva no Porão, para que possam se reunir e rememorar as exglórias do passado, de ter trazido o Serginho, de ter combatido os rupturas, de ter trazido o Serginho, de ter bebido na maratoma, de ter trazido o Serginho, e varias outras grandes realizações, como a Tese Oito, ter trazido o Serginho, etc. Na mesa, desenhado o que lhes melhor define: um cérebro, superposto por um símbolo de proibido, indicando a falta. Ah, e algumas camisas-de-força, quando lhes faltarem as drogas e anti-depressivos. Definitivamente, não representam e não podem representar alunos da São Francisco. FRAUDE.

X - Sempre me interessei muito pelas coisas da Sanfran. Por isso, fui atrás de pesquisar o porque de tanto interesse em concorrer ao XI. Afim, um pequeno e medíocre grupo de elementos, já derrotados, aposentados, na maioria formados, cujo único assunto, além de ter trazido o Serginho, é falar mal de franciscanos e tentar desdizer a grandeza das Arcadas, o que afinal poderia fazer com que quisessem novamente concorrer ao XI ? Mistério. Mas como as coisas correm rápido, ficamos sabendo, como todos, que o XI está para receber uma vultosa soma, por decisão judicial. Aaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, bom ! Ai então fica tudo explicado. Esse renascer da vontade de se dedicar e trabalhar pelo XI, verdadeira paixão pelas coisas da São Francisco, esse empenho todo. Nós, alunos, verdadeiros donos do XI e de tudo que lhe diga respeito, devemos estar absolutamente atentos, pois onde existe carniça, logo pairam urubus. Se temos por obrigação rechaçar a Exglória, devemos também policiar o Resgate. Pois o que é do XI deve continuar a pertencer ao XI. E não se perder nesse nosso mundo virtual em outras contas bancárias, como sói acontecer. Agora, o povo dos rupturas era mesmo muito safado ! Imagine que até hoje não prestaram contas ? Por que não fizeram como a Exglória que, ao terminar o mandato... também não ? Das festas, da Peruada, de tudo. FRAUDE.

X I – Claro que tentarão desdizer o que vai aqui escrito. Tentarão desqualificar o escrito, e quem escreve. Anônima e covardemente , claro. Certeza absoluta que não terão hombridade suficiente para fazê-lo pessoalmente. Partirão até mesmo para o legalismo e o formalismo , como “cadê as provas?”. Mas o que é de domínio público dispensa provas. E todas essas possibilidades já não me comovem ou amedrontam. É a mais absoluta realidade e verdade das coisas. Por isso, essas palavras. Sou apenas um aluno interessado na São Francisco e que, por isso, sabe das coisas. Coisas que poderiam jazer na tumba da Exglória. Como eles insistem em fraudulentamente renascer, renascem com eles os fatos pertinentes. Você pode tachá-las de denúncia, de relato, de desabafo, do que quiser. A única coisa que você não pode fazer, pelo bem do XI, é votar na Exglória. As Arcadas agradecem. Não estou querendo ensinar ninguém a votar. Estou pedindo para que não votem contra as Arcadas, paixão de todos nós. Não são palavras de encomenda, de apoio ao partido que sobra, o Resgate. Não os apóio também. Porém, sei que, eleitos, pouco ou nada farão. Como da outra vez. Mas, com o quadro atual, é melhor nada fazer do que fazer absurdos, em detrimento do XI e dos alunos. Já dissemos um imenso “não” aos comunistas e suas crenças anacrônicas e obtusas. Agora é preciso um NÃO maior ainda à boçalidade estéril, instituída feito FRAUDE, em nome de um falso animus jocandi, chamada Exglória.

Sou avesso a escrever na primeira pessoa, mas esses escritos não têm pretensões literárias. Está mais para depoimento em inquérito do Ministério Público, como aquele da tese oito da Exglória, surpreendentemente arquivado. Desculpo-me inclusive com aqueles que votaram na Exglória em primeiro turno. Acho que não estavam sabendo das coisas. Agora sabem o que eu sei, e sei que o que sei é pouco. Muito pouco. E é a vocês que dirijo essas palavras que, pelo explicitado não são sobre vocês, mas para vocês. Até bebam as brejas que lhes oferecerem, comam a rosquinha que o Presidente virá oferecer, se preferirem. Mas, no mínimo, anule o seu voto. Aliás, com o voto nulo será o mesmo que ter votado na Exglória. São nulos para a São Francisco.
E depois, preparem-se para trabalhar, e muito, pelo XI. O Resgate é mesmo fraquinho, fraquinho. Como dito em 2006, vamos ter que empurrá-los morro acima. Mas melhor que ver o XI morro abaixo.
Valha-me, meu São Francisco !

Luiz Gonzaga _____________________________Arcadas, II de novembro, CLXXX

sábado, outubro 20, 2007

A Vigília feita Poesia

(Esses versos estão manuscritos em todas as pedras e colunas do Pátio das Arcadas. Porém estão visíveis apenas aos olhos do espírito de quem permanece ali, na noite da Vigília).

Infindas são as maneiras e modos
Por que se faz amada essas Arcadas
Ao conhecê-la, transpondo calouro os seus umbrais
Por fugazes cinco anos que se fazem vida-inteira
Ao ser seu filho, único cada qual
Ao ajudar a fazer e saber sua bela História

Permanecer renitente nesse Pátio
Mesmo quando não há mais nenhum motivo aparente
É gesto de amor
Inteligível apenas aos Dela afeitos

Amamos essas Arcadas
Quando trocamos nossos nomes
Pela condição de seu dileto
Posto que não mais se fala : eu sou o Fulano
Mas a inusitada maneira de amor no dizer: eu sou franciscano.

E todas as tantas e demais maneiras e modos
Os sabemos e fazemos tão bem
Ao festejá-la, cortejá-la, reverenciar seu nome
Inseri-la em nossas vidas e corpos
Como fosse feito o sangue que nos percorre por inteiro
E essa identidade que nos torna ímpar: ter por Lar, essas Arcadas
Na impossibilidade de nos despedirmos dela
Posto a carregar e a ostentar em nosso peito
Pela vida adiante

Porém, a mais bela de todas maneira de amor
Se faz da Vigília que fazemos
Aqui e agora
Posto não ser verbo de ação de amar
Mas um estado de contemplação e êxtase
Que nos imiscui nela, essas Arcadas
Como se fôssemos parte Dela, dessas pedras, arcos e Pátio
Como que fecharmos os olhos
E nos permitirmos apenas nos deleitar
Como o carinho da pessoa amada

Com apenas a luz da lua e do Monumento
A nos iluminar o espírito e o Pátio
- espaço mágico que pára o tempo -,
Cenário que nos chega a Deus
Ao nos transubstanciar em gênese nessa alma nova
Que, somada, permanece Uma.

A Vigília vai além de só confraternizar, estar, festejar
Esperar o Sol e a Peruada
É sim, sobretudo, por ora e para sempre,
O exercício indescritível de
Ser o próprio espírito franciscano.

Arcadas, XVIII de outubro, CLXXX

terça-feira, outubro 16, 2007

Das artes cínicas: imagens - uma homenagem a Paulo Autran

Paulo Autran - merecidamente chamado de "Senhor Teatro" é formado pela São Francisco, turma de 1945. Atuou em 90 peças, sendo a última, "O Avarento". Representou desde autores gregos a Shakespeare, entre tantos outros. Dispensa qualquer tipo de comentários. Só não impede que, franciscano como ele, faça-lhe uma pequena homenagem: o ator, um homem de mil caras. No caso, 90. E a reação da platéia, seu motivo de viver.

Das artes cínicas: imagens


Mais represento os dias
Mais me descubro em faces
Qual agora: o cenar me afeiçoa

Não teatro de moedas pro cofrinho
Mas um palco aberto, impreciso e imprevisto
Uma peça longa, talvez curta
Quanto os dias que me restam
Ou que me faltam

Novo sou nesse tal feito
Pois aflige a mim, a platéia que se assenta
Ora aplausos, ora muda, ora esparsa
Sempre assim, ausente no realizar

E me encarapuço no vilão
O mais de mim me dou prá não falhar
Tendo, no mundo, um inocente
Roubo, atento, violento, abuso
E ela, embasbacada, questiona
Mas assim, sempre sentada
E, no entre-ato, me apupa
Perguntando, ao fim, qual meu intento.

Noutra feita é homem bom
Certo, correto, exemplo
Onde me esvaio em sangue prá não sucumbir
Nessa alada esguia, intempestiva
Assumir status, feito a mais-valia.

A platéia, aflita, orienta
Mal que faz, pode fazer
Esse empenho insano do valorizar !
Mas sentada, sapiente e deusa
Feito à musa que inspira e não faz o fato.

Se mascara agora, um miserável
Sem futuro, só de agora, estar aqui por nada
Marginal, mesquinho, endividado
Ausente em frases, sem afetos, amigos
E a platéia afoita, paternal, em gestos me afaga
Se esfalfa. Assim, o que é que traz ?
Mas sentada, irrita de todo o bom empenho
Quando erguerá em atos, me contradizendo ?
Mas, me diz, sou o ator
Eu que lhe espelhe a claudicância.

Quando ao amor me entrego
Lascivo de corpo, ingênuo na alma
Expandindo em glórias sua exuberância
Consumindo a era num instante
Eis que então, sem medo se apresenta
Não se pode assim se alienar !
Mal ao mundo faz quem se apraz !
Faz, sentada, seu amor contido
Sente, sentada, sua chama frouxa.

Essa peça é toda um todo em suas partes
Exigente, faz do que o perfeito almeja
Ser vil, viril, ser fraco, amante, aposto e contra

E o que mais a mim me louva
Tem no ato que me exige louco
Pena faz, fugaz, ser ato apenas
E me condecoro austero
Pois assim se faz, se representa
Ser num ato o que se é na carne
Entranhada em devaneios
Isso que alucina o que é alucinante
Pois o novo e o presente, a mão nunca se dão
E o ato finda, louco, porém pouco
Mas o povo gosta, aplaude, expande
Se levanta até
Qual que refletindo
Num momento insano, o que nem ousaria ser.
E se assenta lenta, até desajeitada
Por ter sido afoita, assim se levantar
Quando o tempo todo exige
Estar sentada, atada, esperançada.

Quem dera, fosse eu ator sem rumo
Peça mais gente, além de um
Que não ficasse assento isento
Num quebra-quebra de sensato dano
Com toda a sorte lançada no atuar
Sentado até, mas num relance
Em pé, o peito, o braço, a fronte
A mão crispada, não no aplaudir
Mas sim num gesto em crise, já por ansiar
Lugar no palco prá querer fruir
Não apenas um momento, mas por toda a obra
Sem favor de assento

Pois platéia soa qual esmola de quem tem prá dar
Mas só cede um nada, por não ser cobrada.


