segunda-feira, março 31, 2014

Comissão da Verdade: e o depois?

Num exercício de insanidade, suponhamos que a Comissão da Verdade obtenha pleno êxito: todos os descendentes dos torturadores abocanhem os seus milhões. Para tanto, que todos os militares envolvidos na horrenda ditadura resolvam declarar em detalhes todos os bons meninos que eles torturaram, mataram e tudo o mais. Muitos dos torturadores ressuscitarão, para contar a sua parte. Serão importados equipamentos de leitura de pensamentos e intenções e tudo o mais. Enfim, que toda a mais absoluta meia verdade seja esclarecida. 

A grande interrogação é "e o depois?". O único mote, o único projeto, a única plataforma de governo, a única coisa que paira sobre as mentes sombrias que compõem a grande quadrilha que ganhou o espólio do regime militar é: precisamos esclarecer sobre os torturados e torturadores. A isso costumam dar o singelo nome de "caça às bruxas". O que eu gostaria muito de saber é o que farão no tenebroso dia seguinte. O Day After.

Já mostraram, os seus elementos, que são incompetentes para tudo. Absolutamente tudo, exceto nos diabólicos esquemas para enriquecimento próprio e do partido. Aos que venderam seus votos em troca de uma bolsa qualquer, assim que se assentarem definitivamente no Poder, não será mais preciso comprar os seus votos. Não haverá votos. 

Usaram a galinha dos ovos de ouro do Brasil, não deles, a Petrobrás, para tapar buracos. Com os seus cofres compraram tudo o que era necessário: o povo, a situação e a oposição. Cobriram rombos que apareceriam na "inflação controlada e baixa" com o dinheiro dela. Compraram a estabilidade da moeda com os recursos dela. Agora, apenas como insólita prova da sua incompetência, chega perto o momento de as ações da galinha dos ovos de outro valerem centavos. E então ela será arrematada pela China (por exemplo).  Burrice maior do que comer os ovos é dar de presente a sua galinha dos ovos de ouro. 

Dentro da sua incompetência ampla, total e irrestrita, cometem o mesmo infantil erro que novos ricos cometem: acreditam que podem comprar amigos internacionais. E anistiam a Bolívia, o Sudão e outros tantos mais. Confiam, com isso, que em futuro próximo terão o seu aval, como se fossem os parlamentares comprados aqui. Desculpem, mas é elementar: quem se vende não é confiável. A sua lealdade só dura até uma próxima oferta melhor. 

Aos países que não conseguem comprar, estão dando o Brasil de presente: não mais apenas ser um quintal de produção, ouro contrabandeado ou outras "quirelas". Não, agora estão entregando o território mesmo: Raposa Serra do Sol, em breve declara independência. Com o apoio mundial, em nome da liberdade dos povos.

 Arquitetaram também a total impunidade: o atual STF tem um "placar" de 6x5. Logo, sempre será assim, com essa votação, para absolver amigos. E também para condenar inimigos.  Simples. Como ninguém pensou nisso antes?

Amordaçaram as forças armadas com argumento de só sabem fazer "ditadura" e torturar os pobres guerrilheiros. Quando a sua real função "seria" a de defender o Estado contra forças estrangeiras e defender o cidadão contra o próprio Estado, quando for o caso. Como é o caso. Essa deveria ser a sua guerra diária, contínua. Mais uma vez, elementar: se o exército falhou em sua missão pacificadora, criando a tal "ditadura" e perdendo a guerra, não implica em se omitir em uma próxima guerra. A sua existência se justifica essas duas  missões, "guerras" citadas. Está lá escrito na constituição de brincadeira. Lembrando que não existe exército mais perdedor de guerras do que o dos EUA. No entanto, amanhã mesmo, certamente criarão mais uma.

Com isso serão uma monarquia absoluta e déspota de um País cuja tecnologia de ponta consiste em dominar a fabricação de pregos (mas o martelo precisam importar), serão uma restrita oligarquia e viverão nababescamente na Ilha Fiscal da Fantasia, Brasília. Marx e as esquerdas todas nada têm contra o Capital. Têm contra o Trabalho. 

Aos miseráveis mandarão "comer brioches". A todos, o circo. Um povo que se contenta com a modorrenta e sagrada novela das oito. Para variar o cardápio, um big brother por ano. E, óbvio, uma copa do mundo a cada quatro. Como em todo o resto, o Brasil se tornou exportador de craques de futebol e nada fica aqui. Assim como somos exportadores de comida e nada fica aqui. Assim como somos exportadores de riquezas e nada fica aqui.

Povo que está, apesar das evidências, longe de ser um povo ignorante e omisso: nas férias, vez por outra, eles vão até a Avenida Paulista protestar, com os seus indefectíveis nariz-de-palhaço. Uniformes para mostrar que realmente o são. Agora com a novidade de badblocks, verdadeiro celeiro de guerrilheiros, para selecionar um nosso futuro presidente.

Mas toda a verdade foi esclarecida, e principalmente indenizada. Ah, isso foi!  

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Leitura complementar:
Uma testemunha ocular da incompetência referida.

Trabalhei longo tempo num Banco estatal. De madrugada. Coisa de miseráveis que se metem a fazer Medicina, em tempos em que não havia cotas para pobres, nem para negros, nem para índios, nem para dependentes químicos, nem bolsa, coisa nenhuma. Atributos que eu acumulo, portanto sou rei em meu querer falar. A lei era: se quiser, vá trabalhar, que é o seu fardo! Tinha uma compensação: não vigorava ainda o execrável "politicamente correto".

Comigo, um número pequeno de idiotas que trabalhavam de madrugada, para concretizar durante o dia um projeto pessoal. Todos, exceto um. Esse era "o" incompetente". Não conseguiu entrar em nenhuma faculdade. Montou uma banda. Quando montada, foi expulso dela. Abriu um bar. Fechou seis meses depois. Casou. Sua querida esposa era a felicidade geral da nação, ao menos para nós, os amigos... dela, não dele. Dois anos depois ela pediu o divórcio, alegando que ele era incompetente na cama, não a satisfazendo sexualmente. Sem mais nada pra fazer, encostou-se no recém-criado pt, que vendia broches para conseguir dinheiro para "continuar na luta". Um dos broches que ele vendeu, eu o comprei. Como o pt se constitui de elementos como ele, formou-se um imenso dominó de caídos incompetentes. Bastava esperar a sua hora. E essa sua hora chegou: foi agora empossado ministro da Fila Dilma. (e ele, juro por todos os deuses, não foi torturado não senhor! Torturados éramos nós, pela sua simples presença. Evitada, inclusive).

Portanto, poderia escrever indefinidamente sobre a descrição do Day After. Mas como você e eu temos mais o que fazer, deixo apenas essas menções. Dá pra pegar o espírito, acredito!  



terça-feira, junho 04, 2013

Futurologia: os resultados das Copas


Levantamentos recentes dão conta de que o número médio de público em estádios brasileiros é algo em torno de dois mil. Curiosamente, a média do Estado do Pará é de quatro mil. 

O estádio construído para abrigar a final da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul custou cerca de R$ 350 milhões, vultosa soma que causou bastante revolta naquele e em outros países africanos. E que se tornou um elefante branco, sem uso, já que naquele país o rugby e o beisebol são mais populares que o futebol.

O Brasil está construindo vários estádios (consulte o número em qualquer outro lugar) ao custo de mais de R$ 1,2 bilhões de reais cada um, dinheiro esse da iniciativa privada, gentilmente cedido via BNDES, a juros de amigo do rei. O que nos garantirá a vaga de número um mundial em termos de elefantes brancos, verdadeira glória nacional. Não custa lembrar que as acomodações para atletas, construído para os Jogos Panamericanos, realizado no Rio de Janeiro, foram demolidas, logo após o nosso fiasco na competição. O governo garante que há verbas disponíveis para tal feito, dado ao sucesso brasileiro em termos internacionais, servindo a China colonialmente com matérias primas, da maneira como serviu a Portugal. Tal sucesso econômico já nos permitiu inclusive anistiar um bilhão de reais em dívidas de países africanos. Além de ter podido aumentar o bolsa-família em dois reais. Você sabia que você perdoou dívidas de um bi? Ah, vc precisa saber mais do que sai da sua carteira...

A Agremiação que congrega e representa o "movimento escoteiro" no Brasil é sócia emérita e vitalícia do Estádio do Maracanã, desde a sua construção, para a desastrosa Copa do Mundo de 1950. Como retribuição, desde então, os escoteiros realizam trabalhos voluntários no estádio. Com a reconstrução do Maracanã tal contrato foi revogado, unilateralmente. Mas A CBF está contratando vinte mil voluntários para trabalhar durante a Copa.  

Com esses dados genéricos, podemos partir para um salutar exercício de futurologia, facilitado pela previsibilidade da maneira como as coisas ocorrem no país:

1 -  a imediata revolta a esses escritos por parte dos socialistas de fachada,  com a alegação de que esse autor é adepto ferrenho da Teoria da Conspiração, nas mais variadas modalidades. O que justifica realmente que deva haver o controle da imprensa no Brasil.

2 - A Seleção brasileira de futebol não ganhará a Copa das Confederações. É quase certo que o título fique com a Alemanha, único país que está apresentando um futebol que vale a pena ser visto, mesmo que a transmissão seja comandada pelo Galvão Bueno.  Para comprovar isso, ganharam de sete a zero do país que ufanava dessa posição de melhor futebol do mundo. Mas, que na realidade fazem a função de Suíça, quando se fala nos milhões de dólares que meros jogadores passam a valer, quando jogam  na Itália. 

