sábado, fevereiro 26, 2011

Tiririca rides again!

Com a indicação de Tiririca, nosso nobre Legislador, para a Comissão( porcentagem não declarada) de Educação e Cultura da Câmara, fica muito claro o recado dado pelo nosso inoperante Congresso Nacional: o eleitor só é usado mesmo para colocar-nos aqui, regiamente remunerados. Depois, fazemos o que bem nos interessa! Esse é o Estado do nosso Direito.

Eleito por um milhão e trezentos mil boçais inguinorantes, com a candidatura aceita por alguns poucos boçais supostamente não inguinorantes, posta-se lá o digno Deputado, na função de Legislador. A escrever severas leis, com não tão severo cumprimento. 

Tiririca foi eleito na onda de "não precisa ser alfabetizado para governar", instituída pelo grande Líder natural, o Mula. O que é até alguma meia-verdade, em se tratando do Executivo. Porém, quando se fala em Legislativo, onde ficcionalmente se elaboram leis a serem seguidas por todo um absurdo País, feito integralmente de boçais, uns inguinorantes outros não, a distância é imensa. Ressalte-se aqui que a boçalidade generalizada reputada  é uma inferência não minha, mas daquele Congresso Nacional, que inclui a sua pessoa leitor, e a minha também. Como Deputado Federal apenas São Paulo, que o elegeu, amargaria a sua patética e divertida e triste atuação parlamentar. Alçado à Comissão de Educação e  Cultura, a coisa fica assustadoramente nacional. Ele então poderá, por exemplo, opinar sobre quais livros de Machado de Assis podem ser indicados para compor o ensino básico. Uma divina comédia! Dar pitacos também no Ministério da Educação, em vestibulares e Universidades. Afinal, agora a Praça é nossa! Autorizado por seus milhões de votos, poderá também opinar sobre Villa-Lobos e decidir também sobre a nossa sofrida ortografia, qual o Mula também fez, por dominar amplamente o assunto.
O que, paradoxalmente, dá-nos um pouco de alento é que ele provavelmente faltará a muitas sessões, cujas convocações são feitas por escrito. Ler não é muito a praia do nosso Tiririca. Para suprir tal lacuna na comunicação, fica então re-lançada a modalidade dos Ledores de El-Rey na Idade Média, a anunciar verbalmente (estes tinham que saber ler, pois não eram eleitos) as vontades dos soberanos de então. Decididamente o nosso Brasil fincou pé mesmo no Feudalismo e nada muda isso...  

Em priscas eras, cantava-se: Brasil: pátria amada, salve, salve! Evoluímos para um estágio de: Deus salve o Brasil! Num depois: Brasil, só com milagre! Depois: Brasil? Deus nos livre! Agora que o Mula surrupiou o crucifixo da Sala da Presidência, a exclamação pode baixar para um palavreado mais chão, menos divino, mas bem mais verdadeiro: Brasil? que bosta!  
Se isso é a tal democracia conquistada, onde é que eu reclamo? Nesse ponto, temos que acabar concordando com a brilhante atuação política da nossa Presidanta: Brasil mesmo, só pegando em armas.
 
 


Um comentário:

*Maira* disse...

Um absurdo! Acho que nunca vou me conformar com o triste fato de termos mais esse - literalmente - palhaço lá em cima... e quer apostar que será reeleito??

Bom, quando eu for Advogada Geral da União, ou no mínimo, promotora, não vou permitir que esse tipo de coisa aconteçaaaa!!! hahshahshaha

bjus, doutor*