Luiz Gonzaga

sexta-feira, outubro 05, 2007

A primeira Peruada (oba!)

O espírito das Arcadas - Capítulo V


(Da Peruada não se conta, pois que de nada se lembra. Vive-se. Mas a primeira precisa ser contada. Calouros precisam conhecer)

Para um leitor ocasional, alerta-se que esses psicografados escritos são de Roy Babbosa, calouro de 1828, turma I, o espírito franciscano, por isso onisciente e onipresente. Além do que está ainda em dp de Romano, pois não consegue entender a complexidade da propriedade horizontal. Conta-nos a gloriosa história da Faculdade da História. Mas vamos aos fatos, que ninguém gosta de texto muito longo, além de ser chato mesmo.
O que agora interessa é a Peruada (oba!) .
Que diáfana e sinistra origem teria essa festa, passeando-se pelas cercanias do Direito, metendo a boca em político safado e a boca no gargalo, prá variar ? O mote desse relato: Vamos meter o Peru prá dentro das Arcadas !
Roy fez-se calouro por obra e graça de sua patroa, Domitila. Era feitor nas fazendas da moça, pau-prá-toda-obra. Feitor das escravas, e da patroa. Substituía Dom Pedro , que só vinha pontuar a dondoca três vezes por ano, já que a ponte aérea ainda estava por existir. A carne é fraca. Por isso, assume Roy essa tarefa. Logo, Domitila conscientiza-se que Pedro é pouco. Por isso, faz o Imperador criar a Faculdade de Direito: XXXIII vagas ! Um calouro por dia, três XI ordenados Entre eles, Roy, para coordenar os meninos.
Diariamente, após as aulas (é ! A parte maçante da Academia), reuniam-se no centro do Pátio e cada qual recebia um número. O que saísse com o XI deveria comparecer e “conhecer” (linguagem bíblica: franciscano também é cultura) a DoMETIla naquele dia. Dando a sua, seria excluído do sorteio. Ficaria até o mês seguinte na saudade. Nada de barangas. Não as havia. Àquele tempo, balada era tiroteio. Mulheres, só dos bandeirantes e outros temíveis desafetos. Melhor não. Mais vale um peru nervoso por um mês que perecer eunuco !
Portanto, o sorteado do dia era o felizardo ! Lá se ia ele, rua da Freira abaixo. Nosso relator, Roy, retira-se e vai cuidar das escravas. Era duro com elas. Elas, muito abertas com ele. De suas andanças é que ficou conhecida a expressão atrás-da-moita. Muito ali se fez. Quem dava assistência técnica para toda essa maçaroca de tribulações era o médico Libero Badaró. Fazia o papel de porteiro de boate: trabalhava onde os outros se divertiam. Mas dava também lá as suas marteladas. Na Marquesa e nas escravas. Resumo: especialista em coito e pós-coito.
Assim se passavam os meses: estudava-se Direito e fazia-se sorteio. Vez por outra, uma Dança. Monótonas. Dançava-se mesmo. Nada de conversar lá fora, ver o Sol nascer, passear pelos campos de Piratininga, dar uns pegas, bimbas e quetais . Nada. Por isso, o tédio.
A grande diversão se resumia na Visita Domitiliar. Lógico, fazia-se Poesia ali, recitavam-se grandes poetas, filosofava-se e se teorizava um Brasil melhor. Não, não havia comunistas ainda, com a graça de Deus. Mas só isso não acalma o peru. Por isso, ficou ela conhecida como “ a Perua”. Um demônio, a dita. Acabava com o pobre franciscano. O sorteado voltava que era um traste, feito a uma uva-passa, todo ralado ! Judiava mesmo, sem dó.
Por isso, lá pelos idos de outubro, revezando-se ainda nos sorteios diários, resolveram os franciscanos fazer uma grande festa. Aproveitaram-se do animus jocandi, norma fundamental franciscana, recentemente inaugurada. Era essa a idéia: iriam fazer a visita à Domitila, todos juntos !
Na terceira semana de outubro prepararam-se todos os franciscanos, regados à “água- ardente” prá temperar o clima. Devidamente calibrados, alguém deu a idéia de dar feição de manifestação política à caminhada. Surgiram então frases como “Com a sua fé e as nossas fezes, vamos mudar São Paulo”, “Dom Pedro não vem à São Paulo, a gente mete o pau na Marquesa” e outras preciosidades.
Surgiu ai também a tradição: na Peruada tem que ter um mote. Todos se reuniriam, lançariam os seus motes-candidatos. O melhor, democraticamente eleito, ganhava e era aceito. Diferentemente de hoje em dia, quando a gestão do XI revogou a Democracia. Não importa o que os franciscanos elegeram. Eles outorgam um outro e pronto.

Bom, mas em 1828 ficou assim: a frase principal, conhecida dos franciscanos e desconhecida da população era “Vou meter o meu peru prá dentro das Arcadas”. Todos sabiam que as Arcadas eram as Arcadas e pronto ! O que não sabiam é que essa era a jocosa intenção: após trinta e três, ficaria ela até com as pernas arcadas, semelhantemente àquelas da Academia !
Alguém surgiu com instrumentos musicais e formou-se então a Bateria Agravo de Instrumento da São Francisco, BAISF para os íntimos. Tornou-se o Território Livre uma grande carraspana: franciscanos altamente entorpecidos, ao som do primeiro e então único hino , “Onze, Onze”. Há que se lembrar que não havia ainda a espécime “franciscana”. Um verdadeiro quartel ! Para despistar, nossos ancestrais resolveram fazer um percurso indireto. Aproveitando o fato de que ao ébrio a linha reta é um enorme desafio, saíram por um tortuoso percurso prá percorrer o imenso “triângulo” que era São Paulo.
Lembra-se das filhas dos donos da cidade, as monótonas dançarinas ? No caminho, ao som “acústico” da BAISF, franciscanos traziam para o meio da festa aquelas donzelas e enchiam-lhes o caco com o mais batizado goró. Longe do pai, calibrada pela cachaça, as donzelas o que mais queriam era se desdonzelizar. E dá-lhe moita ! Ao aborcar uma provinciana, franciscano saía cantando “Primeira, Primeira, eu sou da Primeira !” Surge também o que hoje se transformou num jogo de cartas: o truco ! Era assim: chegando o franciscano à décima-primeira donzela pontuada, gritava "XI" ! Um fuzuê ! Todos o erguiam nos ombros, carregado triunfalmente, ao som do Onze, Onze ! , até que viesse o próximo. Assim por diante. Desde o incêndio de Roma, não havia balbúrdia semelhante ! Todos de fogo.
Chegaram à casa da Marquesa. Porém, àquela altura dos acontecimentos, não teriam condições de consumar o ato, ocorrendo assim apenas o crime tentado. No percurso e com as donzelas tinham deixado toda a sua energia e o máximo que conseguiam era ejacular pela boca, um vômito desmedido. Além do que, lembravam-se vagamente do que realmente tinham ido fazer ali. O que era mesmo ? Por isso, como vazia manifestação, xingaram um pouco o Imperador, só prá constar. Era um germe da esquerda festiva, que grita por gritar e nem ela mesma acredita. Continuaram até voltar ao Largo.
Esse, mais um heróico ato franciscano. Nascia assima Peruada.
No dia seguinte, todos os jornais do mundo, o New York Times, a rede lobo, a internet , tudo, noticiavam: Franciscanos fazem a Peruada ! O diretor da Faculdade não queria permitir, mas os franciscanos dormiram nas Arcadas e saíram do mesmo jeito; a gestão do XI quis impedir mas não conseguiu. A Igreja falou que era o fim dos tempos; o presidente americano alertou sobre terroristas; a polícia queria mandar a tropa de choque, mas foram desligados; argentinos, morrendo de inveja, quiseram fazer uma também e, em homenagem a outro animal, criaram a “viadagem”; cariocas, por não terem outra motivação, promoveram um arrastão; astrofísicos documentaram o surgimento de uma nova estrela e a batizaram Sanfran; muçulmanos reivindicaram a primazia, dizendo ser a sua peregrinação à Meca mais antiga. Esqueceram-se de que a nossa meca é mais gostosa, onde canta o peru-sabiá; doutrinadores do Direito questionaram sobre se a Peruada era um ser, advindo do poder soberano inserido na norma fundamental franciscana; os alunos dos cursos de alfabetização jurídica espalhados por esse Brasil queriam dizer que tinham também participado; religiosos bíblicos confirmaram ter o Sol parado pela segunda vez, prá ver a banda passar; ufólogos viram discos voadores sobrevoando a cidade para assistir a parafernália; o presidente afirmou que essa era realmente uma campanha de fome-zero: todo mundo comendo ! O próprio Deus, que todos sabem ser brasileiro e franciscano de carteirinha, abriu uma janela no Céu para apreciar o movimento. Lançou como benção um manto de Amizade e de Alegria sobre as Arcadas, a reinar entre franciscanos. Essa norma eventualmente não tem plena eficácia quando das eleições para o Centro Acadêmico. No Universo não ficou pedra sobre pedra !
Por recomendação do doutor-calouro , professor Libero Badaró, a nossa rica história precisa ser contada em doses homeopáticas. Por isso, Roy psicograficamente deixa aqui as suas impressões, como testemunha ocular, sobre o início da tradição dessa Academia de tradições, a Peruada. Não se contam aqui mais repercussões do evento, evitando que se possa pensar que houve qualquer exagero. Ele se desculpa ainda por não ter muito mais detalhes prá dar, tendo em vista a ocorrência de pt, por coma alcoólico, o que lhe resultou em certa confusão mental, alheamento e amnésia.

Roy Babbosa, o espírito franciscano, na única psicografia digitalizada, autorizada, realizada por

Luiz Gonzaga Arcadas, XI de outubro, CLXXX

domingo, setembro 30, 2007

Uma longa e desastrosa estrada: Forum, 2007.

(conforme edição d'A LATRINA, outubro-2006. Lembra ?)

“Para mudar o mundo, comece pelo seu quintal”

I - O Forum vendia a idéia de serem os arautos da Democracia e a Liga da Justiça, contra todas as mazelas do mundo. Para os mais renitentes em aderir à Luta, usam golpes "abaixo da cintura" para conseguir votos. Duros e molhadas, mas válidos;

I I - E, claro, vence o DEZGAYTE, que é ruim feito à miséria. Apesar destes tergiversarem para não assumir a própria ruindade (a culpa é "dos outros", sempre);

III - Tenta dar golpe na RD, um dia antes da Posse. A ânsia do Poder pelo Poder. Usa a Semana de Calouros prá fazer lavagem cerebral, aparelhar o XI e usar O Chátio prá seus erros de português, de entendimento e de conduta. Hoje, o desabafo de uma das muitas vítimas (ipsis literis): “Estou envergonhada de ter acreditado, quando caloura, neles. Infelizmente, percebi que a única coisa boa que Fórum fez pela Facvldade foi ser oposição!”;

I V - Usurpa a competência do PurpUrina e realiza uma Semana GLSXPTO na Sala dos Estudantes. Sem o mínimo pudor, apoderaram-se de uma das máximas essencialmente Capitalista: a propaganda é a alma do negócio! ;

V - Realiza debates entre a esquerda-moderada versus a esquerda-centro versus a esquerda-da- ponta-direita versus a esquerda-gandula. Nos seus toscos eventos, na Sala dos Estudantes, sempre o quorum é o fórum.

