sábado, junho 07, 2008

A Atlética-guerreira precisa de um cartola idem

Daí então a gente se pergunta:

De que vale sermos a Torcida Nota XI?
De que vale o maravilhoso som da BAISF ?
De que valem nossos atletas de ouro darem, não o suor, mas o sangue pela camisa da Sanfran?
Se a Diretoria da Atlética, na hora em que mais se precisa dela, afrouxa e se deixa vencer?
Que nem se fale da absoluta falta de organização de TODOS os Jurídicos. Ficamos sabendo das cidades uma semana antes, ficamos com os piores hotéis, jogos alternados em ginásios diferentes, desnecessariamente. Alojamentos surreais, horrorosos, no meio de favelas e tudo o mais?
Cada qual faz MUITO BEM a sua parte. Atletas nem se fale. E também a Torcida e a BAISF. Menos, sempre, a Diretoria da Atlética. E, pela generalização, perceba que a referência nem é apenas sobre a atual. E, como o tudo mais escrito e avaliado, nunca é pessoal.
Em 2006 não houve Jurídicos. Apenas e tão-somente porque a Diretoria nunca se impõe como deveria. Não basta gritar nas arquibancadas aquela infinidade de musiquinhas desqualificando os adversários. No momento de negociar, escolher, votar, aquele espírito também deve estar presente. Não basta ser atleta e/ou ter boa vontade. Em guerra precisa-se de um marechal-guerreiro. Cartola-guerreiro. Aqui faz-se necessário saber negociar. Coisa de "cartola", que nem todos sabem desempenhar. Competência essa que não é o que observamos. Na quadra é com atletas. No tapetão, um Cartola, com a mesma garra que atletas, torcida, BAISF e tudo o mais.
Nesse 2008, a posição MAIS DO QUE ÓBVIA da nossa Diretoria deveria ser a de se recusar a aceitação da troca da “Credencial Ouro”. Pura e simplesmente isso.

Nota: para os que não sabem, assim como eu não o sabia, cada atlética pode escolher, UM atleta, em qualquer modalidade, independente dos anos de formado que tenha. Isso é a Credencial Ouro. Por ser para todos e antecipado, tudo bem. O combinado não é caro diz a sabedoria popular, que parece não ter chegado aos ouvidos de nossas Diretorias da Atlética.

Assim fica muito fácil. Chega-se à uma final, decisiva. Daí o time então decide trocar o seu atleta com Credencial Ouro. Certos estão eles. Errados estamos nós em aceitar. Larga a mão de ser burro, Presidente!
Logo, todas as honras pela absurda perda dos Jurídicos, o franciscano pode atribuir à Diretoria da Atlética.
E, diante do leite derramado, fica a pergunta: por que é que sempre a Diretoria da Atlética é frouxa assim?
Será por causa da sua esdrúxula forma de eleição ? Sim, para o XI é uma incrível e sangrenta guerra para a eleição, como sempre vivenciamos e participamos. Só que esse clima torna-se benéfico, pois cria responsabilidade da Gestão. Quando isso não ocorre, franciscanos se insurgem, como assistimos no ano de 2007, quando mais de 900 depuseram moralmente o Presidente do “XI de Agosto”. Um show de “cidadania” nas Arcadas. Ao final, temos 2300 alunos em cobrança contínua, exagerada até, às vezes.
Mas com a Atlética é diferente. Uma caixa preta que se nos anualmente nos apresenta uma nova Diretoria, surgida sabe Deus de quais parâmetros. A totalidade dos alunos não tem acesso e poder sobre essa decisão. Então, por isso, pode-se especular à vontade. Diante desse desconhecido, podemos inferir o que quisermos, temos esse direito.
O critério não pode ser o de ser atleta. Todos o são. Ser bom atleta, dedicado, menos ainda, pois todos o são. Sabemos disso. Querer o melhor para a Sanfran muito menos ainda, pois não há um idiota dessa estirpe nas Arcadas, com a graça do bom Deus, que não queira sempre o melhor. Caso haja é só avisar, que passará a não haver mais...
Resta então um último critério, que deveria ser o mais importante a ser levado em conta: a capacidade de administrar, de negociar, de barganhar, de ser “cartola” enfim. Se for esse o critério, então é uma capacidade “depreendida”, “inferida” ou sabe-se lá o quê. O certo é que, em outubro surge sempre uma nova Diretoria. Mesmo os mais interessados nas coisas das Arcadas passam meses ou mesmo toda a gestão sem ano menos saber quem é, o nome do dito que ocupa a Presidência da Atlética! Incrível isso.
Sabemos que um bêbado será um péssimo dono de um bar. Sabemos que não basta boa vontade para se atingir um objetivo. É preciso competência específica. E é o que nunca observamos nas Diretorias da Atlética.

