quinta-feira, outubro 11, 2012

É Peruada, oba!

Finalmente a gente pode dizer: é Peruada, Oba!

A única coisa que tem de ruim da Peruada é que ela demora sempre um longo ano pra acontecer de novo.
Mas até isso tem uma semente de coisa boa: faz com que a lascívia acumulada se acumule mais. E agora até tem gente que, com ares de modernidade, anda dizendo que deveríamos curtir cada dia como se fosse o dia  da Peruada. Seu lindo, obrigado por tentar coisas novas! Mas isso de novo não tem nada. O maior clichê que existe nisso de "dias especiais" é: o dia das mães não deveria ser um só, mas o ano todo. O dia do Natal... idem. O dia disso... idem. Portanto, nada de novo debaixo do Sol. Isso já há milênios.
Estão querendo introduzir, coisa que deveria ser tarefa do Peru, a ideia da Periquita na Peruada.Pois, bem. Tá aceito, de imediato! Acho a ideia por deveras excitante: a Periquitada (Ahhhh!). E nem precisa isso de "substituir". Devemos não excluir, mas somar. Penso que as duas coisas devem ficar juntas. Juntinhas. Mais ainda, uma dentro da outra. Feito o Yin e o Yang. 

Nessa de "modernidades" querem diminuir o valor do Peru. De que o fálico que contém o Peru deve vir abaixo. Nada disso. O Peru não pode ficar de fora. A função e a graça do Peru é sempre ficar lá no alto, o mais possível. Pois é assim que ele pode se realizar Peru. Não se pode dizer que o culto ao Peru seja uma opressão. Isso é um erro conceitual. O Peru pressiona. Isso sim. E nem é por todo o tempo, mas de maneira cíclica e intermitente. Que até permite um neologismo inevitável, intermetente. O seu modus operandi. Nada contra as modernidades. Só acrescentando que nada tem de modernidades. E que vale muito a intenção, essa de buscar a reaproximação entre o Peru e a Periquitada. Ainda mais nesses tempos de isolacionismo e do culto ao mesmo, ao igual. O bom é o diferente. Viva a diferença!

Como uma divagação pertinente, podemos dizer que a Humanidade costuma distorcer, desvirtuar e por isso, mal-entender conceitos. A fábula do Midas, de transformar em ouro tudo o que toca não é uma vantagem, mas um castigo. Ele morre de fome, pois transforma em ouro aquilo que vai comer. Diz-se que o guepardo é o animal mais veloz, que corre acho que cerca de 100 km/h. Corre muito o felino, mas corre menos do que a sua presa, que, ao fugir, corre portanto mais que ele. E ainda com a vantagem: além de mais veloz, ainda é mais esperta. 

Por isso, o culto ao Peru, ao fálico, nada tem de "domínio", de machismo ou qualquer coisa que o valha. O culto ao fálico nada mais é do que um culto indireto ao antro feminino, que o faz ter sentido de existir.  Razão suficiente para aderirmos de pronto à ideia da Periquitada. Se a proposta é um culto direto, e não mais indireto, que assim seja. Vamos entrar com tudo na Periquita então! Sem nunca se esquecer do Peru, jamais! Se há Periquitada, o Peru deve estar dentro. Não por uma questão de tradição, mas por coerência.

Sem mais delongas: que venha então a Periquitada, ahhhh! E, dentro dela, como deve acontecer, a Peruada, oba!

XIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXIXI
Pra quem nunca participou de uma Peruada, calouro ou veterano requenguela, vou dar algumas dicas, do que eu me lembro:

A Peruada é uma festa muito semelhante ao que é a Esquerda Brasileira, mas conhecida pelos íntimos, como A Esquerdalha. Se não, vejamos:
É um típico aglomerado de pagãos adoradores do Álcool. Lembra alguém? Então. De tanto consumir essa oferenda, o cidadão anda prá cá, andá prá lá, tropegamente. Com isso, acaba ficando com a impressão de que a direita não existe. Que só existe a esquerda. E fica falando palavras desconexas, sem sentido. Um monte de merda mesmo. Quer prova mais cabal dessa teoria, que a Peruada é uma fábrica de esquerda?  O que ele afirma, peremptoriamente: existem duas esquerdas. A direita é pura invenção sua! Enquanto São Paulo continua como sempre, trabalhando pra sustentar o resto, aquele mar de gente, toda zoada, entorpecida, totalmente fora da realidade. Esse negócio de querer tornar toda São Paulo parte da putaria tem o singelo nome de Projeto Adad. Mas todos sabem que é uma ideia fadad ao fracasso, pois não. Para aqueles aparvalhados, com certa dificuldade em cooptar toda aquela exuberante Periquitada, sempre aparece uma, tentanto garantir mais um peruzinho na urna das eleições para o XI que ocorrem logo na semana seguinte. Com isso, ele compromete a dignidade, mas não zera. Uma boa troca, essa. Um dos males das diretorias do XI muito certamente é isso: não é "O dia Seguinte", como aquele filme, mas  "A Semana seguinte.. da Peruada". Essa overdose de ressaca moral compromete a seriedade de qualquer coisa. Esse fenômeno de cooptação de apoiador é conhecida como capovis. Bastante comum, principalmente com a Peruada. Na Peruada, ninguém é de ninguém, moto perpétuo do pessoal que vai pelos sítios do interior, receber aulas para decorar a Cartilha. Depois de quarenta anos, ele  vai alegar que era uma reunião de estudantes. Só não completa a frase "estudantes da Cartilha, pra tomar o poder". Por essas e por outras, se não for a sua praia, faz-se aqui a sugestão: se vc encontrar um Negão pelo caminho, cuidado! Ele Só Te Fode! É realmente, por essas e por outras, uma festa com muita verossimilhança com a esquerda tupiniquim. Todo mundo socializando geral. Ninguém nunca tem prova de nada. Quando tema, alegamos que é prova ilícita. Sendo lícita, alegamos que não a aceitamos e pronto. Alguns alegam que fraquejaram porque era a dita dura. Ao final, vale a jurisprudência da Martaxa: é só relaxar e gozar. E tudo isso se torna possível porque, para fechar a festa, vale a Máxima do Máximo, que não tem o mínimo... nem de decência: não me lembro de nada. Nadinha mesmo!


Enfim, uma excelente Periquitada pra todos, recheadas de Peru!


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