segunda-feira, março 31, 2014

Comissão da Verdade: e o depois?

Num exercício de insanidade, suponhamos que a Comissão da Verdade obtenha pleno êxito: todos os descendentes dos torturadores abocanhem os seus milhões. Para tanto, que todos os militares envolvidos na horrenda ditadura resolvam declarar em detalhes todos os bons meninos que eles torturaram, mataram e tudo o mais. Muitos dos torturadores ressuscitarão, para contar a sua parte. Serão importados equipamentos de leitura de pensamentos e intenções e tudo o mais. Enfim, que toda a mais absoluta meia verdade seja esclarecida. 

A grande interrogação é "e o depois?". O único mote, o único projeto, a única plataforma de governo, a única coisa que paira sobre as mentes sombrias que compõem a grande quadrilha que ganhou o espólio do regime militar é: precisamos esclarecer sobre os torturados e torturadores. A isso costumam dar o singelo nome de "caça às bruxas". O que eu gostaria muito de saber é o que farão no tenebroso dia seguinte. O Day After.

Já mostraram, os seus elementos, que são incompetentes para tudo. Absolutamente tudo, exceto nos diabólicos esquemas para enriquecimento próprio e do partido. Aos que venderam seus votos em troca de uma bolsa qualquer, assim que se assentarem definitivamente no Poder, não será mais preciso comprar os seus votos. Não haverá votos. 

Usaram a galinha dos ovos de ouro do Brasil, não deles, a Petrobrás, para tapar buracos. Com os seus cofres compraram tudo o que era necessário: o povo, a situação e a oposição. Cobriram rombos que apareceriam na "inflação controlada e baixa" com o dinheiro dela. Compraram a estabilidade da moeda com os recursos dela. Agora, apenas como insólita prova da sua incompetência, chega perto o momento de as ações da galinha dos ovos de outro valerem centavos. E então ela será arrematada pela China (por exemplo).  Burrice maior do que comer os ovos é dar de presente a sua galinha dos ovos de ouro. 

Dentro da sua incompetência ampla, total e irrestrita, cometem o mesmo infantil erro que novos ricos cometem: acreditam que podem comprar amigos internacionais. E anistiam a Bolívia, o Sudão e outros tantos mais. Confiam, com isso, que em futuro próximo terão o seu aval, como se fossem os parlamentares comprados aqui. Desculpem, mas é elementar: quem se vende não é confiável. A sua lealdade só dura até uma próxima oferta melhor. 

Aos países que não conseguem comprar, estão dando o Brasil de presente: não mais apenas ser um quintal de produção, ouro contrabandeado ou outras "quirelas". Não, agora estão entregando o território mesmo: Raposa Serra do Sol, em breve declara independência. Com o apoio mundial, em nome da liberdade dos povos.

 Arquitetaram também a total impunidade: o atual STF tem um "placar" de 6x5. Logo, sempre será assim, com essa votação, para absolver amigos. E também para condenar inimigos.  Simples. Como ninguém pensou nisso antes?

Amordaçaram as forças armadas com argumento de só sabem fazer "ditadura" e torturar os pobres guerrilheiros. Quando a sua real função "seria" a de defender o Estado contra forças estrangeiras e defender o cidadão contra o próprio Estado, quando for o caso. Como é o caso. Essa deveria ser a sua guerra diária, contínua. Mais uma vez, elementar: se o exército falhou em sua missão pacificadora, criando a tal "ditadura" e perdendo a guerra, não implica em se omitir em uma próxima guerra. A sua existência se justifica essas duas  missões, "guerras" citadas. Está lá escrito na constituição de brincadeira. Lembrando que não existe exército mais perdedor de guerras do que o dos EUA. No entanto, amanhã mesmo, certamente criarão mais uma.

Com isso serão uma monarquia absoluta e déspota de um País cuja tecnologia de ponta consiste em dominar a fabricação de pregos (mas o martelo precisam importar), serão uma restrita oligarquia e viverão nababescamente na Ilha Fiscal da Fantasia, Brasília. Marx e as esquerdas todas nada têm contra o Capital. Têm contra o Trabalho. 

Aos miseráveis mandarão "comer brioches". A todos, o circo. Um povo que se contenta com a modorrenta e sagrada novela das oito. Para variar o cardápio, um big brother por ano. E, óbvio, uma copa do mundo a cada quatro. Como em todo o resto, o Brasil se tornou exportador de craques de futebol e nada fica aqui. Assim como somos exportadores de comida e nada fica aqui. Assim como somos exportadores de riquezas e nada fica aqui.

Povo que está, apesar das evidências, longe de ser um povo ignorante e omisso: nas férias, vez por outra, eles vão até a Avenida Paulista protestar, com os seus indefectíveis nariz-de-palhaço. Uniformes para mostrar que realmente o são. Agora com a novidade de badblocks, verdadeiro celeiro de guerrilheiros, para selecionar um nosso futuro presidente.

Mas toda a verdade foi esclarecida, e principalmente indenizada. Ah, isso foi!  

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Leitura complementar:
Uma testemunha ocular da incompetência referida.

Trabalhei longo tempo num Banco estatal. De madrugada. Coisa de miseráveis que se metem a fazer Medicina, em tempos em que não havia cotas para pobres, nem para negros, nem para índios, nem para dependentes químicos, nem bolsa, coisa nenhuma. Atributos que eu acumulo, portanto sou rei em meu querer falar. A lei era: se quiser, vá trabalhar, que é o seu fardo! Tinha uma compensação: não vigorava ainda o execrável "politicamente correto".

Comigo, um número pequeno de idiotas que trabalhavam de madrugada, para concretizar durante o dia um projeto pessoal. Todos, exceto um. Esse era "o" incompetente". Não conseguiu entrar em nenhuma faculdade. Montou uma banda. Quando montada, foi expulso dela. Abriu um bar. Fechou seis meses depois. Casou. Sua querida esposa era a felicidade geral da nação, ao menos para nós, os amigos... dela, não dele. Dois anos depois ela pediu o divórcio, alegando que ele era incompetente na cama, não a satisfazendo sexualmente. Sem mais nada pra fazer, encostou-se no recém-criado pt, que vendia broches para conseguir dinheiro para "continuar na luta". Um dos broches que ele vendeu, eu o comprei. Como o pt se constitui de elementos como ele, formou-se um imenso dominó de caídos incompetentes. Bastava esperar a sua hora. E essa sua hora chegou: foi agora empossado ministro da Fila Dilma. (e ele, juro por todos os deuses, não foi torturado não senhor! Torturados éramos nós, pela sua simples presença. Evitada, inclusive).

Portanto, poderia escrever indefinidamente sobre a descrição do Day After. Mas como você e eu temos mais o que fazer, deixo apenas essas menções. Dá pra pegar o espírito, acredito!  



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