Não seria a hora de se repensar o modelo de eleição na Atlética? Não teriam TODOS os franciscanos que ter o poder de decisão para votar e eleger aqueles que acredita-se serem os mais capazes de exercer essa função, como fazemos no Centro Acadêmico?
Fica aqui a sugestão. De um obstinado defensor das BOAS tradições das Arcadas. E sempre contra o acomodamento justificado por tradições burras. Que seria XI-Campeão se não fosse uma dessas. Sei, sei: undeca-campeão. Sugestão dirigida aos que sabem o quanto isso não é pouco.

Luiz Gonzaga ______________________ Arcadas, XI de junho, CLXXXI

3 comentários:

Felipe Vallada disse...

Gonzaga,

Apoio o seu blog e os seus textos. Apoio a maioria do conteúdo e da crítica constante dos posts, afinal, o insatisfeito sempre reclamará (e de fato deve reclamar mesmo).

Contudo, o aqui relatado diz respeito ao trabalho que faço, trabalho este, garanto, que não é fácil e que pouquíssimas pessoas estariam dispostas a fazer competentemente, para não dizer nenhuma.

Infelizmente a A.A.A. XI de Agosto, não é a Wonderland de Peter Pan, estaria mais para a do Michael Jackson, engolida em dívidas. Um dos nossos problemas é o financeiro, desde que o nosso amigo Kassab vetou a utilização de determinados tipos de propaganda, inviabilizando a receita de quase 100 mil reais por ano. Para uma discussão mais aprofundada chame qualquer (antigo) presidente para um café.

Tenho ex-colegas de colégio, amigos, conhecidos de clubes, que fazem direito e estudam no Mackenzie, PUC, FMU, PUCcamp e outras. Destes acima que não são atletas e que não tem contato algum com a atlética da sua respectiva faculdade, todos, sem exceção, desceram o cacete na sua AAA: "Porra, meu hotel era longe para caralho / Porra, fiquei no maior pulgueiro que eles encontraram nessa merda de cidade / Atlética panelinha do caralho / Bando de incompetentes, ladrões filhos da puta". E por aí afora.

Do que foi escrito, percebe-se que não houve experiência ou conhecimento sobre o que eles passaram, ou mesmo sobre a própria San Fran. Todas faculdades passaram por perrenques nos jogos, sem exceção.

Pontuando: a credencial de ouro não está disponível para qualquer ano, existe tanto credencial feminina quanto a masculia, e há outro modo de chamar formados para os Jogos, que é a lista, que também engloba um período de formado diferente. Em relação à cartolagem, nós, da San Fran, já fizemos inúmeras vezes a substituição da nossa credencial de ouro, desde que o esporte e o atleta credenciado não tivessem competidos. Foi o que ocorreu conosco, à época, quando um atleta nosso se contundiu e foi o que aconteceu agora, com o Mackenzie, cuja credencial do atletismo ainda não havia competido, dadas as péssimas condições de tempo enfrentadas.

Mas o pior erro, assumo que por culpa, e não dolo, sintetiza-se na seguinte frase: "Logo, todas as honras pela absurda perda dos Jurídicos, o franciscano pode atribuir à Diretoria da Atlética". É de uma estupidez imensa afirmar isso, que quase não tenho como rebater. Primeiramente, pelo aqui comentado, obviamente o autor do blog não estava fazendo um scout dos pontos durante os Jogos, além de não conhecer os nossos atletas de tênis de mesa, atletismo e outras modalidades que já haviam jogado...