V I - São a favor das cotas, desde que não seja de xerox. Só prá lembrar: o Forum queria, em 2006, uma cota própria, de R$ 1.700,00 ! Como agora têm o Chátio pra divulgar suas maravilhosas e toscas idéias dos outros, negam cota até prá A LATRINA. Tão inofensiva, tadinha !;

V I I - Disponibilizam uma Salinha pro Saju, para reuniões de cúpula e de cópulas. Exigimos isonomia para todos os alunos e alunas nessa sujeira;

V I I I - Abrem as portas das Arcadas para a sua “cumpanherada” invadir, para que eles as fechem aos alunos que os elegeram. Não como DONOS do XI, mas seus representantes. Atuam contra a democracia franciscana com virulência maior do que a da tropa de choque que tanto combatem;

I X - Transformam-se em legalistas sem conhecer a Lei: negam-se a reconhecer decisão soberana em assembléia de alunos, alegando que são minoria. Minoria de 900. Como dito, na Moral é mais Legal: o Sapeca não é nosso Presidente. Aliás, nunca foi. Quem mandava e manda ali é a primeira-dama;

X - A Tradição franciscana sempre lhes foi mero umbiguismo. Coisa de pequeno-burguês, metido a besta, que vive no passado. Mas agora aferram-se às tradições, para não acatar decisão democrática de alunos sobre o mote da Peruada. Não devemos falar de merdas internas ! Ué, alguém ai fez alguma merda ? E o mote de 2002, do Ruptura (e que Deus os tenha!): a ruptura continua ?

X I - Mesmo assim, são os primeiros a ter a cara-de-pau de lançar candidatura para 2008.

Com isso, fazem o Dezgayte querer parecer diferente de um zero à esquerda, conforme demonstrado em 2006. Não. Não nos esquecemos de que NADA fizeram quando gestão do XI. Exceto talvez alguma placa comemorativa no JEC, elogiando a si próprios. Ruins mesmo. Até para admitir que franciscanos preferiram votaram nos comunistas, por falta de opção.

E, mais incrível, Fórum de tantas merdas, despertou até a vã tentativa de ressuscitar a EXGLÓRIA , uma legião vibe de dois interditados mais meio-líder, morta por overdose de álcool, drogas anti-depressivas e outras. Principalmente overdose de mediocridade.
Ah, sim ! Especialistas em copiar-colar. Nas provas, na ga-gazeta, no youtube. Bom, escória entende ?

Esses dois, querendo posar de bonitinho perante os alunos, aproveitando-se da ilegalidade do Forum.
Querendo me enganar, mané ?

Ô ano comprido ! Ô Sanfran, que me surpreende a cada dia !!!

Na próxima, eleja um representante do XI, para o XI. E que não sejam eles.
Como hoje o XI não tem mais $$$$$$$$$$$$, talvez nem tenha candidato. Cuidado !

Luiz Gonzaga ______________________________________Arcadas, I outubro, CLXXX

sexta-feira, agosto 31, 2007

Na Moral é mais Legal !

A Faculdade de Direito do Largo de São Francisco é o templo do ensino do direito positivo, por esse mundo afora. Assim se edificou toda a sua História.

Paradoxalmente, a gloriosa História das Arcadas, suas incontáveis estórias e suas mais sagradas tradições são feitas, respeitadas e transmitidas por um direito consuetudinário. Nada há de escrito, exceção feita por franciscanos crônicos feito este que escreve aqui, que teimam em documentar os tempos. Tudo é oral. E tudo tem o seu precedente. Absolutamente respeitados e cultuados, até por aqueles aparentemente indiferentes a essa vigorosa realidade.

Por isso é que as coisas ficam até fáceis, andando por essas Arcadas. Sabe-se a que horas será tal evento, tal festa, tal cervejada, sabe-se quantas vezes o sino dobra no Pátio, sabe-se a sua metragem ou o número de pedras que compõem o cada arco das Arcadas. Dúvida ? XI, claro.
O que é raríssimo ver é algum grupo discursando calorosamente sobre temas jurídicos em suas diversas escolas hermenêuticas. Em acurado levantamento realizado nos últimos CLXXX anos de vida, parece-me que... talvez nenhum.

Como se disse, tudo é arraigadamente fundamentado em um precedente que fez História. Seria um viver do Passado, se não vivêssemos nas Arcadas. Parece mesmo que a cada dia aqui faz-se a História. Por isso, recomenda-se nunca faltar. Às aulas ? Não, não: ao Pátio.

Fomos invadidos por uma Gestão do XI que não queríamos. Como nada um dia depois do outro, mostraram a que vieram, esses. Traíram a confiança de todos os alunos, ignoraram os seus anseios, mostraram a que vieram: entregar essas Arcadas nas mãos dos seus financiadores presentes e futuros, aproveitadores politiqueiros profissionais. Quando questionados de que lado estavam, mostraram que não era ao lado dos que os elegeram, para representá-los. Absurdamente, puseram-se contra.
Costuma-se dizer que o ego do franciscano é aproximadamente XI vezes o tamanho do Território Livre. E cutucaram a fera com vara curta ! A letargia causada pela presença funesta da gestão com seus falsos e canhestros valores então, quase que num passe de mágica feriu aquele ego e acordou o então apático aluno que perambulava acabrunhado pelo Pátio.
O que se assistiu naquela manhã de 22 de agosto, misto de surpresa, indignação, pasmo e revolta, parece que lembrou a todos a sua unidade na dignidade franciscana: na calada da noite, qual num beijo de Judas, famigerados da Gestão, donos de toda a Verdade, haviam entregue as Arcadas nas mãos de seus apaniguados, sem qualquer aviso aos alunos.
O que se viu então era algo emocionante e aterrador. Emocionante a reação de coesão de todos em torno de uma única causa, a de defesa dessas Arcadas e do Território Livre. Aterradora, além de patética, a reação daqueles componentes da Diretoria do “XI de Agosto”: ao invés de conduzirem–se na humildade de quem cometeu um crime, o da não-representatividade, e retratarem-se perante o quadro total de alunos, dispuseram-se a enfrentá-los. Aferraram-se mais e mais na postura de donos da Verdade, em seus dogmas anacrônicos. Somos nós todos os errados. Acompanhados, claro, de todos os adjetivos de seu kit “socialmente-responsável”.
Como se disse antes, não se pode faltar ao Pátio ! Parece que franciscano acordou e disse: opa, tá na hora de fazer História ! E, em não havendo precedentes, criam-se-lhes.Eis a norma. E toda uma movimentação se fez, numa efervescência digna de todas as estórias que se contam nas Arcadas. E então, em certos momentos, numa verdadeira briga de gato-e-rato, esconde-se covardemente aquele Presidente. Buscam-no os alunos, cobram-lhe uma postura digna, uma resposta, um parecer. Algo como que pedindo-lhe que se desculpasse. Mas a resposta vinha com evasivas e fugas. São perigosos, os donos da Verdade ! Do alto de sua sapiência, um sorriso de escárnio encobrindo o medo. E uma Verdade diferente a cada hora.
Afeitos a sempre lidar com precedentes e não com aquele Direito escrito estudado, franciscanos buscavam avidamente na legalidade de um Estatuto, para fazer o que mais lhe é caro e habitual: o direito costumeiro. Para então consolidar a Destituição daquele Presidente, fato sem precedentes na História das Arcadas, abrem-se as portas do Salão Nobre, pois que nobre é o seu intento maior. E ali se encontraram os “Direitos” que conhecemos: o que estudamos, o positivo, e o que vivemos, nossas Tradições. Em uma assembléia onde se finalmente respirava o espírito franciscano, tão poderoso e tão mitigado, seria votada efusivamente a Destituição do cargo de Presidente, em revoltosa e covarde revelia, estritamente baseado na sua efetiva não-representatividade.
Seria mesmo o local do encontro daqueles Direitos: consuetudinariamente, a imensa maioria optou pela Destituição. Consolidando o Direito, positivado no Código Penal, 171 optaram que não. Essa simbologia retrata muito bem a verdadeira realidade de tudo.
Aplacou-se a ira franciscana e fez-se valer a sua sagrada dignidade e desrespeitada vontade. Podemos então, agora, retornar aos nossos precedentes, fundamentos das nossas mais belas Tradições. Fizemos outra vez a História. Sabemo-nos agora não-representados. Se querem continuar a ocupar o trono, que o façam. Sabendo-o embora vazio de poder. A Moral venceu. Devida e numericamente demonstrada pelo Legal.
Efetivamente, a Moral é mais Legal !

Luiz Gonzaga Arcadas, XXXI de agosto, CLXXX

terça-feira, agosto 28, 2007

Território Livre - a invasão na História e o presente

Para se entender o Presente, faz-se necessário conhecer o Passado. Como presentemente muito se fala sobre o sua função e qual a extensão Território Livre do Largo de São Francisco não custa fazer aqui uma Mágica e Misteriosa Viagem, para conhecê-lo e desvendá-lo, para que seja usado adequadamente e evocado com pertinência.

Nesses tempos em que as palavras são usadas e distorcidas ao bel-prazer de quem as ouve fica importante saber que esse Território Livre, por ser livre para manifestação de idéias, não significa ser res nullius.

A riquíssima História das Arcadas da Academia de Direito do Largo de São Francisco é pontuada de fatos que, por vezes nem fazem sentido e por outras afirmam a sua grandiosidade. A começar pela sua própria criação, em uma cidade absolutamente inexpressiva à época. “Não se poderia vislumbrar nada de bom que saísse de São Paulo”, era o pensamento corrente, contrário a sua criação por essas “terras frias e gente que fala de maneira esquisita”.

Tendo sido a sua criação feita por Decreto Imperial, a área física da Faculdade era território Imperial. Não havia competência do “Governador da Província” para quaisquer assuntos, para atuar sobre ela, ligada que era, diretamente ao Imperador.

Nem mesmo as investidas da Igreja Católica, inconformada com a expropriação do espaço podiam atingir a Academia. Ranço esse permanente, até os dias de hoje e evidenciado quando da morte de Julius Frank. Principiava ali o germe do que seria o Território Livre: se todo o imenso Brasil se curvava ao poderio da “Santa Sé”, o corpo e as idéias do grande Mestre ficaria mesmo nas Arcadas.

