domingo, novembro 06, 2011

XI/XI/XI – Festa do Bota-fora


Errata: n’O Discurso do Rei cometemos uma lamentável falha prognóstica: “...Inclusive você, que engrossa as fileiras dos 400 comunistas anuais a votar nessa balela que apenas sabemos discurso”. O pleito demonstrou 404. Em defesa, pode-se argumentar que, no universo franciscano, por esses integrantes, em sentimento e alma serem borderline, tenham assim fugido ao acurado tirocínio prognóstico de quem conhece absolutamente o espírito e a alma franciscana. Acrescentando que esse conhecimento nada tem de exclusivo ou sobrenatural, mas decorrente da singela condição de ser um deles. Cumpre ainda informar que A LATRINA recebeu 1400 visitas, para depositar nela as suas imundícies e também para conhecer o Discurso do Rei. Por outro lado, o número total de votantes foi 1396. Fica extremamente penoso pensar que esse mesmo fatídico número quatro tenha sido tal leitura de alguma forma induzido a se travestir em votos ao Forum da Esquerda? Jamais seria perdoado por tal infame bestialidade! 


Denúncia: é preciso abolir a nominação “votos em branco”. O que faz pressupor que os demais foram votos em preto. O que é uma inverdade. Houve sim votos em preto. Mas houve votos rosinha, laranjas e até verdes (por pressuposto, a cor do PorXI é essa, dado ao seu caráter eminentemente vegetariano. Cuja combustão verde, além de deixar numa nice, certamente colabora com o aquecimento global). E que ambos os raciocínios demonstram uma odiosa manifestação racista, condição essa refutada por todo o povo brasileiro em nossa totalmente eficaz Carta Magna. É um absurdo tudo isso! Portanto, para o segundo turno, nada de votos em branco.
Calouro vota Direito
Feitas a denúncia e essa necessária mea culpa inicial podemos continuar com as inferências para o segundo turno da eleições para o “XI de Agôsto”. Desses previsíveis 400, demonstrados 404, depositários de um ideário canhestro, espúrio, mentiroso, nefasto, hipócrita, além de inadequado ao meio, temos 250 que advêm de calouros.

Calouros franciscanos, sabemos todos como são: essencialmente brilhantes, mas susceptíveis ao fascínio difundido e histórico atribuído ao XI, de ser o baluarte de cruzadas em prol da Humanidade, da Verdade e da Justiça.

Decorrida a efêmera condição de calouro, vimos saber que o XI nada mais é do que uma salinha que endereça o Estado franciscano, que deve representar o quinhão que cada um de nós abre mão individualmente para constituí-lo.  Logo, o poder originário que constitui a grandeza do XI e das Arcadas nada mais é que o próprio Aluno. E quem habita temporariamente aquela salinha, na condição de Gestão nada tem de grandeza em si, e não o possuem como próprio, mas apenas representam, precária e provisoriamente, o conjunto de alunos e o seu bem comum, As Arcadas. Que, como sabemos, não quer cruzada alguma, exceto aquela de vivenciá-La em sua plenitude. Vivência essa entremeada de algumas esparsas muitas festas, muito devaneio experimental e uma imersão completa em aditivos energéticos diversificados. Eventualmente, uma contrapartida contratual sinalagmática, com um necessário aprendizado de Direito. Nesse contexto, com toda a propriedade, pode o franciscano se ufanar e umbiguisticamente exclamar: o XI sou Eu!

