domingo, novembro 13, 2011

A São Francisco, sempre um palco de lutas


Enfastia a modorrenta lenga lenga das conversas de PM na usp, autoritarismo de reitor, estudantes maconheiros, lutas por liberdades democráticas, e etc.

Em qualquer pesquisa de opinião pública brasileira, uma das maiores preocupações, e com toda razão, do povo brasileiro: a segurança pública. Ali, naquele nicho esdrúxulo  não querem segurança pública? Logo, a premissa é falsa.

Como todos sabemos, ou deveríamos saber, as intenções reais dessa autodenominada esquerda são bem outras. Saindo um pouco da superficialidade dos argumentos previsíveis e repetitivos podemos detectar algumas verdades, mesmo sem criar uma Comissão para isso. Vamos a elas.

Como o seu discurso é único, além de anacrônico e burro, usam do repetitivo looping para fazer parecer consistente. Com isso, criam situações paradoxais, tristes e engraçadas. São incontáveis, mas podemos enumerar algumas.

O Estado de São Paulo, notadamente a Capital, rejeita o pt, as esquerdas todas e suas mal-intencionadas meias verdades. Isso é fato. E esse fato cria um incômodo entrave aos seus discursos enganadores e retrógrados. Em Brasília eles precisam enfatizar as grandezas do governo e rechaçar a pequena oposição que ainda não foi comprada. Em São Paulo eles precisam ser contra o governo e têm que ser oposição. Situação veramente incômoda: existem então duas realidades, com as quais têm que conviver.

Foi cômico acompanhar o desempenho do candidato do pt a Governador, nas últimas eleições. Mais até que o Tiririca. Ele dizia que precisamos renovar, já que competia com a reeleição. Mas, no mesmo discurso, fazendo campanha nacional pela presidência, dizia que precisamos continuar, já que lá não seria reeleição, mas continuísmo. Dizia também que até o parque industrial do Piauí estava superando o do Estado de São Paulo. Que todo o Brasil cresceu e prosperou, menos São Paulo. Não é mesmo risível? Perdeu, claro. Diz-se: o povo é ignorante, mas não é burro!

Sempre defendi que, mesmo sendo contrário às ideias, também as esquerdas têm direito ao seu discurso. Porque, se os deixarmos falar apenas uma vez, sem repetição, certamente não chegará a dois minutos. O seu paradoxo e contra-senso já se inicia pela própria denominação, no plural. Uma direita para n esquerdas. Logo, premissa bipolar falsa.

São Paulo somos mesmo uma pedra no sapato em seu projeto de manter o Brasil, como sempre, uma colônia e atrasada. E aqui, o seu discurso é aquele mesmo da década de 70: pelas liberdades democráticas, contra o autoritarismo, etc, etc e etc. Será que esses meninos que ficam repetindo esses cansativos motes não sabem, já que tão engajados politicamente, que são os mesmos defendidos por seus pais, quando adolescentes? Aproveitam-se até das mesmas bandeiras e vestimentas já emboloradas e amareladas   encontradas no baú de recordações do papi, hoje respeitável empresário, mas que à época, era um hippie, de liberdade e luta? Será preciso lembrar-lhes que a une, o dce da usp, uma esquerda dita tão combativa, está em “luta”  contra a opressão diabólica dessa direita fascista,  representada por... Serra, um ex-presidente daquela une? Aqui não há paradoxo, há burrice mesmo. Fazendo um rápido update, hoje a função do presidente da une é fazer compras na Daslu ou Shopping Iguatemi, com os subsídios oferecidos pela planalto central.

Assim, esses esquizofrênicos combatentes invadem, apossam-se e depredam a reitoria daquela usp. Não estão em combate por coisa nenhuma. Precisam apenas tentar desestabilizar essas terras ainda não conquistadas. Posto que arruaceiros, são presos por uma necessária polícia. E querem ser tratados como presos políticos.

Mais paradoxos complicadores da vida desses anacrônicos combatentes?

Por relatório do Ministério da Educação, durante o ano de 2010, cinquenta por cento das vagas oferecidas em universidades públicas não foram preenchidas. Mesmo adotando o NEnem, mesmo com os prouni da vida, com todos os beneplácitos, as vagas estão lá. Vagas. Mas eles lutam por cotas. Não é engraçado e sem sentido isso? Todos sabemos, de conhecimento público, que para a maioria dos cursos oferecidos por aquela usp, basta escrever certo o seu próprio nome no vestibular que você consegue a sua tão sonhada vaga na universidade. Caso erre, será na segunda chamada. Ou na terceira, na quarta. And so on. Cota para quê?