As idéias republicanas disseminadas entre os alunos e a ferrenha oposição de Líbero Badaró fizeram com que o Imperador mandasse calar aquela voz. Calou a voz, mas não as idéias: a partir de então, passou a Academia a receber alunos, cujas manifestações passariam a delinear o contorno ideológico deste território geográfico, constitucionalmente livre, incrustado na ainda incipiente São Paulo. Os nomes, todos aqueles que a gente proclama nos Pinduras, desnecessário aqui enumerá-los, muito embora o orgulho deles no incite a fazê-lo.

A história pessoal, as idéias e a atuação que cada aluno iria escrever ao longo de suas vidas, pontuaria o tracejado que forma o delineamento desse Território Livre, no seio das Arcadas. Porém, nunca se foi necessário recorrer ao “argumento de autoridade” de que os atos e idéias partiam dele, para que se fizessem ouvir, posto que ele continuava a ser inquestionavelmente livre.

Com o advento da República, a Academia de Direito continua a ser um território Federal. Portanto livre, dentro da esfera de ação poder Estadual. Há que se lembrar aqui, por ser um relato histórico que, até à gestão do presidente Washington Luís, a Presidência da República mantinha um telégrafo e um telefone ligados diretamente ao Centro Acadêmico “XI de Agosto”.

Foi apenas em 1932, quando da Revolução Constitucionalista que os alunos declararam oficialmente as Arcadas e o Largo como um Território Livre. Agora geográfico e ideológico. E foi aqui mesmo que, além de abrigar a iniciativa das idéias e liderança, esse nosso Pátio recebia a adesão de paulistanos, na guerra contra as manobras do então presidente, Getúlio Vargas. Era o Território Livre cumprindo a sua real função, não sendo de apenas alunos, mas compartilhando com eles os seus ideários. A Liderança sempre caracterizou as Arcadas e os seus alunos. Há no Pátio o Monumento em homenagem aos mortos na causa da defesa, tanto das Arcadas quanto de São Paulo. Porém, para atuar no Largo e nas Arcadas, apenas a força Militar Federal teria competência. Os interventores governantes em São Paulo não tinham competência para entrar , tornando amarradas as mãos da Presidência para combater os opositores.

A forte oposição àquele Presidente, tornado ditador, era congregada nas Arcadas. Ele então arquitetou o plano mais diabólico que se tem notícia na História do Brasil: manipulando os anseios naturais do povo de São Paulo, tentando também arrefecer os ânimos e a oposição ao seu governo, criou e presenteou o Estado com uma Universidade. Agraciando às Arcadas com o posto de primeiro Reitor daquela Universidade, a ser ocupado por um aluno, tornou a São Francisco uma unidade dela. Era o absurdo do “criador tornado criatura”.

Permanece e permanecerá para sempre o Território Livre ideológico, pois que não foi o território geográfico que tornou grande as Arcadas. Ela continua a abrigar a inigualável efervescência cultural dos alunos, permanecendo autônoma ideologicamente, recusando-se, como num retrocesso, a estagnar como simples “criatura”.

Essa, a História. Aos aficcionados em datas e nomes, reportem-se à historiografia. Aqui, apenas uma crônica.

XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI*XI

Posto isso, chegamos ao Presente.

Após um breve interregno de apatia e desencanto, as Arcadas despertam. A quase totalidade de alunos se insurge contra a idéia de que somos uma terra de ninguém. Quando um pequeno grupo de alunos, confundindo representatividade com propriedade, entrega a bandeira do Centro Acadêmico “XI de Agôsto” à revelia dos que os elegeram, permitindo a Invasão das Arcadas. Uma evidente traição, pois que devem nos representar e não agir como se fossem “donos” dela

Irresponsavelmente, ao invés de admitirem o grave crime cometido, ainda tentam sustentar uma tese anacrônica e falsa, com um mesmo discurso também anacrônico e falso. Para esse pequeno e traiçoeiro grupo, quaisquer que divirjam das idéias postas em seus corações e mentes, por meio de lavagem cerebral, somos todos tachados de reacionários, fascistas, racistas, autoritários, opressores, intolerantes, discriminadores e toda uma gama de adjetivos que decoraram e nem ao menos têm noção de sua exata valoração. Apelativamente, recorrem a frases feitas, distorcendo-as ao seu intento. Incrível como na São Francisco temos cinqüenta donos da Verdade absoluta, que são eles, e 2250 verdadeiros imbecis !

Com uma postura infantil, ingênua e burra, querem deter para si o monopólio de serem os únicos preocupados com todas as mazelas do Brasil. Para defender o que chamam Direito, cometem crimes, esquecendo-se que Liberdade e Democracia pressupõem deveres e não só direitos. E querem manter o antagonismo mentiroso e hipócrita que existe na sociedade em geral: a luta entre o Bem e o Mal, sendo eles, obviamente o Bem. Isso não cabe nas Arcadas. Nunca fomos e nunca seremos manipulados por interesses escusos, que se utilizam dos chamados “movimentos populares” para lograrem seus reais e sorrateiros interesses. Agitadores profissionais aportaram aqui, travestidos de “coitadinhos”. Um intento mentiroso jamais terá a adesão de alunos, como não teve. Por não sermos passíveis de subserviência, utilizaram-se e manipularam os membros da gestão do “XI”.

Disseram que não somos donos das Arcadas. Pelo menos nisso têm razão. Somos passageiros, posseiros pacíficos, a justo título, conquistado com o ingresso pelo vestibular e o Território Livre é o local designado para as nossas legítimas manifestações. Ou outras, às quais nos irmanarmos.
Quando optaram pelo omissão da verdade aos alunos, a pedido dos manipuladores dos movimentos sociais, mostraram muito bem de que lado estão: votaram por eles. Pois que fiquem com eles, então. Permitiram que as Arcadas fossem invadidas por líderes aproveitadores. Numa trágica mudança histórica, desta vez a força Estatal entrou aqui, não como antes, que nunca entrou efetivamente. Mas atendendo a louvável pedido do Diretor da Faculdade, no interesse dos alunos e em proteção a esse sacrossanto solo das Arcadas.

Esse antagonismo que quere criar não cabe aqui. É elementar que, em havendo antagonismo entre representante e representado, fica simples a questão: retira-se a representatividade por ela não ter sido por eles efetivada. Antes, traída.

Por essa razão, deve a Gestão do “XI de Agosto” fazer uma retratação pública, sendo esses membros tornados inelegíveis.

Quanto aos demais alunos, que fique o apelo para que, nas próximas eleições, não se deixem mais uma vez enganar por falas mansas e traiçoeiras, nem por aproveitadores de última hora, votos de amizade, propostas faraônicas e mentirosas e etc.

Tudo o que queremos é a São Francisco para os franciscanos. Só isso, nada mais. Mostre a sua cara e defenda essas Arcadas.

Luiz Gonzaga Arcadas, XXVIII de agosto, CLXXX

sábado, agosto 25, 2007

XI do Baile

(O "anônimo" é inconstitucional. Portanto, comentários assim serão desconsiderados)

Quando INVADIMOS ontem o Baile do XI ficamos CHOCADOS e confirmamos algumas coisas:

I - Se a Gestão tivesse o mínimo de bom-senso, retratar-se-ia diante dos alunos. Porém, é falta de bom-senso esperar bom-senso desse pessoal. Ai, ao invés de eles caírem na real, preferem manter aquele treinado sorriso de escárnio e fazer cara feia aos seus opositores. Que coisa feia !

I I - Na Invasão das Arcadas tinha pão-com-mortandela e um copo de Tang. No Baile tinha um pedaço de crepe e um naco de sorvete. Com a diferença que a invasão foi de graça para os invasores e nós pagamos 55. Isso é que é ter mentalidade capitalista !

I I I - Acho que o crepe estava no inconsciente coletivo da Gestão. Afinal, eles são pequeno-burgueses e, na Revolução Francesa, mandaram comer brioches os descontentes. O Marx mandou dar pão-com-mortandela. Daí deu pane nos poucos neurônios funcionantes da cumpanherada. Na dúvida, prevaleceu o que realmente são: pequenos burgueses, travestidos de benfeitores da humanidade.

I V - Eu sou um otimista. Estou aqui acreditando que o Fórum fez essa imensa cagada apenas pra aparecer na mídia. Com esse marketing extra, venderam todos os convites para o Baile do XI. Isso é que é ter mentalidade capitalista ! É isso: por mais que usem o kit-discurso marxista, lá no fundo aparece a verdadeira intenção da cumpanherada. São mesmo, capitalistas-da-gema !

V – Parece que a pequenina e feia comunista que fez o test-drive inaugural do Trepódromo da Salinha do Saju durante a Invasão não conseguiu estar presente no Baile do XI. Como eles têm um imenso e demonstrado espírito franciscano, ela certamente deveria estar em casa, cantando aquela nossa graciosa paródia: Pomada ! Pomada ! Pomada ! Vou, passar pomada eu vou...

V I – Eles cometem erros grosseiros em seus escritos, Canhestros, O Pátio, etc, e tal. Não colocam o nome da São Francisco n’O Pátio. Assim, erraram até o nome da Rua, no convite do Baile. Mas eu acredito que o erro foi ideológico. Para estar mentalmente afinados com os seus consentidos-invasores, escreveram: Rua Quat, que fica em Ferraz de Vasconcelos. Afinal, eles tinham que mostrar o convite pra cumpanherada. Vila Olímpia, nem pensar ! Bairro da classe pequeno-burguesa, exploradores, etc, etc, etc. (Vide kit-comunista completo: não dá pra reproduzir que é muito longo). Tão perto aliás de suas próprias casas, no Morumbi e cercanias.

V I I – O público do Baile era mais do que o dobro do que havia em 2006. Bom. Bom. Muito bom. Mas esse fato positivo não vai entrar nem como atenuante para a pena do grande crime de não-representatividade cometido contra os franciscanos. Faremos sim, uma Assembléia Geral sim. É, sim, o vocabulário deles é chato, sim, porque eles são comunas sim e falam sempre assim, sim.

V I I I – Como naquele interminável Lost, para eles nos somos “os outros”. Inimigos deles. Só que eles estão lá pra nos representar. Nós temos o direito de considerá-los como realmente são, “os outros”. Eles não. No Baile, todos confraternizavam indiscriminadamente, apesar de outras naturais divergências, pois que festa na Sanfran é pra isso mesmo. Enquanto isso, “os outros” permaneciam grudados, feito arroz mal-feito, confraternizando entre si, quase à porta de saída. Bom, eles estão mesmo à porta de saída. Da gestão.