Em relação a incrível e sangrenta guerra gerar uma gestão boa, desnecessário tecer comentários, é só visitar os textos já postados. Agora, Gonzada, de homem para homem, guardadas as devidas proporções no que eu vou escrever, quantas pessoas você acha, da faculdade toda, que estariam dispostas a ser presidente da A.A.A.? 8? 10 (chutando alto para caralho)? Destas 10, quantas você acha que estão atrás de uma boa gestão e quantas querem dizer que são presidentes da atlética? Umas 6? Das 4 que sobraram, será que quantas têm o conhecimento necessário, a "cartolagem", o carisma, a entrosação com os times e a entrosação com a faculdade e com o C.A.? 1? 2? Das duas, assumindo que existam, quantas estariam dispostas a se fuder, SEM EXCEÇÃO, a fuderem com a faculdade, com o estágio e com o bolso? Ir para Franca 30 vezes antes dos Jogos, inspecionar ginásios, alojamentos, hotéis, passar uma semana, uma fucking semana lá em Franca, sem ir à aula (não que seja o maior problema), sem ter revenues (pois não pode estar trabalhando, por motivos óbvios) e gastando uma puta grana do próprio bolso? E disso sobram quantos? um? nenhum?

Seria uma simplificação estúpida, afirmar que o presidente é burro, ou que a gestão é incompetente, do jeito que foi feito aqui.

É muito cativador dizer que todos são atletas, que todos são dedicados e que não há idiotas, salpicados pelas arcadas só esperando a chance de tumultuar situações por bel-prazer, pura e simplesmente. Mas, infelizmente, nem todos os atletas são dedicados, nem todos são atletas e também observamos idiotas escondidos atrás de um sorriso e um aperto de mão.

At last but not at least, te convido a dar uma passada na atlética e conversar comigo ou com algum outro membro da Diretoria. Duvido que encontre alguém que diga que não fui educado e atencioso, às vezes até demais. Espero que tome cuidado com suas afirmações porque, como qualquer um sabe,é fácil criticar destrutivamente, pois não requer conhecimento ou expertia alguma.

Abraços a um dos mais franciscanos,

Vallada

Anônimo disse...

Gonzaga,

Meu velho, essa vez eu acho que vc pisou na bola. Se vc se permite a liberdade de falar o que quer, eu me reservo ao direito de responder. Faço coro com o Vallada e complemento:

"De que vale sermos a Torcida Nota XI?
De que vale o maravilhoso som da BAISF ?
De que valem nossos atletas de ouro darem, não o suor, mas o sangue pela camisa da Sanfran?
Se a Diretoria da Atlética, na hora em que mais se precisa dela, afrouxa e se deixa vencer?
Que nem se fale da absoluta falta de organização de TODOS os Jurídicos. Ficamos sabendo das cidades uma semana antes, ficamos com os piores hotéis, jogos alternados em ginásios diferentes, desnecessariamente. Alojamentos surreais, horrorosos, no meio de favelas e tudo o mais?"

RESPOSTAS:
1) Colocar a culpa da perda dos JJE na Diretoria é uma palhaçada! Acredito sim que a "cartolagem" é importantíssima para um bom funcionamento da Atlética, mas não acho que ela seja o que decide o título (pelo menos eu, como atleta, acho que não deveria);

2) A divulgação da cidade, que quase sempre ocorre em cima da hora, não é uma mera escolha da Comissão Organizadora (C.O.) e muito menos da Atlética XI de Agosto. A intenção de manter a cidade em sigilo deve-se a necessidade de blindar a cidade antes da divulgação, de modo que a C.O. não fique vendida para a prefeitura e nem para eventuais empresários aproveitadores da cidade sede. Já a divisão dos hotéis visa evitar que times e torcedores de faculdades rivais fiquem em um mesmo hotel, o que poderia resultar em brigas;