Mas, como dito, esse conhecimento ao calouro vem num depois. A princípio, são habitualmente ludibriados, tão logo entrem em fila para fazer a sua matrícula na São Francisco, recebendo o seu kit “salvador do mundo”. E é até cômico, não fosse trágico, assistir àqueles humildes moradores do Jardim Europa em seu curso intensivo para aprender o que vem a ser essa entidade, denominada pobre. Uma árdua tarefa! Desde logo, aposentar sua vestimenta de grife. A renovação do guarda-roupa de sua nova investidura far-se-á nas feirinhas populares do Brás.  E preciso se vestir como um do povo (argh!). Depois, desaprender todo aquele português amealhado em longos anos nas melhores escolas do País. E preciso falar como um do povo, enaltecendo então a sua Presidenta. Para o requintado calouro é fácil, equivalente ao aprendizado de mais um idioma: o idioma dos aletrados. Nóis tem que aprendê a si cumunicá cum os cumpanhero. O aprendizado dos vários idiomas que têm, é segredo guardado a sete chaves: um do povo nem ao menos português sabe! A seguir, como jogadores de futebol que sempre tem todos respostas iguais para todas as perguntas, mesmo que diferentes, aprenderão frases feitas e de efeito. Com elas, irritantemente, responderão a todas as perguntas, mesmo que diferentes. Ah, a luta contra as desigualdades... Esses cursos sempre são oferecidos por forças ocultas, interesses externos às Arcadas e são realizados em paradisíacos recantos onde todos eles, além de dedicação extrema ao aprendizado, confraternizarão entre si e com seus honoráveis mestres que, incrivelmente conhecem todas aquelas maravilhosas frases de efeito, na ponta da língua. Verdadeiro heroi! Alguns mais iluminados chegam a ir para a Cuba nesses treinamentos. Ai então é a própria glória! E, como verdadeiros anjos decaídos, serão apresentados a uma realidade socializada, onde ninguém é de ninguém! Descobrirão deslumbrados que o fogo queima e que a água molha: a existência do livre arbítrio. Sem porém saber que apenas estão sendo apresentados, mas sumariamente suprimidos dele. E esses calourinhos então aparecem nas segundas feiras, todo cheios de novidades, com um cérebro devidamente lavado: chato, pegajoso, previsível e irritante. Muito embora inofensivos.


Por tudo isso, com essa nova e deslumbrante bagagem, roupas puídas, verborragia rançosa e messiânica e um comportamento plurissexual bizarro (que lhes parece inédito e moderninho, dado à lavagem cerebral recente, porque bem sabem da existência prévia, coisa de milênios, de Calígula, d’O Banquete, Kama Sutra e tanto mais. Nada de novo sob o Sol!...) entram no mês de outubro imbuídos da vitória certa: ousar ...., ousar vencer!  Como não são tantos quanto gostariam, comunistas, na luta pela causa, apelam até mesmo para os Beatles: with a little help from my friends. Com isso, a São Francisco se vê invadida por companheiros das plagas do butantã, a compor uma claque ensandecida. Verdadeiro cover do Jorgen Benjor: versos monotonamente repetitivos e cansativos. Porém alto, muito alto! Fazem um barulho danado.

Com isso, está preparado todo o cenário, a coreografia, a sonoplastia, para o grande espetáculo: as Eleições para o “XI de Agosto”. Mas a vida é mesmo feito à rapadura: é doce. Mas não é mole, não! E uma fragorosa derrota descerra o seu véu de pureza e ingenuidade: a prática do Admirável Mundo Novo que estudaram tão intensamente em seu ideário esdrúxulo não estará assim tão acessível nas Arcadas. Tudo porque franciscanos outros não são passíveis de serem imbecilizados em definitivo. Esses são, foram, os 250 votos calouros obtidos pelo Forum da Esquerda.


O que é prova inexorável da existência de um bom Deus a nos guiar, guardar e proteger é a reversibilidade do estado descrito apocalipticamente da mente franciscana caloura: são ainda passíveis de salvação esses adoráveis incautos. O mesmo não se pode dizer daqueles outros 150, na realidade 154: somente a existência de um demônio a nos infernizar a vida é que explica a sua perenidade de estado. Alguns deles ainda salvar-são ao longo do caminho. Outros poucos restantes constituir-se-ão nas futuras vergonhas da São Francisco. Como hoje eles apontam, dedos acusadoramente em riste, como as “vergonhas da São Francisco” aqueles que apoiaram e embasaram uma outra proposta no passado que, tudo o que tem de odiosa e errada é o fato não ser a sua própria. Jamais lhes passa pela obtusa mente que ambas são redondamente enganosas e enganadas. O bom-senso não admite qualquer segmentação: inexiste a figura do bom-senso de direita ou o bom-senso de esquerda. Para ser bom, o senso exige-se inteiro.   


E é em nome da reversibilidade da lavagem cerebral dos desavisados calouros que os conclamo a uma tarefa extraordinária, para a sua redenção. Com o seu voto de arrependimento, que não deverá ser para o forum da esquerda, o resultado final, constante do segundo turno das Eleições para o XI: 1250 votos para a São Francisco, deixando os 150 como votos deles, neles mesmos.