I X – Fidel podia discursar durante horas a fio, pois os pobre cubanos eram e são obrigados a engolir. Não têm nada mais prá engolir. Mas com a gente, a coisa é diferente. Nosso nobre (não, não é pobre. É nobre mesmo), aristocrático e travestido de defensor-dos-frascos-e-compridos Presidente quis teimar em discursar. Já disse que é difícil cobrar bom-senso desse pessoal. E dá-lhe vaia. Que língua a nossa ! Sempre me perguntei se filologicamente, o verbete “vaia” não seria uma redução da expressão toda, qual “vaiàputaquetepariu”, “vaiàmerda” e outras variações. Em resumo, a vaia, com toda a pertinência. Ô burrice, viu !

X – Mais uma vez, digo que sou um incorrigível otimista. Até o dia 20 de agosto, a Sanfran mais parecia uma OniOnze da vida. Tudo morno, tudo apagado, tudo muito comunista pro meu gosto. Tanto que dava-me mais prazer estar no Túmulo do que no Pátio. Ai a (indi)gestão pensou: vamos fazer isso aqui voltar a ser a efervescência que é, a verdadeira Sanfran ! E arquitetaram essa imensa palhaçada. Agora sim, depois do choque, acordamos todos e estamos vivendo um clima de acordo com nossos tão criticados umbigos, desreprimiu-se de todo o imenso ego franciscano, coisa e tal. Essa, uma teoria. Que tal ? Você não acha que foi apenas e tão-somente uma cagada mesmo ? Tá bom. Concordo, sem otimismo.

X I – Por culpa da Gestão, franciscano agora recebe mensagens aos montes em sua caixa de mensagens. SPAMs em XI itens, toda hora: leia o blog ! leia o blog ! Os funcionários d’A LATRINA estão fazendo hora extra, não-remunerada. Uma total exploração ! Isso porque tanta merda não caberia em apenas uma edição. Mas espera-se que essa crise passe rapidamente. É só tirar essa Gestão do XI e pronto. Por isso, assine a Lista pedindo a Assembléia.

Luiz Gonzaga, com olhos de ressaca ---------- Arcadas, XXV de março, CLXXX

sexta-feira, agosto 24, 2007

Informe Extraordinário

O Forum da Esquerda, muito embora não costume divulgar aos alunos os assuntos de seus interesses, EXCEPCIONALMENTE informa:

I - Não é mais necessário PAGAR pelo convite para o Baile do XI.
Basta chegar lá e INVADIR. Eles apóiam.

I I - No Baile do XI, será servido também o "pão-com-mortandela" que sobrou. Reciclagem, para um mundo franciscano sustentável.

I I I - A (indi)gestão do Forum declara: não consideramos a Sanfran como a nossa Casa, porque nossa casa, uma cobertura triplex no Morumbi e muito melhor. Dá inclusive prá refletir melhor sobre a pobre vida dos pobres e oprimidos. Com a vantagem de que não vai ser invadida: temos segurança particular.

I V - O Forum da Esquerda revela, finalmente, A VERDADEIRA FUNÇÃO da Salinha do SAJU:
transformou-se no TREPÓDROMO oficial daquela Liga de Justiça, a favor dos frascos e comprimidos.
Na invasão, enquanto a Gaviões da Fiel liderava os Movimentos Sociais , os movimentos sexuais corriam solto naquela salinha. A liberdade de ir e vir também.
Como é mesmo o nome daquela comunistazinha clone da Maga Patalógica ? Pois então... ahuahauahauahauahau. Ela finalmente conseguiu ! Viva ! E saiu de lá totalmente transparente, como os atos da Gestão !

Se eles informassem sempre aos alunos, diriam a verdade, para que queriam a salinha. Teriam adesão total dos franciscanos !

Isso sim é que é ISONOMIA ! Igualdade para todos. Tínhamos o Porão, a salinha do RD, da Academia de Letraz, os banheiros do Prédio Anexo, as cortinas da Sala dos Estudantes. Agora, o trepódromo do Saju.

Nem tudo é feio nessa vida comunista. Que bonito isso !

Por isso é que o franciscano diz: estamos fudidos com essa gestão !

V - O Forum da Esquerda resolveu definitivamente a questão de vagas para a Sanfran: como eles acham uma GRANDE MERDA a gente ter direito adquirido, porque conquistamos uma vaga nas Arcadas por mérito legítimo no vestibular, eles DELIBERARAM então:

vão DOAR as suas vagas, por meio de sorteio.

Isso será ótimo, porque resolveremos DOIS problemas: o das cotas e nos livrarmos deles também. eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeebaaaaaaaaaaaa!!!!

V I - Depois da Invasão, os calouros acordaram e estão em estado de CHOQUE. A debandada é geral ! E olha que esse negócio de ser EX-comunista era coisa que só acontecia a partir do segundo ano. Agora, vemos uma multidão de calouros pulando fora dessa barca furada.

Isso sim é bonito !

Acorda, calouro !!!!!

Valha-me meu São Francisco. Atendeu às minhas preces !

V I I I - Fórum declara: Nós fazemos istória ! Foi às custas de gestões como as nossas que formou-se o ANIMUS JOCANDI. Palhaçada por palhaçada, é melhor escrever A LATRINA do que propor algo que seja sério. Com isso, não é pra menos que o Zé Simão seja franciscano. Rárárárárá. E tem o Lalau e sua TROPA que também aprovava INVADIR o erário.

I X – Na Pauta dos 18 pontos, o Fórum propõe mais um: que as franciscanas deixem de se depilar. É tudo pêlo social.

X – – Nosso dupla de líderes se queixa: isso de os franciscanos se rebelarem, foi um golpe baixo: acertaram a minha testa e quase quebraram o meus enfeites. Já isso pegou outros companheiros por trás. Mas ai eles gostaram.

X I - Quando a gente tiver mais coisas pra informar aos alunos, se os nossos patrões da une, mst, gaviões, etc, permitirem, a gente informa. Deus é fiel. A Gaviões é Fiel. A gente também somos FIDEL.

é isso ai, cumpanherada !

Luiz Gonzaga
Agora, membro do movimento VIXI !– Vamu invadi u XI
Que, como testemunha ocular, vê até o que nem precisava.
E que, se é prá baixar o nível, não faz a mínima cerimônia !
E se diverte.

quarta-feira, agosto 22, 2007

(que seja o último) Fora da Esquerda !

A invasão está muito bonita e foi um sucesso total. Né, companherada ?”
(palavras do Sapeca, digníssimo Presidente do CA)

O Diretor Rodas estava cumprindo o seu dever, quando pensava em preservar tanto as Arcadas em si, quanto o patrimônio. A Polícia Militar estava cumprindo o seu dever quando, atendendo ordens, desocupou a Faculdades dos invasores. Apenas o Fórum da Esquerda não sabe o que é cumprir o seu dever: avisar antecipadamente os alunos de tal invasão.

Para aqueles que ainda teimam em não reconhecer: esse pessoal que se auto-denomina de esquerda (muito embora desfilem de Audi e passem férias em Cancun) não têm o espírito franciscano. Quando deviam dar satisfação aos alunos, deram-na para os apaniguados da Gaviões da Fiel, liderança entre os invasores, nessa grande “luta pela educação”, a qual têm toda a pertinência: afinal é uma Escola... de samba. Ao não avisar os alunos, “para não atrapalhar a invasão” mostraram bem de que lado estão jogando. Conforme queríamos demonstrar, seus corações e mentes estão voltados para tudo o que não seja Sanfran. Pensar nas Arcadas é ser umbiguista, dizem eles.

Os alunos que os elegeram, elegeram-nos para serem seus representantes. Não para ser representante de nada mais. Eles sim é que estão enganados. Quem foi que disse, alguma vez na História, que o Centro Acadêmico “XI de Agosto” tem que ser o arauto de alguma coisa ? Se for prá defender alguma “causa” que seja de interesse nacional, com a concordância dos alunos, então deve sim o XI se manifestar. Mas só assim. Fora isso, o “XI” deve cuidar das Arcadas e dos alunos. Ter o espírito franciscano” não é algo sobrenatural É, apenas e tão-somente, priorizar essas Arcadas e seus alunos. Dar-lhes satisfação e solicitar autorização para quaisquer atos externos é o mínimo que uma gestão decente deve fazer aos que os elegeram.

Após essas palavras, vamos aos fatos realmente ocorridos e presenciados, até 1:15h:

- Por volta das 18h, os invasores estrategicamente ocuparam inicialmente a Passarela, impedindo o livre trânsito de quaisquer que não eles próprios: professores, alunos, ou funcionários, etc. Isso é crime contra o direito de ir e vir.
- Ocuparam a entrada principal do Largo e também a da Rua Riachuelo, com o mesmo proceder. Isso também é o mesmo crime.
- Por meio de “coação moral irresistível” obrigaram alunos a saírem das salas de aulas. Isso é crime.
- Eles se auto-imputaram o direito de exigir identificação de alunos para entrar na faculdade. Isso é crime de falsidade ideológica, pois não têm essa competência.
- É mentira que um funcionário pediu identificação de um aluno, pelo fato de o mesmo ser negro. Por um simples fato: eles “permitiam” que apenas os seus ficassem nas citadas entradas. Não havia funcionários nas entradas, como nunca houve. Pelos menos nos últimos 180 anos. Aliás, mencionemos o nome: Vinícius Mota de Jesus. O mesmo que, ano passado, chutava a cabeça de franciscano caído no chão. Ano passado era apenas mais um comunista covarde. Hoje, além de covarde é deslavadamente mentiroso.
- Eles tentaram (e não conseguiram) expulsar alunos da Sala dos Estudantes. Isso é uma estupidez !
- Alunos que apóiam manifestantes, manifestantes o são. E eles eram um pequeno grupo, constituído da própria Gestão e de alguns seguidores. Eles, junto com os agitadores profissionais sobejamente nossos conhecidos, de todas as manifestações, líderes dos “movimentos em nome dos populares” estavam comemorando no Porão, no Chopp do XI, para a alegria do Alemão, que lhes fornecia incontáveis garrafas de cerveja. No ar, não tinha só alegria. Mas também um cheiro bastante característico empesteando o ar. Arriscaria até a dizer que era maconha, sei lá ! É muito importante frisar que foi esse o cenário que a Polícia encontrou no “cândido e ingênuo” Centro Acadêmico. Não poderiam mesmo entrar distribuindo rosas...
- Quando da chegada da Polícia, alunos foram abordados e inquiridos. Ao se identificarem como alunos e não fazendo parte dos invasores, foram orientados, sem qualquer violência, a se retirar. A Faculdade seria esvaziada, como deveria estar, desde às 23:45h como normalmente acontece. Voltando ao afirmado acima, a Polícia, no cumprimento hierárquico do dever deveria retirar os manifestantes. E, também como referido, aluno-manifestante manifestante é. Impedir a ação policial é crime.