3) Alojamentos. Concordo que, de fato, por vezes a localização dos alojamentos não é a ideal. Nosso alojamento nunca foi em bairro ruim por mera escolha da Atlética. O fato é que diversas vezes não ocorre a liberação das escolas da região central. Ainda assim, sempre que possível, buscamos a melhor localização possível. Provas disso foram os alojamentos dos InterUSPs de 2007 e 2008 e dos JJE 2008;

"Cada qual faz MUITO BEM a sua parte. Atletas nem se fale. E também a Torcida e a BAISF. Menos, sempre, a Diretoria da Atlética. E, pela generalização, perceba que a referência nem é apenas sobre a atual. E, como o tudo mais escrito e avaliado, nunca é pessoal.
Em 2006 não houve Jurídicos. Apenas e tão-somente porque a Diretoria nunca se impõe como deveria. Não basta gritar nas arquibancadas aquela infinidade de musiquinhas desqualificando os adversários. No momento de negociar, escolher, votar, aquele espírito também deve estar presente. Não basta ser atleta e/ou ter boa vontade. Em guerra precisa-se de um marechal-guerreiro. Cartola-guerreiro. Aqui faz-se necessário saber negociar. Coisa de "cartola", que nem todos sabem desempenhar. Competência essa que não é o que observamos. Na quadra é com atletas. No tapetão, um Cartola, com a mesma garra que atletas, torcida, BAISF e tudo o mais.
Nesse 2008, a posição MAIS DO QUE ÓBVIA da nossa Diretoria deveria ser a de se recusar a aceitação da troca da “Credencial Ouro”. Pura e simplesmente isso."
Nota: para os que não sabem, assim como eu não o sabia, cada atlética pode escolher, UM atleta, em qualquer modalidade, independente dos anos de formado que tenha. Isso é a Credencial Ouro. Por ser para todos e antecipado, tudo bem. O combinado não é caro diz a sabedoria popular, que parece não ter chegado aos ouvidos de nossas Diretorias da Atlética.

RESPOSTA:
4) Quer dizer que a Atlética nunca se impõe como deveria? Assim, o quê devíamos ter feito em 2006? Batido nos fdps das demais faculdades até eles desistirem de fazer o pseudo-JJE junto com o InterUSP? Gonzaga, vc, como quinto anista, já deveria ter aprendindo que, em uma democracia, não se pode impedir os demais a fazerem o que lhes vier às cabeças. Porém, podemos cobrar no judiciário que seja feita justiça caso a gente venha a se sentir prejudicado. Não foi o que a Atlética fez?

Assim fica muito fácil. Chega-se à uma final, decisiva. Daí o time então decide trocar o seu atleta com Credencial Ouro. Certos estão eles. Errados estamos nós em aceitar. Larga a mão de ser burro, Presidente!
Logo, todas as honras pela absurda perda dos Jurídicos, o franciscano pode atribuir à Diretoria da Atlética.
E, diante do leite derramado, fica a pergunta: por que é que sempre a Diretoria da Atlética é frouxa assim?
Será por causa da sua esdrúxula forma de eleição ? Sim, para o XI é uma incrível e sangrenta guerra para a eleição, como sempre vivenciamos e participamos. Só que esse clima torna-se benéfico, pois cria responsabilidade da Gestão. Quando isso não ocorre, franciscanos se insurgem, como assistimos no ano de 2007, quando mais de 900 depuseram moralmente o Presidente do “XI de Agosto”. Um show de “cidadania” nas Arcadas. Ao final, temos 2300 alunos em cobrança contínua, exagerada até, às vezes.
Mas com a Atlética é diferente. Uma caixa preta que se nos anualmente nos apresenta uma nova Diretoria, surgida sabe Deus de quais parâmetros. A totalidade dos alunos não tem acesso e poder sobre essa decisão. Então, por isso, pode-se especular à vontade. Diante desse desconhecido, podemos inferir o que quisermos, temos esse direito.
O critério não pode ser o de ser atleta. Todos o são. Ser bom atleta, dedicado, menos ainda, pois todos o são. Sabemos disso. Querer o melhor para a Sanfran muito menos ainda, pois não há um idiota dessa estirpe nas Arcadas, com a graça do bom Deus, que não queira sempre o melhor. Caso haja é só avisar, que passará a não haver mais...
Resta então um último critério, que deveria ser o mais importante a ser levado em conta: a capacidade de administrar, de negociar, de barganhar, de ser “cartola” enfim. Se for esse o critério, então é uma capacidade “depreendida”, “inferida” ou sabe-se lá o quê. O certo é que, em outubro surge sempre uma nova Diretoria. Mesmo os mais interessados nas coisas das Arcadas passam meses ou mesmo toda a gestão sem ano menos saber quem é, o nome do dito que ocupa a Presidência da Atlética! Incrível isso.
Sabemos que um bêbado será um péssimo dono de um bar. Sabemos que não basta boa vontade para se atingir um objetivo. É preciso competência específica. E é o que nunca observamos nas Diretorias da Atlética.