3 - A Argentina não ganhará a Copa do Mundo, pois já foi agraciada com a eleição de um papa daquela nacionalidade. O que corre à boca é que é que Jesus Cristo nunca esteve tão íntimo dos argentinos, desde os idos da Santa Ceia, quando Judas ali os representou. Vários de seus gols serão invalidados, perdendo todas as partidas pois haverá rigidez dos árbitros no conceito de que futebol não é basquete e os gols não não podem ser feitos com a mão. A Argentina perderá até para o Afeganistão, cuja seleção de futebol foi convidada especial, dado ao seu exímio desempenho quando da fase de morte súbita. Uma explosão de eficiência! Com tamanho fracasso, finalmente Maradona retornará ao pó de onde veio e será eleito o melhor atleta de todos os tempos no Reino dos Infernos. 

4  - A Espanha perderá os jogos por WO, pois os atletas estarão trabalhando em hora extra, para tentar salvar o país do colapso. O que já não ocorrerá com os atletas da Grécia, pois a palavra "trabalho" para eles é grego.

5 - A Seleção de Portugal será desclassificada por abandono da competição. As investigações esclarecerão o inbroglio. Como a Delegação de cartolas não recebeu equipamento para a tradução simultânea quando da reunião para distribuição de Alojamentos, foram parar em alguma UPP, certos de que se tratava de uma Unidade Para Portugal. Quanta desorganização da CBF! Com isso, foram sequestrados e expoliados dos seus euros, sendo que as camisas de sua seleção foram rapidamente vendidas por camelôs. Dado ao típico tirocínio dos atletas portugueses, foram rapidamente assimilados pela comunidade local, que lhes proporcionou a abertura de várias padarias, incrementando o comércio local. Dois deles se associaram a duas belíssimas mulatas e formaram um grupo de Fagode, um misto de Fado com Pagode e se apresentarão em breve no Faustão. Os dois cantores portugueses se destacaram pela excepcional memõria: ambos, em conjunto, conseguiram decorar a letra inteira da música "Ai, se eu te pego!". As duas mulatas participarão do próximo Big Brother e darão o tão ansiado e anunciado beijo gay na telinha.

6 - Está quase tudo acertado para que os EUA fiquem entre os quatro primeiros, pois lhes está reservado um título mundial para logo, logo. Faltam apenas detalhes para a decisão final da data mais oportuna.Por isso eles precisam demonstrar que estão melhorando aos poucos, para evitar comentários dos que defendem as Teorias da Conspiração por aí.

7 -  Feita essa necessária acomodação, a continuação. O título de Campeão Mundial de Futebol de 2014 ficará com o Brasil. Não pela qualidade do futebol, mas é que a comoção geral, o estado de felicidade geral da Nação garantirá ao PT a eleição de mais um Presidente da República. Que deverá ser negro, pobre, gay, analfabeto, membro do MST e que implantará definitivamente no Brasil o regime de Socialismo de Fachada.
Contará é claro com o apoio do Mula, já nessa época, devidamente morto. Estão contratando uma mãe-de santo para intermediar com as sessões de psico-audiologia. Não poderá ser psicografia, dado que o dito não dominava a escrita. E a dita mãe não o será de nenhum político, dado que de santo nenhum deles tem coisa alguma.

8 - O sucesso na eleição será garantido pela compra do apoio do empresariado brasileiro, cujo pagamento já está sendo feito antecipado por meio dos empréstimos do BNDES para a construção superfaturada dos referidos estádios. E também pelas urnas do TSE, que não são projetadas para o sistema decimal, mas para outro em que a unidade é o 13. Assim, qualquer número votado, de alguma maneira paranormal representa o 13. Aos empresários, um dinheirinho extra lhes está garantido com as respectivas demolições, depois de uns dois a três anos. Com esses pagamentos feitos, será evitada a denúncia pelo Ministério público e o eventual desgaste causado por condenações à prisão de tal elite. O respectivo processo deverá receber o nome popular de Elefantão ou coisa parecida. Como nesse tempo o Partido já terá indicado dez ministros do STF, serão constantes as votações com o resultado de dez a um. Tal renitente constrangimento  levará o ministro Joaquim Barbosa a pedir antecipação de sua aposentadoria, indo viver em um país onde a lei não seja coisa risível. Outra providência é que já estará também aprovada a vedação de o Ministério Público investigar atuação política, geralmente monetária, prática incompatível com o caráter ilibado dos eleitos pelo polvo, com o polvo e para o polvo, sob a benção beneplácita da lula. Por uma onda de odioso anglicanismo, o Congresso Nacional finalmente adotara o nome de The Mall, o centro de compra e venda de Brasília, balcão de negócios dos desígnios brasileiros. Os xenófobos farão uma manifestação, liderados por Aldo Rabello que proporá vetar o uso de palavras inglesas no Brasil. O nome mudará, mas os negócios permanecem. Por ser um partido muito religioso, o PT sempre exige um terço para o seu caixa.  

9 - Com tudo, certamente a metade da população brasileira que não vota em Dilmas, que esdruxulamente tem a outra metade dos votos, mas 99,99% de aprovação, esses brasileiros desenvolverão suas gastrites, úlceras, depressão e síndrome do pânico. Epidemia nacional para a qual o INSS já eficientemente solucionou, com a importação de seis mil guerrilheiros cubanos (que na realidade são brasileiros ali naturalizados, advindos do MST e outros), que, por estarmos em tempos de paz, com a conquista guerrilheira inclusive do Palácio do Planalto, aqui virão, não com o diploma de guerrilhas e assemelhados, mas como médicos. Estranhamente, há seis mil médicos sobrando em Cuba. Para um país ridiculamente socialista é de se estranhar, pois se gabam de estruturar as profissões de acordo com a real demanda.Como lá estão sobrando 20 mil? Mais estranho ainda é que duas Faculdades de Medicina, com trezentas vagas demoraram vinte anos para formar seis mil médicos. Ah, o povo cubano deveria se rebelar! Eles ficarão sem médicos por lá, cuja saúde não é boa, haja vista a situação do Coma-andante. Aproveitando a deixa, alguém propôs que importemos políticos suecos, dinamarqueses, alemães e etc. A ideia foi prontamente vetada!

10 - Logo, a vergonha que era apenas nacional será agora internacional. Os menores infratores brasileiros já estão sendo treinados para cometer as suas barbáries em várias línguas. Farão arrastões uniformizados com a camisa da seleção do Brasil-sil-sil e ao som das caxirolas. Os assaltos contarão com com a tecnologia de terminais para débito em conta ou cartão de crédito. Não haverá homicídios, posto que onde não um corpo não há crime. Os latrocínios serão feitos com a tecnologia da cremação da vítima in vivo e ao vivo, on ainda vivo. Os restos mortais serão oferecidos aos cães, tecnologia que dará ao goleiro Bruno uma fortuna em royalties, aparecendo na Revista Forbes ao lado do Lula, Dotô Honoris Causa.  A mula fará uma bombástica declaração: nunca nesse Planeta se fez uma Copa como a nossa! E até o ano de 2200 está garantido ao Brasil um lugar como país emergente. Ou melhor, sobrenadante, já que merda bóia.

XI - Aos incrédulos, homens-bule, ou homens de pouca fé, em verdade vos digo: quem viver, verá. John Lennon assim bem canta: nobody told me there'd be days like these. Strange days indeed, mamma!  Para aqueles que pensam ser o Brasil um país sem saída, divirjo. O Aeroporto de Cumbica é a saída. Com lágrima de vergonha e/ou de raiva, se você é daqueles que amam o Brasil, façam como Neymar: deixe-o. 

Luiz Gonzaga, um vidente míope.

   



terça-feira, abril 16, 2013

A Responsabilidade Penal e outras igualdades



Se existe um artifício de retórica utilizado quando de qualquer debate é a desqualificação da argumentação contrária, sem, em seguida apresentar alguma argumentação que é a regra válida de um jogo chamado debate de idéias. Argumenta-se sobre o argumentador e não sobre a idéia apresentada por ele. E muito menos se apresenta uma outra ideia alternativa. Equivalente ou melhor. Feito desse modo é algo estéril, pois nada cria e o assunto se descaminha, geralmente para o nada.
Essa artimanha é usada por políticos de má-fé, perdoem a redundância, que nada querem responder e fogem do assunto.

Para certa parcela do povo que se diz politizada, há que se realmente utilizar dos recursos da Política, mas apenas aqueles de boa-fé, já que nada se ganha com esse debate. E a sociedade precisa de um debate sincero e franco, para a apresentação de ideias, pois há problemas de sobra, que esperam ações e soluções e não apenas debates por debater, para "ganhar" o debate. A sociedade nada ganha com isso.

Dito sem rodeios: 


A ação de colocar o aviso na entrada do Estado certamente resultou de um debate de idéias. E resultou em uma sensível diminuição da criminalidade e em algumas cidades, tornando-a puntual, eventual. Suportável. E era isso o que se buscava, a solução para um problema.

Certamente que os debatedores citados terão “n” argumentos desqualificadores da medida e argumentarão à exaustão. A pergunta que fica é: afinal, como é que você propõe que se resolva a situação? Apresente outra solução e então vamos debatê-la.Apresente outra ideia e queira apenas desqualificar a apresentada.

E é isso que se vê aos montes por esse Brasil afora. O povão está se tornando politizado, o que é excelente. Só que, tomaram como péssimo exemplo a política praticada pela “classe política profissional”, que não fazem a Política, mas apenas se constituem em uma quadrilha organizada para expoliar o Erário público em benefício próprio. A tal “direita” fez isso por  470 anos. A dita “esquerda”, como finalmente conseguiu o seu quinhão,  faz isso há 30 anos. Apenas como uma inovação: um terço do expropriado é destinado ao Partido, com o fim de torná-lo um Estado, em futuro próximo. E então o Brasil será um seu lacaio.
Tudo isso apenas para enfatizar que ó debate entre cidadão não comporta o artifício da desqualificação.

