segunda-feira, abril 25, 2011

Jogos Jurídicos 2011


                                                                         Fair play, direitos de consumidor,  congratulações e bullying


Os Jogos Jurídicos sempre se definiram como competição poli-esportiva entre a São Francisco e algumas faculdades. Dado que a vida é curta e a carne é  fraca, entre os jogos sempre houve muita festa, algum pouco e moderado (dizem) consumo de bebidas alcoólicas e muitas e estreitas relações humanas (e até às vezes animal) entre todos os participantes.  Com a criação dos JJE, conforme consta em Gênesis 11.69, Deus disse: isso é bom. Bom demais, até!  
E assim foi, até que a semente do Mal foi implantada. O maldito Capitalismo dos infernos, recém-descoberto e distorcido por brasileiros invadiu tudo, até os Jogos Jurídicos, imagine você!  No embalo da diversidade de bolsas governamentais de todo tipo, algumas  faculdades  não fizeram direito: bolsa-diproma. Passaram a contratar profissionais, na tentativa de ganhar alguns jogos. E eventualmente algum Jurídicos. Dai que o embate ficou desigual, não? Alunos que brincam de atletas contra atletas que brincam de alunos. Uns jogando por amor à camisa. Outros prá quitar boletos. Como mensalidade é alto o preço, mas como remuneração profissional é uma merreca, certo? Ser cinco vezes campeão e receber como paga um diploma da Direito What?. Uma verdadeira exploração, trabalho escravo ou coisa que o valha, dado o desvalor da paga! Fica aqui a sugestão para que aqueles valorosos atletas malremunerados em seus subempregos procurem o nosso Departamento do Direito do Trabalho para fazerem valer os seus direitos trabalhistas! Ah, em horário comercial e em trajes compatíveis com as Arcadas, por favor.
Mas o maldito demônio do Capitalismo não parou por ai. Transformaram os Jogos Jurídicos em uma grande Peruada, entremeada com alguns jogos para atrapalhar. Ai onde entram os direitos do Consumidor por propaganda enganosa! E propaganda burra, por sinal. Somos induzidos a comparecer aos Jogos, mas na realidade o que se encontra é algo muito melhor: um verdadeiro louvor à Balada, Bebida e Putaria! Pô, meo, se avisassem antes, com certeza não iriam só aqueles 600-700 não. Esse negócio de Jogos é muito chato. Tem que acordar cedo, ficar lá torcendo, ouvir a  maravilhosa BAISF eternamente continuar cantando que fomos bem no Vestibular e etc. E inclusive perder, já que o adversário é profissional. 

Ano que vem, caso não acabe o mundo, acabem-se os Jogos Jurídicos e permaneça a tão saborosa Balada, Bebida e Putaria! Uma Peruda Caipira. Muito mais legal! Se tiver algum gaiato que queira ir lá bater uma bolinha prá descontrair, tá liberado! Mas não precisa ser de manhãzinha, logo depois da balada não.  Final da tarde tá bom. E não conte com torcida. Que aliás nem precisa, né? Vamos gozar a droga da vida em sua etílica plenitude então. Assim fica muito melhor e não representa propaganda enganosa, além de burra. Divulguem a coisa direito. 

Nada contra e até muito pelo contrário, a bendita existência das baladas em geral. Tudo o que não pode é ter atletas amadores que precisam e muito do apoio de uma torcida que os estimule à vitória. Os adversários não precisam de torcida, já que tanto a Bateria quanto os jogadores são empregados-escravos exercendo o seu papel. Eles ganham o jogo sem um único torcedor, como foi visto em Sertãozinho. O que seria a torcida deles então pode se dar ao luxo de  estar na Arena,  que sabemos fica melhor denominada por Celeiro. Mas, quanto  à Sanfran, se eles trouxas foram lá para dar o sangue e a alma nos Jogos, a torcida foi para  as baladas e para o Arcadas Bar, que tem esse horrível nome, em detrimento de BARcadas, muito mais compatível.  Os atletas da Gloriosa foram impecáveis. Os poucos pontos que nos separaram do Caneco Geral foram aqueles que deixaram de ser ganhos pela Torcida Nota XI. Momentos emocionantes que vivemos quando a Torcida estava em peso. A Torcida, embalada pela BAISF é o nosso "gol de Minerva". Franciscanos que foram veranear no Celeiro, ou melhor, Arena, participaram do jogo... deles. A tal de Arena-celeiro foi criada para tirar o melhor jogador da São Francisco: a Torcida. Deram ouvidos para os orelhudos.
Por essas e por outras é que o fairplay passa longe nos Jurídicos. Jogaram um pouco de sua torcida no meio da quadra! Teve que limpar, claro!  Matéria para A LATRINA. Ter profissionais ali é  equivalente a liberar o uso de doping, só para uma equipe. Mas isso é assunto para a cartolagem, que está mais preocupada com as receitas e finanças do que com essa banalidade de jogos e seus resultados. "Ora, os Jogos!", diria a Maria Antonieta se estivesse lá, tão chegada a uma Peruada. Caipira que seja. Maldito Capitalismo tupiniquim!
Finalmente, só resta mesmo parabenizar os atletas campeões pelo seu profissionalismo. Muito embora mal e porcamente remunerados, cumpriram o seu papel com seriedade, chegando mesmo até a conseguir algumas vitórias. Nesse ano, campeão geral. Torçamos para que continuem evoluindo e passem efetivamente ao profissionalismo merecido e condignamente remunerado em espécie, em suas respectivas modalidades esportivas, prescindindo assim da seara jurídica. Vai ser difícil sobreviver com a condenação: Direito  What?. Já  aos componentes remunerados da excelente bateria, não sabemos o que augurar. Desejar-lhes uma excelente carreira jurídica pode até soar como bullying, o que anda censurável ultimamente.   

Pinguim, 25 de abril, CLXXXIV 
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4 comentários:

Lucas disse...

Vice de Novo.

Hugo disse...

"Like"
[se tivesse esse botão aqui pouparia o comentário hehe, mas entendo a inviabilidade de colocá-lo]

Anderson disse...

Caro amigo Luis Gonzaga, li hj uma reportagem na veja de 2006 falando da sua historia que aos 40 anos voltou aos estudos e passou na Fuvest. Estou com 36 e planejando a mesma façanha.Pretendo iniciar em 2012. Teria como vc me passar ou escrever algum lugar ou ate mandar email como vc se planejou , se organizou para esse empreendimento.

meu email é: informpf@gmail.com
PS: Comprei seu livro e estou aguardando ansiosamente para iniciar a leitura

Desde ja fico agradecido

Anderson M dos Santos

Monja disse...

É, doutor, acho que precisamos ir pra Poli...

Mas no Gênesis ainda não tinham aprendido a fazer sacanagem. Pelo menos não tanta.
Ainda não tinham tirado diploma com o demo.