Querem cota para entrar na São Francisco. Mas aqui ainda vige aquilo que é mesmo a pedra no sapato da rançosa e rancorosa esquerda-no-discurso: a meritocracia, a competência. Competência, valor tão comum nessa nossa São Paulo, é inconciliável com usurpação e favorecimento. Como por essa via da competência não entram pela porta da frente da São Francisco, uma ardilosa e diabólica estratégia: de comum acordo com a esquerda-de-mesada que também graças ao bom Deus está deixando a gestão do “XI de Agôsto”, agendam uma Assembléia da usp no Salão Nobre. Não por desejo dos alunos franciscanos. São Francisco não é usp. São Francisco é São Francisco. Tem luz própria. Nunca houve uma assembléia deles por aqui, nos seus 74 anos de existência. Nunca. Como intenção primeva, a grotesca ideia de tumultuar a eleição para o XI, tentando inutilmente impedir a fragorosa derrota que efetivamente se deu. E então se vangloriam de uma memorável assembleia contra o autoritarismo. Não é mesmo risível? Fosse aqui uma rede social, diríamos: hahaha.  Em um universo de cem mil, ter uma assembléia com 700 nada tem de memorável. Além da beleza de um cenário, quando é o nosso Salão Nobre. Que foi devidamente emporcalhado pela horda. Parcos franciscanos que ali estavam, fizeram-no pelo clima de fim de aulas e início de provas. Nada a fazer mesmo... Afinal, sempre é hilário assistir o standup comedy comunista, em mais uma de suas fraudes arquitetadas: usar o conceito e o bom nome das Arcadas em proveito próprio e distorcer o que irá para a mídia. Fazer parecer mentirosamente que a usp tem o apoio da São Francisco em suas “lutas”.

Claro está que essas palavras, que nada têm de jornalismo, serão prontamente tachadas segundo o costumeiro kit-resposta: fascistas, de direita opressora e tudo o mais. Atualmente acrescentaram um adjetivo democrático aos que não concordam com suas canhestras idéias: somos todos inguinorantes!

A São Francisco nunca esteve “em lutas”. Sempre foi efetivamente o celeiro de ideais embrionários dos anseios maiores do que viria a se concretizar no Brasil. Isso não é arrogância, umbiguismo, nada. É fato. E que tais lutas nunca foram picuinhas menores, mas ideais de Estado e de Nação. Ou ainda mais sublime: quando se trata de defender As Arcadas. Como na assembléia em 2007, essa sim memorável, para a deposição do canhestro Presidente do XI, que havia traído a confiança dos alunos. No Salão Nobre, 935 alunos, de um universo de 2300. Isso é expressivo!

E, por tudo o que assistimos, a São Francisco continua sendo o último reduto dos que negam veementemente o domínio fraudulento de uma imensa quadrilha que se apossou do País e anestesiou o já adormecido gigante em berço esplêndido. Em nome de uma ideologia fartamente demonstrada fracassada, na prática, nada mais fazem do que saquear de todas as formas o Erário Público. Com esse enriquecimento ilícito compram a adesão ou o silêncio dos opositores. Aos miseráveis, bolsas diversas. Aos ignorantes, palavras de esperança de um mundo melhor. Aos estudantes, algo para fazer nas tardes ociosas.  Estes, os mais fáceis de engabelar: basta lhes dar a sensação de que liberdade amplamente democrática é poder utilizar sexual e fartamente todos os buracos e que é seu direito fumar maconha. Dado isso, eles saem por ai a repetir palavras de ordem, como se a História tivesse começado com os seus vinte anos. Reinventando as rodas. Não sabem nem que seu vovô fuma um baseadinho, logo após o café da manhã, sem qualquer alarde. Como saber então que estão sendo usados e manipulados, feito a boi no pasto? Valha-me, meu São Francisco!

Essa é a real “luta” por que passa hoje a São Francisco, até que o resto do Brasil acorde: manter longe dali a famigerada esquerda-de-discurso. 

Arcadas, XI, , CLXXXIV

3 comentários:

Anônimo disse...

NOSSA, QUANTA MERDA. Valha-me, meu São Francisco.

Anônimo disse...

a 1a latrina que censura cocô, por isso quase sempre 0 comentários.

monja disse...

Esse pessoal uniformizado de verde/vermelho aprendeu a bater o pe lendo "Mein Kampf".
Faz sentido.