Posto que já desqualifiquei os desqualificadores, vou seguir a minha própria receita e apresentar aqui as minhas idéias e as quase nenhuma argumentações, afora o puro óbvio. Para que não fique apenas um texto do roto falando do rasgado.

Diante da banalidade da violência, criada pelo próprio Estado, quando editou um “Estatuto para permitir que o menor mate à vontade e ainda caçoem da polícia dizendo “não encosta em mim que eu sou di menor e você vai se f....!”; para que os ‘maiores’ sempre indiquem que sempre o menor é o culpado; que foi sempre o menor quem matou; que ele é que é o chefe; e tantos etceteras”, a sociedade como um todo está debatendo a questão. Principalmente com  o advento do Facebook, um forum de eternos debates que nunca dão em nada.

Incomodados por toda essa violência e mortes por puro pelo puro prazer de matar, sem motivo algum, só porque se pode matar à vontade, certa parte da população começa a defender a redução da menoridade penal, outros a pena de morte e outras idéias para solucionar o problema.
Pois bem, que comecem o debate. Apenas com o lembrete que os comuns do povo não são como os deputados e senadores, que ganham 200 mil reais por mês, fora os mensalões e etc, para debater. Por isso eles debatem desconversando. Afinal, precisa ter debates amanhã, depois e sempre. Para mantê-los lá, com seus nababescos ganhos (que é uma afronta chamar de salários).
Diante do problema “violência e impunidade” alguém propôs a redução da menoridade penal como PARTE da solução. Além de outras providências, claro. Aqueles debatedores do início do texto, ao invés de apresentar uma OUTRA solução, não. Apenas argumentam que reduzir a idade da responsabilidade penal não basta, que querem encher presídios com menores, que presídios são escolas do crime, que é preciso construir mais presídios, por mais guarda nas ruas, que o diabo a quatro. Ou seja, não tem idéias. Apenas acreditam que debater é desdqualificar a idéia alheia.
Fica a  pergunta (você acabou de desqualificá-la): qual é a SUA IDEIA  como solução? 
Regra para esse jogo: não adianta argumentar que o Estado precisa ter “políticas públicas”, que é preciso “humanizar as prisões”, que é preciso respeitar os direitos humanos. Essas tais “políticas públicas” estão há 500 anos para serem implementadas. E nunca serão, posto que não existem.E ninguém disse que é preciso apenas reduzir a maioridade penal. E mais: a finadalidade da redução é reprimir a ação e não mandar todos os menores para a cadeia. Pena se aplica apenas para quem cometeu crimes.

 Eu sempre defendo que se há de tomar uma atitude. Ou várias. Amanhã se avalia e, se não forem suficientes, que se tomem outras. Tudo o que não soluciona nada é ficar debatendo eternamente.
Enquanto, nesse momento, há um menor matando alguém ou cometendo outras barbaridades. Simplesmente porque a sua pena será ouvir de um indignado juiz que vai lhe passar um “pito”, que o papai-do-céu fica triste com ele e, depois dessa tremenda descompustura,  libera-o para que vá cometer outras atrocidades.

Wisconsin colocou uma placa na entrada do Estado: “meu amigo, caso você esteja pensando entrar em nossas casas e apontar uma arma para as nossas cabeças para roubar um tênis velho, saiba que já estamos com as nossas armas apontadas para a sua cabeça”. Pronto!
Com isso, eles não encheram presídios, para ficarem alimentando os matadores de suas famílias, respeitando os seus direitos humanos, humanizar presídios e etc. Não. Ficaram lives dos crimes, não dos criminosos. 

Simplesmente, ao chegar na fronteira e ler o recado, se o cidadão tinha em mente aqueles propósitos, pensou duas vezes, deu meia volta e foi para qualquer outro estado, onde as leis são boazinhas; que vai receber pena de 100 anos de prisão, que serão reduzidos a seis meses, mas que, de tão pouco, vai cumprir a pena em casa; que tem um bando de desocupados para defender os seus direitos; que vão querer “ressocializá-lo”; que ficam debatendo uma porção de outras filosofias baratas, mas que não resolvem nada. Apenas acolhem mais bandidos.E dizimam as suas famílias.
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Enfim, as idéias para por desqualificadores refestelarem-se à vontade. E para os homens de boa-vontade refletirem um pouco::

O Brasil já tem, e se gaba disso, uma Constituição que prevê até a hora em que se deve ir ao banheiro. “Uma das mais avançadas do mundo”. Sabemos no está dando tudo isso. Mas, fazendo uma limonada com esse limão:

1 – Todos são iguais perante a Lei.
2 – Todos os que nascem com vida são cidadãos.
Pronto! É só aplicar essas duas leis, conjuntamente.
Não apenas certa parte dos cidadãos tem responsabilidade penal. Diz a tal Constituição que TODOS são iguais e então vamos segui-la: todos os cidadãos têm responsabilidade penal.
Porque o assunto não é idade, mas o cometimento de um ilícito, um crime. Não importa a idade, o sexo, o lugar, o modo, as as trezentas opções sexuais que querem fazer existir, a previsão do tempo ou o buraco de ozônio. Apenas o que vale é a intenção. E que cometeu um crime
E também já diz o Código Penal: matar alguém. Pena: de 08 a 20 anos.
O Código, que dizem tão ultrapassado, já diz isso. Aliás, a Bíblia já diz isso: não mataras.
E não pergunta como,  quando, qual a sua idade, se você é corintiano ou palmeirense, se você isso ou aquilo. Diz apenas não matarás. Pronto.

Portanto, debatem porque querem debater.
Mas é só e tão somente aplicar a lei que já existe: todo cidadão tem responsabilidade penal.

Aí vem os desqualificadores: ah, então vc está dizendo que, se um bebê assassinar alguém, deve ir pra cadeia? Nossa, como o seu argumento é ridículo! Não teremos presídios para todo mundo então!

Para ficar engraçado, vou continuar no seu raciocínio: sim!
Caso um feto, ainda no útero materno, enrolar o cordão umbilical no seu irmão gêmeo com a intenção de matá-lo, e matá-lo, quando nascer, deve pagar pelo assassinato.

 E você me diz, seu desqualificadorzinho de latrina: não teremos prisões suficientes.
Não, indigesto!
A finalidade das leis penais é coibir o crime. Sabendo ter responsabilidade penal qualquer um jamais terá a intenção de matar alguém. Se tiver a intenção e matar, sabe que pagará por isso. Mas pagará caro, não com um monte de atenuantes que praticamente o isentam de pena.
Logo, para apaziguar seu coração, adianto: um feto não tem intenção.Logo ele não cometerá o crime. Por isso, ele não será apenado. 

Penso que enfatizei o suficiente a intenção. Cometer crimes quaisquer merecem pena pesada, sem pena e sem atenuantes. Pouco importa a vida pregressa do cidadão. Ele pode ter sido um santo, até o dia de hoje. Se hoje ele cometer um crime com intenção, deve pagar por isso, caro. E todos os crimes são intencionais. Lá está escrito que todos somos iguais perante a lei. Ter bons antecedentes não o privilegia em  nada, é apenas uma obrigação.

O único crime que pode ser sem intenção é o homicídio. E, deixando bastante claro isso, o homicídio culposo está fora do raciocínio exposto aqui. É um caso à parte.

Todo crime contra a pessoa ou a sociedade é passível de ressarcimento ao estado anterior a ele e de responsabilidade penal do autor. E essa deve ser a pena, nunca a prisão. Se alguém cometeu roubo, deve ressarcir. Se provocou lesão corporal, deve arcar com o tratamento para voltar ao estado anterior. Se é irreversível, deve arcar com os prejuízos que a vítima teve com ele. Se estuprou e deixou marcas psicológicas, dever arcar com tratamento até que se cure ou até que... E tudo dessa maneira.

O único crime intencional que não há possibilidade de ressarcimento é o homicídio.
Também já está prevista em nossa lei e há muitos séculos por toda a Humanidade que a legítima defesa é lícita.
E o Estado, já que se auto-proclamou monopolista da Justiça, deve executar a pena de morte para o autor, em legítima defesa da vítima.
Está lá escrito: todos tem direitos iguais. Todos temos direito à vida. Todos temos direito à legitima defesa. “Se você tirou a minha vida eu não posso fazer isso com a sua, mas o meu representante pode”. E o “representante” do cidadão é o Estado. Não de fazer vingança, mas de fazer justiça, com a legítima defesa. Portanto, a pena de morte nada mais é do que legítima defesa. 

Para os que se descabelam só de se falar em pena de morte, saiba que ela já existe. Apenas que está nas mãos dos criminosos. Ele, aquele pobre menor indefeso decreta a sua pena de morte, só porque não foi com a sua cara.  

Pronto. Um prato cheio para os desqualificadores de plantão. E que não caiba a apelação de “erro judiciário”. Para que isso não ocorra devem se tomar providências cabíveis e apenas isso, algo resolvido burocraticamente.