Afinal, depois de uma Peruada e de uma eleição, você já foi elevado para a condição de não-mais-calouro, portanto, não é mesmo burro. Isso de chamar você de burro era apenas uma brincadeirinha inofensiva. Entregaremos a eles, no dia XI/XI/XI, devidamente emoldurado em formato de um Diploma o resultado da eleição, embasando a concessão aos renitentes salvadores do mundo embrenhados nessas nossas Arcadas o título de “Persona” non grata nas Arcadas. Vai ser uma mais do que excelente maneira de comemorarmos esse dia especial. Tão especial que somente ocorrerá novamente daqui a cem anos. Não é um presente especial, verdadeiro mimo? E então instituiremos essa data como a Festa do Bota Fora, a ser efusivamente comemorada e bebemorada também no Largo, por todos os franciscanos!  A LATRINA, como patrocinadora de tal memorável evento, oferecerá as primeiras 1108 latinhas de breja, em sinal de reconhecimento ao seu retorno à inteligência natural franciscana de calouros. Um presente, apenas como justificativa, já que se sabe que outras virão a seguir.

Argumentarão, os derrotados, por certo estarem os outorgadores do presente título em defesa de um outro titulado recentemente. Redondamente enganados. A oferta é apenas a aplicação prática do “é dando que se recebe” ou ainda, mais apropriadamente, mera referência aos jacobinos, instituidores da guilhotina, na qual acabaram por repousar suas próprias cabeças. 

Portanto, na cédula de votação, o seu X não mais será para o forum, mas para o Resgate. Será a primeira vez na História, em que um X valerá XI. Não se preocupe com essa escatologia. São coisas peculiares da peculiaríssima São Francisco.

Ao Movimento Resgate Arcadas, beneficiário consequente do resultado, fica o encargo de ser a Gestão do XI em 2012, obrigando-se, ao entregar o outorgado Título de Persona non grata aos agraciados, em nome dos Alunos. Na recusa desta, afixar placa comemorativa no Porão. Ficam obrigados também a entregar documento-compromisso aos Alunos de que o faz na condição de seu Representante e não proprietário do XI. Com isso, prescinde-se da consecussão de qualquer Carta-Programa, que todos sabemos, todas inverossímeis. A Carta Programa do XI foi elaborada em 1903, válida para todo o sempre, excetuado aquilo que foi acrescentado em 2003. Que deve ser banido. Isso faz lembrar a condição de um condenado à prisão perpétua que exige veementemente uma agenda anual. Né?

Dentre outros anacronismos das gestões, ficou evidenciado no debate, um deles: enquanto o (engraçado) Ombsdman recebia torpedos (a mais recente e poderosa ferramenta de comunicação), alunos ficavam ali se digladiando paradoxalmente por melhorias na Cota de Xerox para alunos! Isso se chama inadequação temporal. (O forum, quando Gestão acumula também a inadequação espacial).  

Para ser sucesso absoluto como Gestão (ou melhor, simplesmente cumprir a obrigação), basta que represente o Aluno em seu poder originário e não ouse substituí-lo pelos valores mundanos do grupo gestor. Algo extremamente simples e fácil, tendo-se em mente a normal fundamental franciscana: o XI sou Eu, o Aluno.

Portanto, calouros desgarrados e agora resgatados, Avante! Vamos, como Conscerto,  PorXI nas mãos da São Francisco, seus alunos! E bebemorar com a Festa do Bota-fora!
 Calouro, vota Direito!
Como últimas palavras, um humilde exercício de magnanimidade. A sugestão para que os aguerridos defensores da universidade, ora meros perdedores do XI, para lá se dirijam. Todos sabemos que qualquer franciscano, com ambas as mãos amarradas, será aprovado na fudest para qualquer daquela profusão de cursos cuja aprovação exige apenas que se consiga redigir o próprio nome corretamente. Sem ofensas, apenas uma realidade. Assim estarão habilitados e qualificados para empunhar uma bandeira de lutas por melhorias, que ali efetivamente são necessárias. Temos certeza que serão úteis, bem-vindos e terão sucesso por aquelas paragens. E, ai sim, terão o nosso apoio, bem à distância. As Arcadas não precisam de melhorias. É, por si, excelente pelos seus alunos, cuja maior luta é estar em Paz, sem vocês.   

Arcadas, XI/XI/XI , ano CLXXXIV

Um comentário:

Um "neutro" enojado disse...

Com a devida vênia, o sr não possui privada em casa? Sempre a despejar todo esse estrume e ainda tentar fazê-lo ver e sentir pela comunidade franciscana. A descarga é uma invenção antiga e útil, procure conhecê-la. Ademais, as constantes e anacrônicas perseguições aos ditos "vermelhos" nesse contexto escatológico só me fazem pensar uma coisa, deves ter algum problema com as hemorroidas. Procure um médico.