Alunos que chegaram pela manhã, informados, ou não do ocorrido, mostraram-se indignados pela ocupação, pela desocupação e, muito mais: indignados por terem sido enganados pela Gestão. Parece que é mesmo um mal dessa nefasta esquerda que assola o Brasil. Afinal, eles sabiam ou não sabiam da tal invasão ? Ora diziam que sim, ora diziam que não. Diante da estupefação dos alunos e da sua insatisfação, o Fórum da Esquerda propôs uma Assembléia na Sala dos Estudantes. E o que aconteceu ali foi patético.

O que era pra ser uma assembléia de alunos mais parecia uma reunião do Fórum da Esquerda. Que antes se realizava no Hall dos Elevadores e hoje, infelizmente, ocorre na Sala dos Estudantes. Foi um desfilar de “companheiros” se revezando indefinidamente, no mais das vezes aplaudidos de pé, pela imparcial audiência. Com os “n” companheiros, a fala de sempre. Bingo ! Sim, sim, você acertou. Tudo aquilo, de sempre. Recuso-me a repetir. Cansei.
Por culpa da Gestão tivemos realmente que suportar uma intervenção policial em local que nem mesmo o Exército jamais entrou. Mas, aqui, mais uma vez, entram eles, pra distorcer os fatos de como eles realmente o são. A ação policial de desocupação não foi contra os estudantes da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Não há que se apelar para os velhos chavões de repressão à liberdade de pensamento e de expressão do tempo do governo militar. Aqueles eventos eram realizados por alunos. A intervenção policial era então, contra os alunos. As quais, obviamente, somos todos contra. Mas agora a situação é outra. Mais uma vez, o Fórum da Esquerda quer distorcer os fatos e, utilizando-se daquelas frases de efeito, isentarem-se da responsabilidade de terem mentido aos 2300 (menos eles) alunos das Arcadas. A ação policial ocorreu para tirar da Faculdade quem não deveria estar lá. Infelizmente, essa a realidade.

Repetindo o que foi dito na pseudo-assembléia: o que vimos foi uma gente muito feia, feia e ameaçadora, tentando nos coagir a sair das aulas, sair da Sala dos Estudantes, sair das Arcadas. Por óbvio, não conseguiram. Se a visão era feia, o que ouvimos também era feio: “a-há, u-hu, a São Francisco é nossa !” . Não, a São Francisco não é deles,. É nossa, dos seus alunos. Ou pelo menos deveria ser, não fosse a funesta omissão do Fórum da Esquerda. E aqui não têm nada de racismo ou discriminação, como quiseram fazer parecer, distorcendo as coisas, mais uma vez. Tenho eu o sagrado direito de achar pessoas e atos feios ou bonitos. Achei-os feios !
Foi isso que aconteceu. Ipsis litteris.

A São Francisco para os franciscanos é o que sempre defendi. Se alguns ainda achavam que a paráfrase da Doutrina Monroe era apenas animus jocandi, está provado agora que não. Devidamente comprovado pelos lamentáveis fatos. Sente-se agora, nos olhos do franciscano a sua indignação e anseio: queremos a Sanfran de novo pra nós !
Para tanto, colheremos tantas assinaturas quanto necessário para que seja feita uma Assembléia Geral de alunos, cuja pauta é a destituição do Fórum da Esquerda da Gestão do “XI de Agosto” e sua conseqüente inegibilidade, fundamentado na sua não-representatividade da vontade geral dos alunos. Assine.

Luiz Gonzaga, testemunha ocular dos fatos Arcadas, XXI de agosto, CLXXX

sexta-feira, agosto 03, 2007

O PINDURA - prá quem quer dar e não sabe como

Resolveram fazer uma Palestra intitulada “Tradições Franciscanas”, na Sala dos Estudantes. Muito bom, isso ! É preciso ensinar os calouros. O Prof. Otávio, como bom Peruólogo, discorreu sobre a Peruada (oba !). O Professor Modesto filosofou sobre a Antropologia e outros quetais, sobre as nossas mais queridas e saudáveis tradições.
E então, como não poderia deixar de ser, uma excelente aula de falsidade ideológica: alguém que não é franciscano, e muito menos professor, como sugeriu ser, dissertando alegremente sobre o Pindura. Pode ter sido engraçado, mas verdade não é. Restaria também pensar se tal show, embora fundamentado em irrealidades e falsidades, não teria o fim de conseguir o resgate de alguns votos para as eleições de outubro. Em assim sendo, não teriam o meu, dada a má-fé da proposta.
Por isso resolvemos colaborar.
Como dito, é preciso orientar os calouros, não mentir pra eles. Pode não ser tão engraçado, mas é tudo verdade
Esse roteiro tem o fim de orientar, se for necessário, os calouros, nessa nossa árdua tarefa de manter viva a tradição do Pindura. Comemoração exclusiva de alunos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.
Afinal, aniversário das Arcadas! Temos que atender aos diversos convites recebidos dos Restaurantes, para essa comemoração.


Pindura
o ascendere para que o calouro seja elevado à condição de franciscano.

I. O infeliz do calouro, pra dizer que é da Sanfran tem que ter dado ao menos um Pindura.
II. Pegue vários ofícios, se na salinha abandonada tiver alguém. Corrija a trova que diz “...cobrar o XI”. Não é cobrar “o”, mas “do”. É que a periferia jurídica também se arrisca em alguns penduras por ai. Como não podem dizer “do XI”, porque não são alunos, cantam “no XI”. Coisas da vida! Eu mesmo, em minhas andanças por diversas delegacias, já orientei a incautos delegados que mandassem prender pucanos, orelhas, fmuhhhs da vida que, fraudulentamente, queria se locupletar, comemorando um aniversário que não é deles. Sugiro façam o mesmo !

III. Escolha um bom restaurante. Nada de miséria. Esfiha, sanduíche, não é Pindura, é pobreza de espírito. Junte grupos com meninas e meninos, na máximo meia dúzia. Para um restaurante grande, pode juntar um, dois ou mais grupos. Adicione um veterano, para não sair merda. Ele conhece o script.

IV. Entre no maior estilo. Se perguntarem se é Pindura, jure por todos os deuses que não é. Uma boa pergunta nessas horas é: que é esse negócio de Pindura?

V. Sente-se tranquilamente. Nada de ficar cochichando, olhando pros lados, ficar assustado. Aja naturalmetente.

VI. Peça pratos sem olhar os preços (já que você não vai pagar), mas não seja morto de fome. Peça apenas aquilo que deseja realmente comer. Sem exageros. Peça sempre um ótimo prato. Se for bebida, nada de cerveja. É coisa de miserável. Desculpe: de pessoas hipo-suficientes economicamente, pra ser politicamente correto.

VII. Aja como se você comesse em restaurantes de bom nível todos os dias. A gente sabe que você dá perdidos até no Bandejão, mas esqueça. Uma vez na vida, aja como se você tivesse classe.

VIII. Nem por um segundo pense Direito, não fale de Direito, de vestibulares, de pucanos. Nada. Nada. Fale de futebol, do Iraque, do cacete a quatro, mas nada de Direito.

IX. Se bebeu bebidas alcoólicas, como vinhos de ótima qualidade, saiba que você vai pagar isso. E também os dez por cento dos garçons. Esses dois itens são sagrados. Peça a conta. Separe o dinheiro da bebida e dos 10%. Mas não seja maloqueiro. Nada de se debruçarem todos sobre a conta, ficar fazendo contas e etc. Isso é coisa de pobre. Você está comemorando ser a elite, não se esqueça disso ! Calculadora, nem pensar. Coloque o dinheiro na caderneta da conta, incluindo o Ofício. Chame o garçon.

X. Cantem todos: "garçon tira a conta da mesa e ponha um sorriso no rosto . Seria muita avareza cobrar do 'XI de Agosto'". Em tempo: a trova deve ter os versos repetidos, não esqueça. O orador deve se levantar e dirigindo-se ao público, agradecer o honroso convite feito pelo Restaurante, para que pudéssemos comemorar em alto estilo o aniversário das Arcadas. Afinal, não é todo dia que se comemora ter 180 anos ! Ressalte também a hospitalidade e as grandes qualidades e fama daquele restaurante. Agradecer pela oportunidade de comemorar o aniversário das Arcadas naquele ótimo restaurante. Todos aplaudem. Em seguida, se não aceitaram a Festa, exija que todos devem ir para a Delegacia. Continue cantando outras trovas. Não repetir as trovas. Não dê, outra vez, uma de maloqueiro: nada de “Ô, leleô, leleô...”, nada disso. O Aniversário é das Arcadas. Cantemos as trovas !

XI. Não pode arreglar de jeito nenhum. Eles vão querer ameaçar, dizer que é crime, que não vai poder prestar concursos e outras besteiras. Tudo baboseira. Na delegacia diga que tem o dinheiro para pagar, mas que é uma comemoração e que isso não tem preço. Por isso não vai pagar. Não faça acertos. Você não está pedindo desconto, está comemorando. Vai pagar a bebida e os 10% e só. Nada de acordos, de pagar parte, etc. Isso não é Pindura, é esmola. Agora, algo muito importante: comporte-se na Delegacia como se estivesse em uma delegacia. Lá não é lugar prá brincadeirinhas e palhaçada. Porque você, agindo assim, terá que permanecer outras boas horas lá. Seja sério com o Pindura: faça certo !

Pronto. Depois de algumas horas de delegacia, você estará pronto pra voltar para o Porão e contar o fato e todas as vantagens que quiser acrescentar. E reunir um outro grupo, para um novo Pindura. Mude apenas o bairro, para não cair na mesma delegacia e ouvir aquela frase conhecida : você, de novo ?
Ah, importante: guarde o Boletim de Ocorrências, para anexar ao seu Histórico Escolar Franciscano.

Algum folclore sobre o Pindura:


I - Não é Pendura. É Pindura.

I I - Começou em cerca de 1850, quando donos de Pensões, Pousadas e restaurantes ofereciam um almoço especial aos franciscanos, no dia XI de agosto. A finalidade era descolar um bom partido prá suas filhas que serviriam, no caso, de prato principal.

I I I - Depois, como não tinha tanta donzela disponível para a sobremesa, ficaram apenas com o prato principal e passaram a Pindurar a conta. E esquecê-la.

I V - Depois, com o advento de mais 800 pseudo-faculdades, a coisa agora virou putaria e o Pindura é dado como se fosse no Dia do Advogado, 11 de agosto.Não é ! Oriente os delegados para que prendam aqueles orelhas. Isso é falsidade ideológica: querem comemorar o nosso aniversário, XI de agosto.