Algumas outras aplicações do "somos todos iguais":

Conforme aquela Constituição, por sermos todos iguais, não precisa e nem deve existir, um Estatuto do Menor, porque o Estado deve cuidar de todos, já que somos todos iguais.
Assim, com o Estatuto da Mulher, o Estatuto do Idoso, O Estatuto do Torcedor, o Código Defesa do Consumidor e Todos os demais Estatutos.
Apenas isso: a responsabilização penal e civil também. Diante de um crime, o Estado responde igualmente, não importando as condições de “minorias” como é moda dizer. Para o Estado o único fator a se considerar é a “intenção”.
Se você comprar algo estragado ou que não funcione, isso é crime. Você deve ter, automaticamente, o algo novo. Afinal, você comprou um novo, não estragado e não consertado. A garantia deve ser a de cumprir o que foi acordado, não remediar a coisa. Se não querem cumprir isso por meio da sua reclamação, o Estado deve intervir para que isso ocorra. Por meio de um processo judicial, daqui a 20 anos? Não. Por meio de uma viatura policial, com o reclamante dentro. Pode ter certeza que a concorrência vai achar maravilhoso ver o gerente da loja ao lado indo resolver a pendência na delegacia. E resolver na hora, entregando o bem novo, adquirido.

"Somos todos iguais, perante a Lei e o Estado"

A nossa Constituição defende a Vida.
Somos cerca 200 milhões de habitantes, com cinquenta por cento de homens e de mulheres. Se cada um cismar de casar com o outro do mesmo sexo, dentro de 50 anos não teremos mais população. Pode deixar que os chineses vão gostar muito disso. O Brasil será o China-branch.

 “Casamento” significa acasalamento. Procriar, entende? Se inventaram todo um aparato em torno dele, não cabe aqui. A Mãe-Natureza diz que é preciso perpetuar a espécie. Para isso o homem criou um modo, para que não se procrie ao leo. Criou um vínculo. Tanto que já existem até as leis, vinculando, mesmo que se procrie ao leo.

Agora, se você gosta de um membro masculino massageando a sua próstata, se você gosta de ficar eternamente nas preliminares, esse já é um problema seu, não da sociedade. Só que você não precisa casar pra fazer isso. Basta fazer. 
Mas nada de casamento gay!
Para se realizar alguma das duas alternativas citadas, um barbudo de smoking com um outro ridículo barbudo vestido de noiva darem um beijo apaixonado e “ela” jogar o buquê de noiva para toda a bicharada contente.
E nem precisa também de uma certidão para que ele tenha direito à metade dos bens que você tem. Já existem as leis para isso. Doe metade do que você tem e vá lá fazer a sua massagem prostática sossegado. Ninguém tem nada com a sua vida. Nem eu.  
Aquilo que você pretende fazer como sexo por prazer que faça. Nem precisa dividir em “opções”. Senão, logo mais teremos o grupo que faz sexo em cima do guarda-roupas, no lustre, na lavanderia , no estacionamento do shopping, cada qual exigindo “os direitos de sua opção”. Você já os têm. Refestele-se neles. Agora, se você apenas quer aparecer, gosta de fazer passeata, aparecer na TV, já é outro assunto. Isso não está em debate.


Todos somos iguais perante a Lei.
O bem maior do indivíduo é a sua vida.
Você abriu mão de fazer a sua segurança para que o Estado a fizesse. Você paga muito caro por isso.
O Bem maior do Estado é ele próprio. Ele não tem vida, pois é apenas uma caixa forte, onde guarda o dinheiro arrecadado ou arrancado dos cidadãos. Logo, a sua riqueza é a sua "vida".
Quando se rouba o Estado está matando-o.
Então, vamos dar pena de morte para o corrupto, o ladrão? Vamos matá-los? Claro que não. A munição anda muito cara hoje em dia.

A analogia com  a vida do cidadão é que a "vida" do Estado é a vida social.
Portanto, a pena de morte deve ser social.
Certamente, em futuro próximo cada um dos cidadãos, os todos iguais, teremos um código de barras, para as mais diversas situações de vida social. E todos nós iguais, temos um Registro de Identidade verde.
O que se deve fazer: que esses assassinos do Estado, os corruptos, os ladrões, todos os servidores públicos, do gari ao presidente da república que de alguma maneira malversaram dinheiro que é nosso e guardado pelo Estado, que que roubam o dinheiro que é seu e meu e coloca no bolso dele, tenham um Registro de Identidade de outra cor. Todos eles, em igualdade. Pode ser qualquer cor. A minha sugestão é que cor escolhida seja a vermelha. Para enfatizar, uma estrelinha, com os dizeres "ladrão". Primeira providência, antes do registro: a devolução integral e com rendimentos como o do melhor investimento financeiro naquele momento. Afinal, se o meu dinheiro estivesse alí e não fosse furtado, eu poderia investi-lo, certo?
Essa a pena de morte social. Quando houver o código de barra para todos nós, iguais, ladõres ou não, mas todos cidadãos iguais, deve constar um campo com letras e números, identificando o ladrão. Você, eu e todos os cidadãos de bem, obviamente, naquele campo constará 0000. Já para os ladrões, letras e números. Por exemplo, PT13. Pronto! Todos saberiam de antemão, qual o motivo do registro dele ser vermelhinho.
E a vida correria assim:
Quer comprar a vista? Ok, passe no caixa.
Quer  financiar? Pois não. Por favor o seu Registro de Identidade verde. Ah, registro vermelho é só a vista mesmo. Nós gostamos de receber pelo que vendemos
Quer votar? Pois não, mostre o seu registro verde.
Quer ser candidato? Mostre o seu registro verde.
Quer se reeleger? Mostre o registro verde.
Quer alguma coisa da sociedade, com direitos iguais? mostre o seu registro verde.

 Somos todos iguais em sociedade. Os registros vermelhos foram banidos dessa mesma sociedade por crime contra o Estado. Se não estiver bom assim para os de registro vermelho, há muitos países onde ele possa buscar refúgio.

Em tempo: essa minha ideia já existe e é posta em prtática, aqui mesmo no Brasil. Dependendo do tipo de erro cometido pelo médico, é-lhe cassado o seu registro. Isso não é pena de morte profissional? Sim, é.

*********

Somos todos iguais perante a lei.
E também perante a matemática, saibam.

Em uma prova, uma questão: quanto é a soma de 50 mais 50?
Resposta certa: 100
O que se mede aqui é se sabe fazer contas. Só isso. Apenas isso. Só mesmo! Nada mais do que isso!

Todas as variações em torno disso são apenas hipocrisias e absurdos.
Do branco, a exigência é que a resposta seja única e certa: 100 

Se eu sou preto, posso responder que são 80 e acerto a questão. Ou melhor, 80, 81, 82, 83, na dependência da quantidade de melanina que tem na minha pele.
Não é absurdo isso? Estão querendo saber o candidato sabe somar ou quanto ele tem de melanina na pele?
Somos todos iguais perante a Matemática!

Se eu sou índio também. Posso ter os meus vinte por cento de “aproximação” que tudo bem, tá certo!
Quero ver o dia que esse cidadão estiver calculando quanto de cimento é preciso para fazer um viaduto. “Ah, põe um tanto aí que ta bom!”
E o preto índio pode responder que 50 + 50 = 60. Qualquer valor entre 100 e 60 é considerado certo. Claro!

Agora, se eu for mulher, tão perseguida, tão coitadinha, também tenho os meus vinte por cento de desvio. Taí o Gauss pra me ajudar. Não, não fala em Gauss, não! Estamos aqui falando de soma.
Por essa brilhante solução, uma mulher poderá responder que 50 + 50 = 40 e estará absolutamente certa!

E o pobre? Ah, o pobre é um pobre coitado! Como é que ele também não tem direito de fazer os seus pequenos deslizes? Logo, ele também merece os seus vinte por cento! E pode dar a sua resposta, certíssima: vinte

Pô, velho, você não merece uma chance? Afinal, está na melhor idade, aquela de dar adeus a toda essa palhaçada aqui. Então, tanto faz quanto é que é cinquenta mais cinquenta! Portanto, quero lá os meus vinte por cento também! Resultado: o resultado é zero, para a soma de 50 + 50.

Voltando:
Bom, segundo esse raciocínio aí eu, que sou mulher, velha, índia, filha de cafusos (que são a miscigenação de índio com negro) e pobre então nem preciso responder que já estou certa e aprovada? Basta eu me inscrever que já estou aprovada?
Eba! Então passa o bisturi aqui que eu vou já operar o câncer que é o Mula e sua gente!

O animus jocandi adotado não tira a seriedade das ideias. Quando estiverem dispostos a resolver coisas, ao invés de ficarem eternamente debatendo e desqualificando, apliquem essas ideias. Ou outras melhores, se as tiverem. Porque não há nome para um estado de coisas para o além da bárbarie em que se vive nesse Brasil.

segunda-feira, janeiro 28, 2013

Santa Maria!

Em 1995 foi expandida uma lei, já anteriormente criada e que "não pegou", sobre Segurança e Medicina do Trabalho. Tendo especialização em Medicina do Trabalho, em função da "nova" lei, criei uma empresa, a LEGALMED.  Um trocadilho interessante e visionário. Uma Medicina Legal, porque segundo o Direito. E legal, posto que visava a prevenir e impedir acidentes, no mínimo, e tragédias. Utópico, como você poderá constatar. 

Segundo essa Lei, todas as empresas devem ter um Médico e um Engenheiro de Segurança, mesmo que à distância, segundo o número de empregados. Foi realmente uma febre: apenas na cidade de São Paulo, criaram-se cerca de quinhentas delas. Havia uma fiscalização ativa, o que favorecia a que as empresas procurassem aquelas empresas especializadas, dentre elas a LEGALMED. 

Com o passar do tempo, pouco tempo, com a edição de novas outras leis, aquela sobre Segurança foi caindo no esquecimento. E, pior, "enquadrando-se" ao que acontece com as cerca de duas mil leis a que uma empresa deve seguir: a fiscalização passou a se resumir a uma visita anual, quando então alguém passava para buscar o seu peru para o Natal. 