RESPOSTA:
5) Ao contrário do que ocorre no Centro Acadêmico, onde diversos alunos aproveitadores já passaram e outros tantos não conseguiram entrar, a Atlética não tem o caráter de trampolim político. Foi devido a erros da instituição com modelo tão absurdamente brilhante que você defende que o Campo do XI está hoje com uma dívida milionária em IPTU e de onde já sumiu tanta grana (inclusive, correm boatos, na história recente - NÃO ESTOU FAZENDO REFERÊNCIA A NENHUM GRUPO/DIRETORIA ESPECÍFICA, estou apenas fazendo menção a um boato que já me chegou. Assim como vc, Gonzaga, que se permitiu falar de diversas coisas das quais não tem o menor conhecimento, eu me reservo ao mesmo direito);


"Não seria a hora de se repensar o modelo de eleição na Atlética? Não teriam TODOS os franciscanos que ter o poder de decisão para votar e eleger aqueles que acredita-se serem os mais capazes de exercer essa função, como fazemos no Centro Acadêmico?
Fica aqui a sugestão. De um obstinado defensor das BOAS tradições das Arcadas. E sempre contra o acomodamento justificado por tradições burras. Que seria XI-Campeão se não fosse uma dessas. Sei, sei: undeca-campeão. Sugestão dirigida aos que sabem o quanto isso não é pouco."

RESPOSTA:
6) Exprimo a minha opinião: pelo que tenho visto e, infelizmente constatado, caso TODOS os alunos passem a decidir o futuro da atlética e passemos a ter eleições disputadas como as do C.A. ocorrerá apenas UMA coisa: os JJEs, que na minha opinião já vêm sendo enfraquecidos desde o surgimento da "arena", apenas deixarão de ser um JOGOS Universitários e passarão a ser uma MICARETA universitária ainda mais cedo do que o cenário atual indica. EXPLICO: ao permitir que 1600 alunos não atletas decidam pelo futuro de uma instituição que tem por estatuto a representação dos atletas (que são, em uma estimativa extremamente otimista, por volta de 400 pessoas), você tira o peso da representatividade do voto de tais atletas e tira o futuro da Atlética das mãos dos maiores interessados pela instituição.

Anônimo disse...

Gonzaga,

Se você se reserva a liberdade de falar o que quer, eu me reservo ao direito de responder.

"De que vale sermos a Torcida Nota XI?
De que vale o maravilhoso som da BAISF ?
De que valem nossos atletas de ouro darem, não o suor, mas o sangue pela camisa da Sanfran?
Se a Diretoria da Atlética, na hora em que mais se precisa dela, afrouxa e se deixa vencer?
Que nem se fale da absoluta falta de organização de TODOS os Jurídicos. Ficamos sabendo das cidades uma semana antes, ficamos com os piores hotéis, jogos alternados em ginásios diferentes, desnecessariamente. Alojamentos surreais, horrorosos, no meio de favelas e tudo o mais?"