V - Boletim de Ocorrência não impede de prestar concurso. Você pode ter um BO por "n" motivos: assédio sexual no escritório, por estupro, numa batida de carro, por vomitar pela janela do XIº andar, chegando da Peruada e etc. Ou seja, não é o Pindura que poderia atrasar a sua vida, mas outras merdas que você vai certamente fazer pela vida afora.

V I - Não use a desculpa acima para arreglar na Delegacia. Se você é um cagão, assuma: não faça Pindura. Junte-se a outros franciscanos que gozam o tesão alheio, afirmando ter estado em Pinduras que não fizeram. Se você quer contar prá todo o mundo que quer ser juiz, não precisa usar essa desculpa, conta logo !

V I I - Tire uma cópia de BO e junte-o ao seu Histórico Escolar. Vai aumentar a sua média-com-pão-com-manteiga-ponderada.

V I I I - O maior Pindura foi dado em julho de 1906, quando os franciscanos apresentaram o Santos Dumont em Taubaté e foi feito um grande banquete para toda a cidade. Santos Dumont estava em Paris e mandou carta ao XI, comunicando que tinha feito o vôo no 14, 14. Alguns franciscanos aproveitaram que não tinha televisão, google, internet e fizeram-se passar pela comitiva do nosso Ícaro tupiniquim. Depois, o prefeito ficou um pouco "chateado" com a Sanfran. Mas, dado que o Presidente da República era um franciscano, resolveu deixar prá lá.

I X - O segundo maior Pindura foi o casamento feito no Maksoud, na década de 1980. Absolutamente genial !

X - O maior Pindura do século XXI foi em 2004. XXI franciscanos, no Bolinha, que alegou que também era adevogado, mas que não vinha ao caso onde tinha se formado. Esse Pindura foi divulgado em rede nacional pela Record. Um luxo, digno de franciscanos !

X I - Coloque aqui o novo recorde, no ano de 2007:

***********
Agora, chega de tanta falação. Vá fazer o Pindura !

(excerto do Livro As Arcadas: segredos, magia e estórias) 

sexta-feira, julho 20, 2007

Muito embora, Amigos

Assim como tantas outras coisas
A Amizade é algo que só ocorre entre seres humanos
Muito embora haja muito cachorro por ai, cheio de amigos

Amigo não tem sexo mesmo sem serem anjos
Muito embora algumas situações inusitadas eventualmente aconteçam
Para o nosso conforto e deleite

Ter amigos é como ter dinheiro
A gente o quer e muito
Muito embora eles não sejam aceitos em caixas de shoppings ou assemelhados

Amigo tem algo de Deus
Pois é ele que escolhe você
Muito embora, e talvez por isso, o melhor disfarce do Demônio seja o com cara de amigo.

O Amigo não é aquele igual a você
O que concorda com tudo o que você diz
Mas tem aquela maldita mania de sempre ser do contra
Muito embora a gente sempre acabe achando que ele tem razão

Amigo é aquele que sempre achamos não ter problemas
E que sua orelha é em formato de lata-de-lixo
Pronto para enchê-la com as nossas estórias
Muito embora no dia seguinte ocorra a o contrário.

Amigo não é aquele para horas de “tristeza ou de alegria”
Pois em real Amizade não há divórcio
Muito embora, em certas horas, você deseje mandar o Amigo pra casa da mãe dele

Ganhar um novo Amigo é como ganhar na loteria
E, com cada um deles, somos um novo-rico
Muito embora, e melhor, essa riqueza nova não venha descontada do Imposto de Renda

Amigo é aquele cuja mulher é a árvore do-bem-e-do-mal
Posto que você não possa trepar nela
Muito embora acidentes sejam inevitáveis e compreensíveis.
Afinal, Amigo é pra essas coisas.

Amigo mesmo
É aquele que lê o que você escreve e
Sinceramente, declare que você
Já escreveu coisas melhores.

Enfim, ter amigos é tão bom quanto estar vivo
Muito embora, haja amigos que sejam de morte !

Amigo mesmo não fala sempre bem de você
Exceto quando de algum interesse
(aliás, estou precisando muito falar contigo...)
Muito embora falar mal não seja boa referência
Pois que senão teríamos milhões de amigos.


20 de julho - Dia do Amigo - 2007

Envie essa mensagem para os seus Amigos.
Aproveite e mande para os inimigos também. Daí vai aumentar bastante o número de mensagens. hehehehehehe

quarta-feira, junho 13, 2007

O Casamento PUTATIVO e as especialidades jurídicas

Hermenêutica - IMPUTÁVEL à Montes de Piranda
É uma difundida (literalmente) instituição em nosso meio, dado que historicamente no Brasil “aqui, tudo dá”. Muito se especula sobre as suas origens, mas é de fácil depreensão que o respeitável brasileiro se deu mal. Aí então surgem as especialidades jurídicas, com o fim de pacificar a demanda. Tudo vai depender do animus (o seu e o dela, da putativa), para o enquadramento desse casamento geralmente desastrado e desastroso, em um ou mais ramos desse nosso Direito que a tudo se presta, principalmente a quem não presta.

Direito Civil

Esses são os casos mais simples, onde você descobre que o que se mostra putativo hoje já o era, antes de você cair nessa roubada. Então, a você, um incorrigível e desavisado romântico, o direito se presta a desenfeitar a sua testa. Saiba você que ela ficará com a azienda, os fundos de comércio, subvertendo a máxima romana de que o Principal ficará com a Acessória. No caso, sua ex.

Direito Comercial
Suponha-se que você, um experimentado Varão, já sabia dos pendores putativos de sua amada. Mas resolve desposá-la, com o nobre fim de incrementar a renda familiar. Ai já é o caso de um Contrato Social, ao invés de Certidão de Casamento. Você Administra e ela comercializa o negócio, visando gerar o capital. Para quaisquer desavenças, basta um Distrato e tudo resolvido. Ante que você perceba que le montou uma extensa rede de franchising e que você não está recebendo os seus royalties por isso.

Direito Empresarial

Um caso mais sofisticado do que no Direito Comercial, já que a putatividade apenas se dará entre Executivos. Caso a linda consorte seja mesmo boa-de-bolas, você pode até vender o passe dela a um deles, com um ganho extra, a título de luvas. Trouxa nasce toda hora. Vide você.
Você entrou sem querer em uma sociedade anônima pensando ser personificada. A única boa ação preferencial é vender a ordinária.

Direito Constitucional

É um recurso, quando a sua eleita é do tipo Raimunda. Com os proventos colhidos devido a sua putatividade, há que se investir no visual. Com os recursos da Medicina, via silicone, peeling, drenagens, lipos e outras parafernálias, não há mais feias. O que há são as sem dinheiro prá deixar com os Cirurgiões Plásticos, visando a remodelar a sua Constituição. Você deve fazer um pacto ante-nupcial, pois que, em caso de um Distrato dos vínculos, ela não poderá devolver os incrementos. Falsos, muito voluptuários, mas agora parte do principal. Você, como acessório, deverá estipular a sua parte em dinheiro mesmo. A carne pode ser fraca, mas não é mais sua. Aliás, nunca foi.
Direito do Trabalho
Há ainda incautos que se dirigem a essa tão respeitável instituição chamada casamento com o intuito de arranjar uma boa empregada, no melhor estilo cama-mesa-e-banho. Vai notar que a espécie está em extinção, da maneira mais penosa que há. O feijão vai queimar, na hora da cama estará com dor de cabeça e banho ela vai tomar no... vizinho. Daí que você dançou, camarada ! E não adianta a demissão alegada por justa causa, porque, na frente do juiz ela ainda vai afirmar chorando que você, na hora H, arreia. E já faz seis meses que está na maior secura ! Nessa hora, muito cuidado, caso o juiz queira consolá-la. Ela pode sorrateiramente passar-lhe o celular... E tenha absoluta certeza: ela fará isso em altos brados, pra todo o prédio escutar. Além de cabeça-de-viking, vai ser fichado como broxa. Você, que a contratou por uma ninharia, como se fora uma simples estagiária, apenas para o serviço básico, vai perceber que ela tem muitos bons anos de experiência, num serviço altamente especializado. Não registrada, claro. O melhor é sempre um bom acordo: você fica com as maravilhosas e doces lembranças e ela ficará com os seus bens.
Direito Ambiental
Nosso hodierno e odioso Direito protege tudo: a fauna, a flora e tudo o mais que é difuso. Difuso para você, porque prá ela será muito objetivo: levará todo o seu verde, depositado em algum cofre de banco. Saberá você da proteção jurídica que tem todo o tipo de trepadeira, vacas, cadelas, piranhas e outros bichos e plantas. Quando a putatividade ocorre no seu casamento abarcando uma qualquer desses tipos de consorte, azar o seu. O seu caso poderá ser resolvido por esse ramo do Direito, o Ambiental. Mas tenha muito cuidado ! Nada de se afobar. Qualquer ato impensado pode ser fatal! Lembre-se que mexer com essas coisas é crime inafiançável. Daí que vai amargar dez anos de cadeia e ter que liberar pros companheiros de cela aquilo que você não conseguiu da dita.

Direito Tributário
Esse é o caso daquele infeliz desavisado que foi se meter, e além de tudo, casar, com uma comunista, cuja mãe era hyppie, nos longínquos anos 60. Eles têm estranhos modos, dos quais você não está familiarizado, como socializar com todos, ter experiências as mais diversas, focadamente no âmbito sexual. Mas você a conhecerá em algum trabalho na comunidade. Achará lindo, tudo isso. Só mais tarde é que vai perceber a mudança capitalista implantada naquela cabecinha vazia: o fato gerador dela não é unívoco. Ou seja, você a compartilha com toda a tribo. Por isso, apele então para o Direito Tributário. Você será então o fato gerador do seu advogado, que ficará com o resto que ela lhe supostamente deixou, mas que ficará para ele. Descobrirá amargamente que a putatividade não ocorre só na relação matrimonial, mas também na relação causídico-cliente. Quando você é o cliente, lógico. E é melhor pagar logo, porque correm juros, atualização monetária, multa e outras coisas mais, a serem criadas.

Direito do Consumidor

Tem neguinho que ainda se acha esperto ! Foi lá, casou-se com uma putativazinha e ainda quer se dar bem. Ao chegar em casa, encontrando a cama quente, pensa logo em resolver a questão. Procura logo o Direito do Consumidor, pensando que você é que é o consumidor final. Afinal, você é quem se alimenta ali e dali. Mal sabia que ela é um self-service da melhor. Vai também descobrir que não é você o consumidor, mas ela. Será ela que vai consumir todo o seu capital, amealhado após duros anos de estágio, trabalho semi-escravo e depois, lentamente conseguindo poupar alguns tostões. Ser-lhe-á totalmente consumido, cada um deles, você verá. Ser-lhe-á provado por “a + b” que ela é a hipossuficiente, pois na sua relação com ela, você é quem ficava por cima. Um abuso isso ! O verdadeiro contrato leonino. Ainda com o agravante de que, por não ser boa comida, tinha que se submeter ao vexame de procurar entre todos os seus amigos e não amigos, em cujo prato se refestelavam. Não na sua cara, claro, mas na dela.