Com isso, apenas para que se tenha uma ideia, quando inicialmente eram cobrados cem reais por empregado, para a real e efetiva prestação do serviço de Prevenção e Medicina,  foi paulatinamente baixando, até que chegou aos incríveis menos do que um real. Empresas seguradoras passaram então a oferecer tais serviços DE GRAÇA, pela contratação de outros serviços de seguros. Com isso, a LEGALMED, assim como as demais, passou a ser inviável. 

Quando não se imaginava que não poderia ser pior, piorou. Telefonemas solicitando um orçamento. Ao ser recebido pelo solicitante, a contra-proposta: e se a empresa apenas enviar a "papelada", sem a efetiva realização, em quando ficaria? Quanto à fiscalização, laudos de bombeiros e tudo o mais "já estava tudo resolvido". A "papelada" seria apenas para cumprir a lei e não serviria mais para nada. Era então o caso de alguém, com um mínimo de decência, providenciar outro modo de ganhar a vida, não é mesmo?

Sei perfeitamente da responsabilidade do que estou escrevendo aqui. Como hoje a LEGALMED é apenas uma empresa que presta outros serviços, efetivamente, e esses fatos ocorreram em um passado, e diante de algo pavoroso ter acontecido naquela distante Santa Maria, é que os exponho aqui, dado que brasileiros tem o péssimo hábito de acreditar em cegonhas, papai  noel, na lei, no voto, na justiça e em tantas outra estórias da carochinha, escrevo essas palavras, na forma quase que de um depoimento real. O Estado brasileiro se fundamenta na Norma Fundamental da Corrupção e suborno. Nada mudará, a não ser mudando o Estado, não as pessoas. O voto não muda nada, infelizmente. Como bem diz a sabedoria popular, mudam-se as moscas, mas a merda continua a mesma. Apesar das lágrimas presidenciais, de todo o alvoroço e parafernália dos envolvidos e responsáveis por essa e outras, nada acontecerá de efetivo, até a próxima tragédia. Que virão, com triste certeza. Acontecia assim mesmo como relatei, acreditem. Como escrevo isso em um domingo, não sei se até os dias de hoje. Mas, pelo menos até sexta feira, era assim que acontecia.

sábado, dezembro 15, 2012

A Censura, em duas ditaduras

Aos auto-proclamados "perseguidos políticos" tem sido uma excelente fonte de renda a rançosa lembrança da "ditadura militar". Não há contraditório no processo e muito menos necessidade de provas: basta criar uma boa estória. Para esses casos, a Justiça é ultra-rápida: os milhões caem na sua conta de imediato. Descontado o dízimo  para o partido, óbviamente, de 30%. Para os legalistas bíblicos, é inútil alegar que dízimo significa 10%. Diz-se que, por serem beatos e religiosos, não fazem nada sem um terço na mão. Para os pobres perseguidos políticos, não há necessidade de qualquer prova. Basta alegar. Isso de provas é um legalismo utilizado apenas como argumento ius esperneandi quando eventualmente alguém deles for julgado pelo STF. Há casos em que a perseguição constou em fazer uma entrega de alimentos, na condição de motorista do caminhão, em local averiguado pela Polícia Federal. 


Agora, encontrararam mais ramo nesse filão milionário: alguém lança uma revista relatando episódios de Censura em propagandas (deixo de fornecer o link da UOL, porque retiraram da pauta, eu acho). Caso eu fosse um repórter ou jornalista, ao me dispor a avaliar um evento pregresso, penso que a primeira e fundamental premissa deveria ser eu me deslocar mentalmente ao período considerado e conhecer seus valores, costumes, o momento histórico e etc.  Para não cometer o erro crasso de valorar aqueles eventos pretéritos segundos normas sociais vigentes no presente. Mas só que não. No curso feito por aqueles jornalista me pareceu não haver essa matéria. Que, antes de ser uma disciplina curricular, deveria constar do bom senso do próprio futuro jornalista. E comentam onde a censura de então atuou, em comerciais de calcinhas, cuecas e absorventes. Entre outros exemplos. Tachando as censuras feitas como sendo o absurdo do "autoritarismo do regime militar", a defesa da moral cristã da família brasileira. Numa delas, a frase: tire a roupa para o seu amor. Inclusive um dos comentários colocados à matéria, alguém perguntou: você sabe o nome do censor?

Estou certo que aquela revista nenhum compromisso tem com a coerência temporal da crítica. Estão mesmo a fim de faturar em cima da imagem das mazelas da famigerada e ditadura militar.
Esqueceram-se de contemporalizar que a hoje vigente liberação sexual e de costumes iniciou-se na decada de 60. Que, antes dela, mesmo o vislumbre de algo referente a sexo era proscrito. E não era proscrito por lei ou pelo tal regime militar. Mas sim pela própria sociedade, o povo mesmo.Não podemos nunca nos esquecer que, antes de tudo, sempre vigorou por aqui a ditadura da igreja católica, com seus valores e dogmas.
Por mim, ouso eu responder à pergunta daquele leitor: pouco importa o nome do censor. Ele era apenas um funcionário público, em cumprimentos a determinações de seus superiores, não lhe cabendo, dentro dos preceitos do estrito cumprimento do dever público, inovar e introduzir critérios pessoais nas tarefas a eles atribuídas. Ele não censurava por si, com seus critérios. Dentro inclusive de uma disciplina militar, como era o caso e tão benigna e bem-vinda aos se tratar do bem público, qualquer que seja. 

Antes que algum eventual leitor possa tachar-me escandalizado por eu pertencer a alguma forma de TFP, moralista ou qualquer outra que o valha, preciso continuar, em minha defesa, comparando aquela, com a atual ditadura.
Fundamentada no politicamente correto, onde o censor não é um só, mas todos os circundantes. Censores esses que não são alguém, servidor público ou algo estatal na função de censurar,  mas pessoas comuns do povo, controlado feito boi no pasto em suas palavras, seu vocabulário aceito, permitido e exigido. O pobre deixou de ser pobre, mas hipossuficiente economicamente. O negro não é negro, é afro-descendente. O débil mental é pessoa com necessidades especiais. Favela é comunidade. E, caso assim não se fale, o emissor será execrado, feito ao Judas na sexta-feira santa. O in, o bonito é declarar-se pobre, miserável. Caso você trabalhe e tenha amealhado algum patrimônio, você passa imediatamente a fazer parte da burguesia fascista e de direita, exploradora dos pobres e etc. Caso você tenha, às duras penas, obtido um mínimo de cultura acima da média, você é um privilegiado, protegido  pelo sistema das elites, exploradoras do proletariado. E falar nóis vai deixou de ser português errado, segundo a língua culta, mas apenas uma variação linguística utilizada pelas classes menos favorecidas. Ao invés de utilizar o Hino Nacional para dar aulas de português às crianças, além da merenda escolar e do bolsa-alguma-coisa, querem mudar a letra do Hino, pois o mesmo está escrito na ordem inversa e contém palavras difíceis. Além da heresia de ter sido escrito no linguajar de uma elite opressora. Alguns exemplos da censura vigente e exigente.

Mais uma vez, a incoerência histórica e geográfica. O politicamente correto foi criado por norte-americanos como um artifício para uma necessidade temporal deles. Já o abandonaram. Mas nós aqui, além de macacos, somos desatualizados. Por aqui ainda vai, infelizmente demorar bons anos pra ser... substituído por alguma outra moda de comportamento importada. Desde que isso sirva aos interesses de alguns, para conduzier a boiada ignorante.

O brasileiro não é racista, o brasileiro não é discriminador, o brasileiro não é nada. Nada mesmo. Além do fato de ser um exímio humorista e gozador, fazendo sempre piada com tudo, inclusive consigo próprio e com a própria desgraça, a de ser brasileiro. O que chamam racismo não é de cor, é social. A discriminação é social e econômica. Você pode ser da cor que for, mas se tiver dinheiro no bolso é o que importa. E isso não há lei que consiga mudar. Fora isso, tudo é piada. Inclusive as leis que criam, tentando impedir isso, por lei. São piada inclusive os fazedores de lei. Sabemos ser piada inclusive todas as Instituições.
 

Enquanto isso, o servidor público, alí colocado e remunerado para realizar tarefas pelo bem público que afinal é quem paga o seu salário, o que anda fazendo? Tornou a sua mesa e o telefone em rentável balcão de negócios, onde leiloa entre os amigos, facilidades à uma eterna e burra burocracia que dificulta - nesse caso, graças a Deus! -, tudo, nos últimos 512 anos. Tudo absolutamente sem provas, sempre. E o produto do leilão, com seu terço sagradamente destinado ao partido, é rateado hierarquicamente entre os componentes da  imensa quadrilha em que se organizou o aparato estatal. Que tratam o Erário público como um espólio de guerra, naturalmente direcionados às suas contas bancárias particulares. E qualquer  voz que contra isso se alevante é prontamente rotulada de Teoria da conspiração da direita reacionária.

Por mim, independente de quão a Censura da ditadura do politicamente correto possa tachar-me, ainda prefiro aquele Censor que proibia a imagem de calcinhas na TV. Tire-as, logo de uma vez! E também ainda prefiro aqueles Presidentes que, ao deixarem o cargo, voltavam para o seu apartamento e seu fusquinha, de antes da posse. Ao contrário da hipócrita democracia presente, cujo filho, um inepto, desqualificado, ignorante e desempregado adquire duas  "chacrinhas", como o dizem os mineiros: uma de 47, outra de 100 milhões de reais. Ainda também prefiro aqueles demais funcionários públicos a realizarem diligentemente sua tarefa de sanear de em meio ao povo aqueles com o  funesto projeto de saquear o Estado. 
Claramente não comprarei aque revista, portanto.   



terça-feira, dezembro 11, 2012

Os XI Tons de Franciscano

Turma CLXXXI - Parabéns a todos os formandos!