RESPOSTAS:
1) Colocar a culpa da perda dos JJE na Diretoria é uma palhaçada! Acredito sim que a "cartolagem" é importantíssima para um bom funcionamento da Atlética, mas não acho que ela seja o que decide o título (pelo menos eu, como atleta, acho que não deveria);

2) A divulgação da cidade, que quase sempre ocorre em cima da hora, não é uma mera escolha da Comissão Organizadora (C.O.) e muito menos da Atlética XI de Agosto. A intenção de manter a cidade em sigilo deve-se a necessidade de blindar a cidade antes da divulgação, de modo que a C.O. não fique vendida para a prefeitura e nem para eventuais empresários aproveitadores da cidade sede. Já a divisão dos hotéis visa evitar que times e torcedores de faculdades rivais fiquem em um mesmo hotel, o que poderia resultar em brigas;

3) Alojamentos. Concordo que, de fato, por vezes a localização dos alojamentos não é a ideal. Nosso alojamento nunca foi em bairro ruim por mera escolha da Atlética. O fato é que diversas vezes não ocorre a liberação das escolas da região central. Ainda assim, sempre que possível, buscamos a melhor localização possível. Provas disso foram os alojamentos dos InterUSPs de 2007 e 2008 e dos JJE 2008;

"Cada qual faz MUITO BEM a sua parte. Atletas nem se fale. E também a Torcida e a BAISF. Menos, sempre, a Diretoria da Atlética. E, pela generalização, perceba que a referência nem é apenas sobre a atual. E, como o tudo mais escrito e avaliado, nunca é pessoal.
Em 2006 não houve Jurídicos. Apenas e tão-somente porque a Diretoria nunca se impõe como deveria. Não basta gritar nas arquibancadas aquela infinidade de musiquinhas desqualificando os adversários. No momento de negociar, escolher, votar, aquele espírito também deve estar presente. Não basta ser atleta e/ou ter boa vontade. Em guerra precisa-se de um marechal-guerreiro. Cartola-guerreiro. Aqui faz-se necessário saber negociar. Coisa de "cartola", que nem todos sabem desempenhar. Competência essa que não é o que observamos. Na quadra é com atletas. No tapetão, um Cartola, com a mesma garra que atletas, torcida, BAISF e tudo o mais.
Nesse 2008, a posição MAIS DO QUE ÓBVIA da nossa Diretoria deveria ser a de se recusar a aceitação da troca da “Credencial Ouro”. Pura e simplesmente isso."
Nota: para os que não sabem, assim como eu não o sabia, cada atlética pode escolher, UM atleta, em qualquer modalidade, independente dos anos de formado que tenha. Isso é a Credencial Ouro. Por ser para todos e antecipado, tudo bem. O combinado não é caro diz a sabedoria popular, que parece não ter chegado aos ouvidos de nossas Diretorias da Atlética.

RESPOSTA:
4) Quer dizer que a Atlética nunca se impõe como deveria? Assim, o quê devíamos ter feito em 2006? Batido nos fdps das demais faculdades até eles desistirem de fazer o pseudo-JJE junto com o InterUSP? Gonzaga, vc, como quinto anista, já deveria ter aprendindo que, em uma democracia, não se pode impedir os demais a fazerem o que lhes vier às cabeças. Porém, podemos cobrar no judiciário que seja feita justiça caso a gente venha a se sentir prejudicado. Não foi o que a Atlética fez?