Direito da Propriedade Intelectual

Quando ocorre um casamento putativo, o cidadão pensa que registrou a linda e dada consorte no INPI, com exclusividade propriedade intelectual, mental, espiritual e tudo o mais. Pode até ser. Mas carnal não. Nunca! E vai descobrir isso, rapidinho. E não vai adiantar espernear que foi você que ensinou tudo a ela, que toda a tecnologia que ela usa nacional e internacionalmente é propriedade intelectual sua. Ela vai apelar ao juiz que você a obrigou aos programas mais vexativos, que você causou um monte de badblocks no HD dela , que cada dia tem que fazer uma nova formatação com um técnico diferente, etc e tal. Você vai logo perceber que um Causídico especializado nessa área de Propriedade Intelectual é o mais indicado. E nessa hora é que vai saber que não há motivo nenhum pra ter inveja do Bill Gates. O prejuízo dele seria muito maior. Ela vai te fazer um update na conta bancária. E então você vai voltar ao INPI pra se auto-registrar como um sistema independente, porem falido.Porque o que você julgava sua propriedade era de domínio público.
Direito Agrário
Caso o casamento resulte numa putatividade em que sua amada se sinta uma semente que goste de germinar em tudo quanto é terra fértil que encontre. Como já dito, redito e maldito, aqui,tudo dá. Ou seja, haja terra fértil ! Portanto, a sua graciosa sementinha vai te dar um trabalho danado, dando prá todo esse imenso latifúndio chamado Brasil. E pode se preparar, porque ela, ajudando a reflorestar toda a nossa mata, ainda vai dar uma de MST e invadir o seu pequeno pedacinho de terra e se apossar de todas aquelas verdinhas que você guarda tão carinhosamente, como pé-de-meia.
Direito Penal
Quando, em um casamento putativo, você ainda vai saber que a dita virou advogada e é uma verdadeira jararaca, aí a coisa se complica. A sugestão é que você faça uma segunda lua-de-mel para a Índia. Depois, aplique-lhe três facadas nas costas. Alegue inconsolado que sua querida e saudosa consorte suicidou. Aproveitando o álibi da Índia, alegue que, se não foi um real suicídio, houve um pequeno acidente, quando ela experimentava deitar em uma cama de faquir, improvisada com facas, pois que no Brasil, não há camas-de-faquir à venda em supermercados. Você ficará livre de mealhar com ela, e ainda de passar a vergonha de ter que pagar os honorários também para ela, já que ela estaria advogando em causa própria. Reserve porém alguns milhares, pois há toda uma corrente de dignos funcionários públicos que precisarão ter as suas respectivas mãos molhadas, para que suas impolutas e incorruptíveis consciências permitam-lhes conduzir o caso a seu contento. Demora, viu !
Montes de Piranda - 69

domingo, maio 27, 2007

A má-fé da gestão Forum da Esquerda

(A pergunta: haverá manipulação TAMBÉM no Plebiscito ?)
XIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXI
Seria de bom alvitre que o novo Ombudsman exercesse a sua função calcado em sua fase inteligente, ou seja, pós-esquerdista. Parece haver, e há, uma escala evolutiva permeando as brilhantes mentes que circulam por essas Arcadas. Pois que se sabe, o grande amigo, todo ex-calouro já não mais acredita naquelas hipócritas mentiras todas. E o Ombudsman recém-eleito, tendo já percorrido todos esses longos cinco anos bem o sabe de tudo isso. Por isso suas palavras não retratam a realidade, quando descrevem a gestão do Fórum.

Se o "partido" Fórum da Esquerda insiste em viver nas nuvens, que tenha as suas crenças, fetiches, se seus membros o máximo que sonham é a mediocridade de fazer carreira de aprendiz de feiticeiro e como assessor de algum salafrário ex-esquerdista lá fora das Arcadas, esse é um grave problema, porém que a eles apenas compete e que inclusive respeito. Posso ser contra os seus ideais, mas defendo até à morte o seu direito de tê-los. Isso não fui eu quem disse, mas assino embaixo, como se fosse.
Porém, a Gestão do "XI de Agosto" é eleita para defender alunos e interesses dessa Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Ponto final.
Mas não é assim que vem se portando a (mal) dita gestão. O Mula que está em Brasília demorou muito tempo, até avisarem pra ele que ele não podia usar um brochinho com uma estrela vermelha, na figura do Presidente da República. O Presidente é do Brasil, eleito pelo povo e aceito, deve ser assim aceito, inclusive por quem não votou nele. O Fórum da Esquerda está gerindo o XI como se fora deles. Não é.
E como o XI não é sua propriedade, para atingir seus objetivos ideológicos de Partido, usam e abusam da má-fé. O último grande exemplo, a Assembléia Geral.
No Diurno, iniciada às XI horas, com cerca de 400 alunos. A votação seria esmagadora CONTRA alguma coisa. O importante é que o SIM fazia parte de seus planos. Afinal, têm que dar satisfação à usp, ao dce, ao pt ou sei lá o que mais. O que fazer então ? Simples: seus membros, em nome do direito ao grito ficaram se revezando ao microfone. Até às 14:30h, quando então, tinha, no máximo 130 alunos na sala, em sua maioria seus coniventes.
Ingenuamente, alunos, membros do Movimento Resgate Arcadas entraram no engodo de "ser oposição" e discursavam claro, o oposto defendido pelo Fórum. Faziam assim o seu jogo de "ganhar tempo" e esvaziar a sala de votantes.
Daí então, democraticamente se vota. E se ganha, claro. E é tornado oficial: os alunos da São Francisco apóiam sei lá o quê. Mentira.
Esse mesmo criminoso recurso é usado em outras assembléias, por esse Brasil afora, no Congresso Nacional inclusive. Não importando a matéria, a má-fé é usada para o dirigismo da resposta que se quer obter. O sim ou o não vai depender do interesse do momento. Lá, para fazermos alguma coisa, deveríamos mudar as leis, o que compete a eles, não a nós. Logo, nada a fazer. Nas Arcadas, a coisa é diferente, compete a nós, mudar o estado de coisas.
Em sua grande maioria, alunos amam essas Arcadas (inclusive aqueles que se negam a declarar isso). Porém, amam outras coisas também, como trabalhar, estudar e tantos outros afazeres. E foram embora, cuidar de suas vidas. Alguns voltaram, em suas horas-de-almoço, na vã tentativa de votar. Mas lá estavam os membros do Fórum, revezando-se ao microfone, indefinidamente defendendo o direito à fala. Usando de má-fé, ostentando a condição de aluno, fachada que lhes possibilita ir lá fora, em todos os lugares, angariarem posto na hierarquia do seu grande Partidão, usufruindo assim a diferença que ser franciscano lhes dá, mas que insistem em humildemente negar. A má-fé outra vez, mesmo contra seus próprios camaradas. Por isso, a dedicação exclusiva, o tempo sobrando. E a paranóica vontade de obter um SIM aos seus propósitos. O exercício da má-fé. Nas Assembléias, sobejamente demonstrado.
Ao se falar em exercício, pressupõem-se outros. São muitos os exemplos. Aliás, iniciou antes mesmo da indefectível posse deles. Quem não se lembra do triste episódio da RD na Congregação, no dia anterior à posse do Fórum da Esquerda ? Uso e abuso da má-fé. Decisões tomadas durante as férias; reuniões do Jornal às 8:00 h, em janeiro; a absoluta falta de tempo para auxiliar a Atlética nos Jogos Jurídicos, mas o tempo disponível para participar da organização da Parada Gay; a ilegal omissão do nome da Faculdade no seu O Chátio; o uso do pseudo-jornal para doutrinar calouros e fazer bonito lá fora das Arcadas.
Ou seja, não apenas um episódio da má-fé, mas a sua contumácia. São muitos e muitos. Isso porque apenas ainda estamos em maio. É quase certo que, antes mesmo de esse texto ser veiculado, já tenham cometido outro ato de diabólica má-fé. Não é preciso premonição, bola-de-cristal, telepatia ou o que seja de sobrenatural. Eles são totalmente previsíveis em seu uso.
A acho que última de uma incrível seqüência de absurdos, para quem andava as voltas com a expressão "onde está Wally ?", a resposta: ei-lo ! A patética aula aos calouros do ruptura travestido de monitor, no meio do Pátio, com direito a aplausos e tudo. Aplausos a ele ? Claro que não ! Os aplausos eram para o sagrado direito do exercício da greve. Em tempo: a aula seria para ser de Economia (?!). O bom-senso não, mas má-fé explica.
E o nosso direito, onde é que fica ? O direito de ser representado dignamente pelo XI e não de ser usado pela gestão, na plenitude da má-fé, para atingir os seus fins espúrios que em nada tem a ver com nossas vidas, como alunos dessas Arcadas ?
Calouros têm o "direito provisório" de se encantar com as baboseiras mentirosas da esquerda, já que, até o ano passado entretinham seus corações e mentes com a Barbie e vídeo-games e, como num passe de mágica fuvestiana, hoje é-lhes apresentada a armadura para lutar pelos fracos e oprimidos. É perfeitamente desculpável e inteligível o fascínio pelo canto da sereia, pois que afinal, somos todos eternos calouros. É certo que não é muito agradável aceitar isso. Mas é um fato. Era preciso um pouquinho mais de visão para resistir. Tal não aconteceu com o nosso querido Ombudsman que, inteligentemente depois se redimiu. Uma mentira em breve desmascarada, verão.

O exaustivo uso da expressão má-fé não se configura erro, mas visa a espelhar o estado de espírito de quem está sendo por ela escorraçado, a ponto de evitar estar nas Arcadas, ao menos até outubro. Assim como tantos e tantos outros.

Restam, além da maioria dos calouros que não caiu nesse engodo, os alunos do segundo ao quinto, a imensa maioria, para dar um basta a tudo isso, gestão fundamentada exclusivamente na má-fé, sob discursos de direitos, democracia e outras bonitas e distorcidas palavras, para transformar as Arcadas em um grande picadeiro. E nós, em seus palhaços.

Experimente você abrir O Chátio no metrô. Tente explicar ao simpático e faceiro passageiro ao seu lado, as razões e motivos por que uma Faculdade de Direito vai sediar a Semana Gay, divulgando isso em primeira página, num imenso e colorido arco-íris. Caso você o convença, sem má-fé, eu voto no Forum em outubro. De boa-fé.
Arcadas, XI de junho, CLXXX