 Olhando assim, pode até parecer o que muito se ouve por aí: franciscano é sempre assim: tudo a mesma coisa! Veja bem no fundo dos olhos de cada um deles, no momento mágico e maravilhoso desse daí de cima, e verá passando um filme dos seus 1827 dias de "XI de Agôsto" em velocidade acelerada vertiginosamente. E desses olhos, uma furtiva lágrima que teima em escorrer pela face sorridente, extasiada e de uma suave tristeza alegre. Lágrima essa que tem todos os XI Tons de Franciscano:

I - o estudante
Tem franciscano que leva muito a sério esse negócio de ter entrado em uma Faculdade. Ele só pensa em estudar, tirar boas notas e tudo o mais. Trazendo na herança os bons tempos de colégio, em que era o tal, quer tirar boas notas e fazer uma excelente média ponderada. Mal ele sabe que ela não serve para nada. Quer ser o melhor da sala. Se possível, melhor do que a turma inteira. Vive em biblioteca, em sebos e em livrarias, sempre à cata de um livro excelente. Isso tudo só piora se ele é da turma da manhã, que o pessoal chama de "a turma da lancheira". E sempre ostenta aquela humildade mentirosa, que não engana ninguém: eu nunca estudo!

I I - o dom quixote

Num dia está de bermudas, jogando videogames. No outro, entrou na melhor Faculdade do mundo, a das grandes bandeiras. Logo, já pega a sua. Transforma-se em um ativista. Vai ser comunista e se divertir com esse negócio de defensor dos pobres. Todos os dias entra na net, para pesquisar mais no wikipedia para saber mais sobre esse negócio de "pobre". Sente-se o tal. Lamentavelmente, pega a cartilha do Marx e decora todas aquelas frases-chavão. De um dia para o outro, muda todo o seu discurso. E não fica com mais ninguém, só com a turminha dos defensores dos pobres e oprimidos. Em casa, deve treinar o repertório com o avô, dos tempos da esquerda romântica. Tal o entusiasmo que mal percebe que já estamos na fase Realista, mais propriamente Naturalista: tempo de orgia imoral financiada pelo cidadão que, incrivelmente, apoia tudo. É o Amor! Cega os olhos e a tudo se justifica e perdoa. As meninas, mais do que esquerda, tornam-se feministas. Querem acabar o machismo reinante no país. Querem o direito das mulheres. Querem meter a boca no trombone. Ou similar. Estão um pouquinho fora do tempo, já que as mulheres dominaram tudo, mas o machismo persiste, duro e sempre.

I I I - o largado

Entrou naquela Faculdade das Arcadas, do Álvares de Azevedo, Castro Alves e Fagundes Varela. Logo, torna-se imediatamente um largado, bêbado, fazendo ares de vagabundo. Toma aquele ar de mistério e de intelectualidade de um Renato Russo. São da Academia de Letras, mas, se espremer, nunca sai um único verso. São também do teatro.Ou isoladamente por ai, a perambular pelo Pátio, emanando a sua incontida e não-reconhecida genialidade.

I V - O trabalhador

Ele quis entrar na São Francisco por que, sendo a mais conceituada, ele conseguiria então ganhar melhor. Por isso a sua opção foi pelo noturno. É preciso começar a trabalhar, pra ontem! O que ele não sabe é que, para arranjar trabalho escravo, trabalhar pelo salário mínimo mais a condução não é preciso muito esforço. Ele poderia ter feito a UniX que daria no mesmo. Há futuros estudantes de Direito que conseguiram estágio no dia seguinte em que fizeram um desses vestibulares por daí, do tipo "processo Seletivo". Ou seja, o tal de processo seletivo era para saber o telefone do cidadão, para que alguém ligasse, uns XI minutos depois de terminada a  prova, comunicando que ele havia sido aprovado. E, em sendo aprovado, logo seria cooptado por algum dono de escritório, trinta anos de janela como advogado, a lhe convidar para trabalharem juntos. Um trabalho árduo, mas enriquecedor (para o dono do escritório). Por isso, em reconhecimento, ele ficaria apenas um tempinho trabalhando de graça mesmo. Alimentar-se-á do orgulho de ser um estagiário. E ele, na São Francisco nem vai notar que estudou nas Arcadas. E será um estágiário por longo, longo tempo. Ele acabará por descobrir que nesse mundo há os estagiários e os que empregam estagiários.

V - o bom aluno

É um tipo engraçado. Nem bem entrou e já está perguntando quais são os bons professores, quais têm a melhor didática, indicação de livros e tudo o mais. Isso tudo em meio a uma das incontáveis festas. São contaminados pelo conceito de "boa escola" que existem por de lá dos muros das Arcadas. Pensam que, assim como no jardim da infância, quando a mãe passava a sua mão para a mão da "tia", receberia atenção, cuidados e etc. Descobrirá bem cedo que na São Francisco ninguém lhe estenderá a mão. O Franciscano não precisa que lhe deem a mão, em ajuda. Se alguém fizer isso, pode ter certeza que será para preencher a sua mão com algo palpável. O que às vezes pode até ser bom. Saberá um dia que em uma Escola de Liderança em que se resume as Arcadas, não há aula de "como ser um líder", com lições de casa e etc. Inclusive porque um líder jamais perguntaria "o que é que eu devo fazer agora?". Mas ele batalhará por "melhores aulas", chiará  quando o mestre se atrasar. Nada como um dia depois do outro, pro meu coração. Chegará o dia em que assistirá aulas de seus colegas de turma muito melhores, imensamente melhores que a dos professores. Nada de mal há nisso, posto que os professores um dia foram como ele, alí, sentado. A diferença é de algumas décadas apenas. Isso quando ele é um professor Franciscano. Pois quando não é, é um daqueles que entraram pela porta dos fundos: a pós-graduação. Fizeram alguma das 1100 faculdades que existem nesse Brasilzão e cavaram um jeito de fazerem a pós por aqui. Declare-se oficialmente que essas espécimes não se enquadram na definição de Franciscano. E podem acabar, por força até de exigência do currículo, a dar aulas. Certa vez, um desses, encerrou a aula, colocou sua maleta debaixo do braço e, ameaçadoramente exclamou: vocês são muito arrogantes! Impossível dar aulas pra vocês! Impossível mesmo.


V I - O genético

Tem alguns poucos, infelizmente não muitos, que parece que já tem a São Francisco incorporada no DNA da família. Já vi calouros no dia da matrícula sendo orgulhosamente abraçado à avó. Ela, contando alegremente para todos que o marido havia sido franciscano, que os dois filhos também. E agora esse querido e lindo netinho entrava agora para as Arcadas. E muito respeito, dizia ela, pois que meu pai e meu avô foram alunos aqui, saibam vocês. Uma delícia isso!  Nessa historinha quase que chegamos a 1827! E real, maravilhosamente real. Há aqueles que foram feitos, produzidos, gerados nas salinhas do XI, em alguma Peruada passada. Genial, isso! Também, pudera! O recém-nascido, logo ali, aprendendo a falar, balbuciando: a-a-a-a-aa..... o pai complementa a-a-a... Arcadas. Claro! E quando tira o seu primeiro diploma do prezinho, recebe de presente um passeio para conhecer a São Francisco. E tirar fotos com os orgulhosos pais, em frente ao Túmulo, ao Monumento. E enfim, ei-lo aqui! Quer foto mais legal do que a formanda vestida de toga em frente ao Monumento no Pátio, carregada na horizontal pelos pais e na foto adjacente, a mesma foto com ela menina de cinco anos, na mesma pose, junto aos pais, esses agora vestidos de toga de formatura? Há genealogias inteiras só de franciscano. Em uma delas, curiosamente, uma em que constam os dizeres: também advogada. Cometeu o disparate de não ser franciscana, a burra! Pode isso? Só mesmo na Sanfran isso.


V I I - O Alienígena

Há aqueles que estão errados na São Francisco. Há os que queria fazer Medicina, mas a vida disse não. Há os que foram obrigados a fazer a São Francisco, para não serem deserdado pelos pais. Há histórias, as mais mirabolantes. De nomes mais famosos, o nosso querido veterano Álvares de Azevedo odiava a Sanfran. Mais que isso, odiava São Paulo, a São Francisco e tudo o que elas representavam. Dá até para entender: o impúbere teve que abrir mão de viver na corte, com todas as suas cocotes e outros petiscos pra vir pra esse buraco úmido, chamado São Paulo, com os seus XI mil habitantes. E nada pra fazer. Tédio! Não deve ter sido fácil. Essa a razão, entre outras, de ter morrido virgem. Há farta documentação sobre isso.  O Oswald de Andrade odiava a São Francisco. Pudera! O cidadão pensava que viria para a São Francisco para estudar Direito. Acontece que grassava a gripe espanhola por aqui. Então, quando não havia aula, o motivo da falta do professor era algo bem justificável: havia morrido da gripe. No outro dia faltava um aluno. Morto também. No outro dia, o Bedel. No outro, a namorada. Ou seja, no quinto ano ele não era um formando. Era um sobrevivente. E não houve propriamente um curso de Direito, para quem almejava ser advogado. Os que isso pretendiam fizeram-se por si, como todo bom Franciscano. O Décio Pignatari odiava o Direito Queria fazer Medicina. Seu pai democraticamente vaticinou: uma bela escolha. Você vai estudar na São Francisco e depois, faça lá o que você quiser. Ele odiava a São Francisco. Resignou-se a estudar nas Arcadas pois, como bom poeta, não se permitia não ter passado pela Faculdade dos Poetas. Depois iria embora para a Europa, posto que brasileiro é muito atrasado. Um Franciscano, Poeta de arguta visão. Então faziam as provas em rodízio: ele e os irmãos Haroldo e Augusto de Campos. Enfim, o erro não está na São Francisco, mas na vida de cada um dos seus alunos, cada qual com a sua peculiar história.   