Assim fica muito fácil. Chega-se à uma final, decisiva. Daí o time então decide trocar o seu atleta com Credencial Ouro. Certos estão eles. Errados estamos nós em aceitar. Larga a mão de ser burro, Presidente!
Logo, todas as honras pela absurda perda dos Jurídicos, o franciscano pode atribuir à Diretoria da Atlética.
E, diante do leite derramado, fica a pergunta: por que é que sempre a Diretoria da Atlética é frouxa assim?
Será por causa da sua esdrúxula forma de eleição ? Sim, para o XI é uma incrível e sangrenta guerra para a eleição, como sempre vivenciamos e participamos. Só que esse clima torna-se benéfico, pois cria responsabilidade da Gestão. Quando isso não ocorre, franciscanos se insurgem, como assistimos no ano de 2007, quando mais de 900 depuseram moralmente o Presidente do “XI de Agosto”. Um show de “cidadania” nas Arcadas. Ao final, temos 2300 alunos em cobrança contínua, exagerada até, às vezes.
Mas com a Atlética é diferente. Uma caixa preta que se nos anualmente nos apresenta uma nova Diretoria, surgida sabe Deus de quais parâmetros. A totalidade dos alunos não tem acesso e poder sobre essa decisão. Então, por isso, pode-se especular à vontade. Diante desse desconhecido, podemos inferir o que quisermos, temos esse direito.
O critério não pode ser o de ser atleta. Todos o são. Ser bom atleta, dedicado, menos ainda, pois todos o são. Sabemos disso. Querer o melhor para a Sanfran muito menos ainda, pois não há um idiota dessa estirpe nas Arcadas, com a graça do bom Deus, que não queira sempre o melhor. Caso haja é só avisar, que passará a não haver mais...
Resta então um último critério, que deveria ser o mais importante a ser levado em conta: a capacidade de administrar, de negociar, de barganhar, de ser “cartola” enfim. Se for esse o critério, então é uma capacidade “depreendida”, “inferida” ou sabe-se lá o quê. O certo é que, em outubro surge sempre uma nova Diretoria. Mesmo os mais interessados nas coisas das Arcadas passam meses ou mesmo toda a gestão sem ano menos saber quem é, o nome do dito que ocupa a Presidência da Atlética! Incrível isso.
Sabemos que um bêbado será um péssimo dono de um bar. Sabemos que não basta boa vontade para se atingir um objetivo. É preciso competência específica. E é o que nunca observamos nas Diretorias da Atlética.

RESPOSTA:
5) Ao contrário do que ocorre no Centro Acadêmico, onde diversos alunos aproveitadores já passaram e outros tantos não conseguiram entrar, a Atlética não tem o caráter de trampolim político. Foi devido a erros da instituição com modelo tão absurdamente brilhante que você defende que o Campo do XI está hoje com uma dívida milionária em IPTU e de onde já sumiu tanta grana (inclusive, correm boatos, na história recente - NÃO ESTOU FAZENDO REFERÊNCIA A NENHUM GRUPO/DIRETORIA ESPECÍFICA, estou apenas fazendo menção a um boato que já me chegou. Assim como vc, Gonzaga, que se permitiu falar de diversas coisas das quais não tem o menor conhecimento, eu me reservo ao mesmo direito);


"Não seria a hora de se repensar o modelo de eleição na Atlética? Não teriam TODOS os franciscanos que ter o poder de decisão para votar e eleger aqueles que acredita-se serem os mais capazes de exercer essa função, como fazemos no Centro Acadêmico?
Fica aqui a sugestão. De um obstinado defensor das BOAS tradições das Arcadas. E sempre contra o acomodamento justificado por tradições burras. Que seria XI-Campeão se não fosse uma dessas. Sei, sei: undeca-campeão. Sugestão dirigida aos que sabem o quanto isso não é pouco."

RESPOSTA:
6) Exprimo a minha opinião: pelo que tenho visto e, infelizmente constatado, caso TODOS os alunos passem a decidir o futuro da atlética e passemos a ter eleições disputadas como as do C.A. ocorrerá apenas UMA coisa: os JJEs, que na minha opinião já vêm sendo enfraquecidos desde o surgimento da "arena", apenas deixarão de ser um JOGOS Universitários e passarão a ser uma MICARETA universitária ainda mais cedo do que o cenário atual indica. EXPLICO: ao permitir que 1600 alunos não atletas decidam pelo futuro de uma instituição que tem por estatuto a representação dos atletas (que são, em uma estimativa extremamente otimista, por volta de 400 pessoas), você tira o peso da representatividade do voto de tais atletas e tira o futuro da Atlética das mãos dos maiores interessados pela instituição.