V I I I - O Bêbado

Feito ao Cabral, no dia mesmo da matrícula ele descobre o Porão. E passa a achar que a São Francisco é o Porão. Que as Arcadas é o Porão. Que é o mó legal ficar bebendo no Porão. Fica sabendo por informação de terceiros, que existem outras coisas, muitas outras coisas, em que consiste a São Francisco. Com a sua "promoção a universitário" agora já pode beber longe da mãe e do pai. E estamos conversados. Passou-lhe despercebido que mesa de bar existe em qualquer lugar. Inclusive na São Francisco, que é o Porão, com o seu Anexo, uma Faculdade de Direito.  

I X - O universitário

Tem o Franciscano que estuda na "Direito usp". Batalha muito por uma aproximação maior com os demais universitários do campus do butantã. Acha isso de Franciscanidades uma babaquice e que somos todos iguais. Que o povo da São Francisco é umbiguista, que é um alienado. Quer fazer algumas matérias opcionais no Campus para poder viver mais a "vida universitária". Lá, vai conseguir amealhar alguns adeptos, justamente pela sua condição de franciscano, que ele humildemente omite. Omite, mas contando pra todo mundo, claro. Ou vestindo distraidamente uma camiseta com a estampa do Álvares de Azevedo. São os umbiguistas-não-umbiguistas. Que, nas baladas, antes de dizer o próprio nome, identificam-se como alunos da São Francisco. Claro, para tocar no assunto, polidamente perguntam primeiro onde estuda o outro/a outra. E então, assim como quem não quer nada, com ares de simplicidade, declaram ser do "Direito usp". Quando a caça pergunta: São Francisco? Nossa!, ele/ela dá um sorrisinho condescendente do tipo "mas somos todos iguais". E consegue o que queria, como sempre o faz um bom Franciscano. Metade dos alunos vê a São Francisco como Criador, como é de fato. A outra metade quer que a Criatura seja Criador. Ou seja: a vida de um Franciscano é mesmo um eterno dilema...
    
X -  O Ator principal

Há o Franciscano que é um eterno deslumbrado com as Arcadas. Olha o Pátio e se emociona cada vez, como sendo a primeira. E que, finalmente, pode ser chamado Aluno das Arcadas. Orgulho maior que esse não há. E, desavisadamente se senta, esperando desfilar diante dos seus olhos os grandes feitos dos seus veteranos ilustres, a própria História ali presente. Claro, ela não acontecerá. O passado, embora belo, é morto. Irá perceber em alguma epifania ao longo dos seus cinco anos que a beleza toda que aqui existe, é apenas o cenário. Ele, o aluno fará o espetáculo, como ator principal. Que, portanto, seu lugar não é de plateia, aplaudindo, mas no palco, sob as luzes que o tornam brilhante. E assim, encenar a sua parte de uma História maravilhosa. Conta-se que, em certo tempo, no pórtico de entrada havia um espelho, com esses dizeres escritos embaixo: aqui vc vê a História das Arcadas. 
  
X I - Nem de longe esses XI tons de Franciscano foram colocados em qualquer escala, gradação, o que seja. É apenas uma descrição, sem valoração para mais ou para menos. Não há o Franciscano melhor ou o pior. Menos ainda o médio. Impossível fazer esse tipo de média nas Arcadas. Há, em todos, um pouco de cada um dos descritos. Em cada momento, em cada passo do caminho, mostra-se uma dessas facetas descritas com mais proeminência. Apenas isso. Alguém com XI facetas ser esquizofrênico até que é pouco, não é mesmo? Bipolar então, nem se fala. Franciscano é multipolar. Feito a um caramujo a carregar nas costas a casa, ele desfila o seu imenso Ego, maior que o Largo. Como a foto que ilustra o texto, não cabe em si, de tamanha. É apenas nesse memorável momento de todos os formandos que podemos vislumbrar todos os XI Tons de Franciscano: um misto de Amizade e de Alegria.

quinta-feira, novembro 29, 2012

Qual o papel da OAB?

Num exercício de livre-pensar, fico divagando: qual seria mesmo a função e a finalidade da Ordem dos Advogados, a OAB?

Não deveria se insurgir contra a indicação para Ministro do STF de alguém que nada tem de Magistrado, nem de Promotor, nem de Defensor, nada?  Ah, ele passou na prova da OAB! Além do que, advogou para o PT.  Não seria o caso, já que nós, simples cidadãos nada podemos fazer, a OAB que representa os operadores do Direito, lembrar a eles que é preciso um notável saber jurídico (devidamente comprovado, claro), além de ser personagem de passado ilibado? O dito jamais passou em qualquer concurso. E, nesses tempos de agora, ter advogado para os réus, torna-se infame e explicitamente ilegal participar do julgamento dos mesmo, na condição de juiz do STF? E que, já são necessárias provas, consta isso expressamente no Código de Processo? Que, mais do prova, é um estamento. Que deve ser cumprido. Ou deveria.

Não seria o caso de a OAB, incompetente juridicamente para mudar o Brasil, ao menos mudar a própria OAB? Sim, porque uma entidade que proclama desbragadamente defensora de um Estado Democrático e de Direito não deveria auto-aplicar essa bandeira, tornando o voto não-obrigatório para si mesma?

Dentre tantos outros assuntos em que essa Entidade deveria em nome do Direito, em nome dos seus associados e também de todo cidadão, deveria se expressar, num arremedo de contra-peso às medidas tomadas e contra as quais o mero cidadão nada pode fazer? Dizem, o voto serve para isso: para tirar os maus elementos da política. Não, não serve. O voto não serve para nada. Ou melhor, serve para colocar alguém, que terá que ser subserviente a um sistema que é corruptor em si, corrompendo de início o próprio eleito. Não há maus elementos na Política. Há, sim uma Política que torna mau qualquer que dela se aproxime. Não porque não seja um bom negócio. É ótimo negócio! Mas é imoral. Sim, porque qualquer deus da Honestidade do Olimpo, para não citar outros deuses conhecidos e tornar-me politicamente incorreto, se ele assumir  o cargo para o qual foi eleito e não aceitar, por antecipação que concorda com todas as maracutaias que vai ver, presenciar e votar, lícitas ou ilícitas, morais ou imorais, ele já estará assinando o seu próprio suicídio político. Esse, apenas um exemplo, contra o qual a OAB deveria se insurgir, em nome de todos os seus associados e por extensão, em nome de todos os cidadãos, cansados que estamos disso tudo e contra nada se pode fazer, pois "é a lei".

Para ser um País independente e inserido no séulo XXI o Brasil precisa se desprender de um modelo de Estado que foi voga e excelente para Portugal... em 1350. Para que não continuemos a ser eterna colônia fornecedora de matéria prima para as nações desenvolvidas. No caso de hoje, minério de ferro para a China. Que até outro dia era um País que só tinha como capital o chinês. Muitos chineses. E hoje se torna império mundial à custas desses 200 milhões de Gersons, dos quais alguns poucos milhares habitam o Ilha da Fantasia do Planalto Central e se locupletam com o Tesouro Nacional em suas contas bancárias particulares. Essa seria, deveria ser, uma pauta razoável de luta da OAB.

Seria bom se a OAB representasse o povo contra o secretariado do próximo prefeito de São Paulo, que tem para a Saúde um Secretário que é engenheiro, o Netinho de PauNela, notório espancador de mulheres  também como Secretário. Ou ainda se manifestasse contra a coligação que o PT fez com o PCC para desestabilizar o Estado de São Paulo com a morte de policiais, unicamente visando ganhar também o governo do Estado nas próximas Eleições. Enquanto tudo iso ocorre, a Presidente anda ocupada, ajudando a escolher o ténico para a Seleção brasileira de futebol.
Tantos assuntos a se manifestar.O povo? Que coma brioches...
Mas, não.
Parece que a finalidade e a função da OAB é enviar um jornalzinho anual, com mais propagandas que a revista VEJA, emitindo a opinião de dois associados e   um Editorial ufanando-se de ter conseguido um descontozinho para os Associados. E, em seguida, logo bem em seguida, enviar um boleto de R$ 700,00 referente à Anuidade. Parece esse ser um bom negócio. E, para complementar a arrecadação,  três exames anuais de ingresso aos quadros da OAB, uma fonte inesgotável incautos e iludidos alunos de mais de mil escolas ditas de Direito, com seus cem mil inscritos à cada exame. Parece ser esse um excelente negócio. 

E é mesmo, haja a vista a guerra trienal para ocupar a distinta Diretoria da OAB. Que, como uma Entidade demonstradamente com o dinheiro saindo pelo ladrão (ops!), faz a sua bendita eleição 2012... com cédulas de papel! Ah, então é esse o papel da OAB? Papelão, melhor!

E a gente aqui, seus compulsórios contribuintes, fica mesmo pensando por onde fica o discurso de modernidade, de defender direitos de associados e de todos os cidadãos, de vender certificação eletrônica e tantas outras coisas, se temos que apôr um X em uma cédula para votar em alguém. Para ficar compatível no tempo, só faltou mesmo a publicação do Edital ser declamada em praça pública, o Édito do Rei.  Fazendo-nos parecer que aqueles tempos de Dom Diniz ainda persistem por aqui. Caso contrário, uma multa de 20% sobre a anuidade. E, aqui, como lá, de nada adianta você votar em branco. De nada adianta você anular o seu voto. Esse surdo "clamor" das urnas, aqui, como lá, não mexe uma palha. E a gente vota apenas para não contribuir com mais 200$ para esse cofre milionário. 

     






quinta-feira, novembro 15, 2012

Palmeiras: a saga de um genoíno campeão! - Por Dias Toffoli

O  Palmeiras deve entrar com recurso no IBAMA, com a fundamentação na Lei contra o Desmatamento. Um absurdo, nos dias de hoje, na busca de um Planeta sustentável, quererem derrubar Palmeiras! O advogado de defesa será o palmeirense Dias Toffoli*, com a sua nova e convincente argumentação: o Palmeiras perdeu 30 jogos para cair. Como o resultado final é cair, pouco importa que sejam 3, 30 ou trezentos jogos. Como o objetivo era apenas cair, a perda foi uma só. Perder todos os jogos foi apenas uma eventualidade, que não ser considerada. Logo, o time apenas perdeu um jogo, o campeonato, o que significa três pontos. Ora, com apenas três pontos perdidos, o Palmeiras não só não deve ser rebaixado, como deve ser declarado o Campeão. O  Lewandowski vota com Dias Toffoli. O que facilitará a defesa de Dias Toffoli na condição de advogado é que o o responsável pelo departamento jurídico do IBAMA é o... Dias Toffoli. Assim fica fácil, não é mesmo?


O que corrobora essa decisão é a longa História de vitórias e conquistas do time. Como um time que teve tantas vitórias no passado ser rebaixado, só porque perdeu aí uns trinta jogos, que na realidade representam apenas um? Toda uma História não pode ser ignorada! Isso só pode ser uma sórdida campanha de corintianos reacionários que odeiam e invejam a bela História do Palmeiras. Muito embora o Lula, corintiano nota 9, não tenha conhecimento de nada dessas intrigas todas. A mídia reacionária, direita fascista e tendenciosa, sempre deu muita visibilidade para as derrotas. Ignorou todas as vitórias, muito embora elas não tenham ocorrido. Caso a CBF insista nessa descabida decisão de rebaixar o glorioso Palmeiras, ele vai recorrer aos Tribunais Internacionais. E deve pedir inclusive o Parecer  do notável e eminente doutor em futebol, o Galvão Bullshit Bueno, que nega a Teoria do Domínio dos Fatos: o Palmeiras, em todas as derrotas, não teve o mínimo domínio dos fatos, tanto que perdia todas. Logo, a teoria não se aplica. E que não há provas, já que um jogo não é um curso de futebol, portanto não tem provas.  

* Dias Toffoli, declara a sua imparcialidade no caso, muito embora tenha jogado pelo Palmeiras por várias vezes, a título de teste. Não foi aprovado, mesmo sendo parente do presidente do clube. O seu notório conhecimento de futebol só não é pior do que a sua reputação, que deveria ser ilibada. Mas isso são só burocracias. 

A todos, um bom feriado e fim de semana. Aos palmeirenses, até segunda.

sábado, outubro 27, 2012

Os indecisos

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons."  Martin Luther King


Como descendente de incontáveis gerais de brasileiros de todas nacionalidades e etnias, eu sou um cidadão brasileiríssimo. E como tal posso e devo falar sobre o meu País.

Como um cidadão brasileiro típico, sou também advindo da miséria: econômica, social e cultural. Se nasci e cresci em meio à miséria e cercado de bandidos de toda espécie, permaneci semi-alfabetizado até os meus vinte anos. Mas também posso dizer que o meu primeiro trabalho remunerado aconteceu quando tinha oito anos de existência. 

Para contrabalançar toda essa hipossuficiência, sou de coração e mente, de São Paulo, em cujo brasão vai escrito na bandeira: non dvcor duco. Frase essa colocada não depois de a cidade ser o coração, o músculo e o bolso de um país inteiro, mas quando ela tinha apenas 12.500 habitantes aventureiros com um sotaque esquisito. Apesar da pompa de um lema dito em latim, retrata a alma e o espírito do paulistano, haja vista que a frase vai em primeira pessoa: eu não sou conduzido, eu conduzo.

Assim é que São Paulo fez e faz a sua vida: uma cidade que é em si um país inteiro. E foi também assim que fiz e faço a minha vida: sou inteiro.

Como um bom brasileiro, envergonho-me das nossas origens de subserviência e exploração por trezentos anos de História, com uma cultura fincada na máxima "quem rouba de ladrão tem cem anos de perdão". O culto do aproveitador e do esperto. Esperteza essa que conduziu uma Nação a viver a Idade Média, em pleno século XXI: uma eterna colônia a ser explorada e espoliada.  

Sou um eleitor que anula o voto desde sempre, para cargos parlamentares. Por desacreditar completamente que exista um Poder Legislativo que esteja interessado em legislar em prol de um país. Há um sistema absolutamente estruturado no "toma lá, dá cá", que corrompe o mais santo dos homens que alí adentram e para o qual são atraídos. Não são corruptos os que alí estão. Tornam-se corruptos por condição sine qua non do sistema. Que, em caso de discordância, expulsam e caçam essa espécime nociva, o honesto

Sou um cidadão desacreditado de um Poder Judiciário que prende o assassino, quando prende, e o solta do no dia das mães, para que ele possa ir matar a mãe. E que paga salário para a família do delinquente, mas ignora por completo a tragédia da família da vítima. Tudo em nome de um tosco  e hipócrita direitos humanos, que já não foi respeitado pelo criminoso quando do crime.     

Sou assim, como outros quinze milhões, um paulistano. Exposto a ser tachado pelo que quer que seja, exceto a uma única coisa: eu não sou indeciso.

Eu sou paulistano que vota decididamente naquele que tem a alma e o espírito do non ducor duco, que sabe que toda riqueza só pode ser proveniente do trabalho; que tem dignidade para não aceitar esmolas; que nunca viveu às expensas de favores federais; que trabalha inclusive para bancar aquela esmola dada com chapéu alheio, o de São Paulo. Frase de um bandeirante: acharei o que procuro ou morrerei na busca.

Assim, sem ser filiado a nenhum partido, sem defender os interesses particulares ou partidários de quaisquer, afirmo com todas as letras: o paulistano rejeita o Partido dos Trabalhadores. Não o candidato da vez, qualquer que seja. O paulistano rejeita a essência de um partido dito de trabalhadores, que é liderado por alguém que pouco trabalhou e que fraudou a previdência para logo se aposentar. Um grupo que pegou em armas para tomar o poder. Não o tendo assim conseguido, apelou para o discurso romântico de "luta pela democracia" quando o que mais queria e quer é um autoritarismo despótico absoluto. E com essa cantilena ilude toda uma juventude, que repete bonitas palavras-de-ordem decoradas, sem ao menos saber o que está dizendo, mas que acha tudo muito bonito. Sente-se com isso um ativista, quando na verdade é mais um conduzido na boiada. Que causa pena com o seu discurso, pois como cidadão está sendo tão vilipendiado e roubado como aqueles a quem faz o contra-ponto. Um grupo que pretendeu se eternizar no poder, sem oposição. Para tanto, montou um imenso aparato criminoso para cooptar e comprar oponentes, à custa do Erário Público,  para o seu projeto de tomada nacional. Verdadeira quadrilha, encabeçada pelo então Presidente da República, que se manteve protegido e ausente, mas que a História vai com certeza desmascarar.   

Com tudo isso, São Paulo trilha o seu caminho paralelo, fazendo a própria riqueza a custa do trabalho. Beneficiando-se de uma conjuntura globalizante que enriquece o país por ser fonte inesgotável de recursos naturais, mão-de-obra e mercado consumidorAqui não vigora o bolsa-família, mecanismo absurdo de compra de votos em prestações mensais. Dispensamos verbas federais, pois elas consistem em esmolas dadas por um governo federal que recolhe o dinheiro de São Paulo para distribuir para cidades que nem ao menos tem receita. E que apenas tornaram-se cidades para lá  ser implantado todo o dispensioso sistema burocrático e político, em troca de apoio incondicional, obviamente. Um regime de capitanias hereditárias, nada inédito em nossa lamentável História. Dispensamos favores, pois somos historicamente conduzidos pela competência como referência. Aprendemos de berço a conduzir, para não ser conduzido. 

Por essa razão, conquistar a cidade de São Paulo passou a ser o grande desafio do PT.  Para a tomada definitiva do País, é preciso colocar a sua maior maior cidade e principalmente  toda a sua riqueza  na rota dos seus descalabros para financiar o ansiado Projeto Nacional. Para tanto, colocaram mais um poste do Lula para concorrer à Prefeitura. Ele, que nunca desceu do palanque, faz a campanha pelo seu pau-mandado de agora, Fernando Haddad, assim como fez com a Estela Roussef. E, sabemos todos quem iria mandar: as mesmas eminências pardas que passaram a descoberto, com o julgamento do bendito Mensalão.

Disse e repito: iria. Pois que não há indecisos aqui. Há os votos-minerva, que decidirão os destinos de São Paulo. Dentre eles, os ainda não totalmente desesperançados, querendo considerar conveniência de nomes, quando não é questão de nomes, mas de soberania de uma cidade-país: prevalecer o non ducor duco e o orgulho paulistano. E há aqueles como eu, imensidão de paulistanos, que não aparecem em pesquisas, mas que, juntos, colocarão na urna, não só o seu voto, mas a sua convicção: não queremos o PT aqui. 


PS: converso de bom grado com todos, exceto a anônimos e fakes.